São
Simão Stock, presbítero e 6º Prior Geral de nossa Ordem
São
João Nepomuceno, presbítero e mártir
Sta Margarida de Cortona, Leiga da III Ordem Franciscana
ORAÇÂO
Senhor, todo poderoso e
infinitamente perfeito, de quem procede todo ser e para quem todas as criaturas
devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que
em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em
honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade,
recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para
mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os
benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos,
guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio,
pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
LECTIO
DIVINA
1ª
Leitura (At 16,22-34): Naqueles dias, a multidão dos habitantes de
Filipos amotinou-se contra Paulo e Silas e os magistrados mandaram que lhes
arrancassem as vestes e os açoitassem. Depois de lhes terem dado muitas
vergastadas, meteram-nos na cadeia e ordenaram ao carcereiro que os guardasse
cuidadosamente. Ao receber semelhante ordem, o carcereiro lançou-os no calabouço
interior e prendeu-lhes os pés no cepo. Por volta da meia noite, Paulo e Silas,
em oração, entoavam louvores a Deus e os outros presos escutavam-nos. De
repente, sentiu-se um tremor de terra tão grande que abalou os alicerces da
prisão. Todas as portas se abriram e soltaram-se as cadeias de todos os presos.
O carcereiro acordou e, ao ver abertas as portas da prisão, puxou da espada e
queria suicidar-se, julgando que os presos se tinham evadido. Mas Paulo bradou
com voz forte: «Não faças nenhum mal a ti mesmo, pois nós estamos todos aqui». O
carcereiro pediu uma luz, correu para dentro e lançou-se, a tremer, aos pés de
Paulo e Silas. Depois trouxe-os para fora e perguntou-lhes: «Senhores, que devo
fazer para ser salvo?» Eles responderam-lhe: «Acredita no Senhor Jesus e serás
salvo, tu e a tua família». E anunciaram-lhe a palavra do Senhor, bem como a
todos os que viviam em sua casa. O carcereiro, àquela hora da noite, tomou-os
consigo, lavou-lhes as feridas e logo recebeu o Baptismo, juntamente com todos
os seus. Depois mandou-os subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se com
toda a sua família, por ter acreditado em Deus.
Salmo
Responsorial: 137
R. A vossa mão direita
salvou-me, Senhor.
De todo o coração, Senhor, eu Vos
dou graças, porque ouvistes as palavras da minha boca. Na presença dos Anjos
hei de cantar-Vos e adorar-Vos, voltado para o vosso templo santo.
Hei de louvar o vosso nome pela
vossa bondade e fidelidade, porque exaltastes acima de tudo o vosso nome e a
vossa promessa. Quando Vos invoquei, me respondestes, aumentastes a fortaleza
da minha alma.
A vossa mão direita me salvará, o
Senhor completará o que em meu auxílio começou. Senhor, a vossa bondade é
eterna, não abandoneis a obra das vossas mãos.
Aleluia. Eu vos enviarei o
Espírito da verdade, diz o Senhor; Ele vos ensinará toda a verdade. Aleluia.
Evangelho
(Jo 16,5-11): «Agora, eu vou para aquele que me enviou, e nenhum de vós
me pergunta: ‘Para onde vais? ’ Mas, porque vos falei assim, os vossos corações
se encheram de tristeza. No entanto, eu vos digo a verdade: é bom para vós que
eu vá. Se eu não for, o Defensor não virá a vós. Mas, se eu for, eu o enviarei
a vós. Quando ele vier, acusará o mundo em relação ao pecado, à justiça e ao
julgamento. Quanto ao pecado: eles não acreditaram em mim. Quanto à justiça: eu
vou para o Pai, de modo que não mais me vereis. E quanto ao julgamento: o chefe
deste mundo já está condenado».
«É bom para vós que eu vá»
Fr. Joseph A. PELLEGRINO (Tarpon
Springs, Florida, Estados Unidos)
Hoje, o Evangelho nos apresenta
um entendimento mais profundo da realidade da Ascensão do Senhor. Na leitura do
Evangelho de João no Domingo de Páscoa, é dito a Maria Madalena que não deve
tocar o Senhor porque «ainda não subi para junto do Pai» (Jo 20,17). No
Evangelho de hoje, Jesus observa, sobre os discípulos: «porque vos falei assim,
os vossos corações se encheram de tristeza», mas que «é bom para vós que eu vá»
(Jo 16,6-7). Jesus precisa subir ao Pai. No entanto, Ele ainda permanece
conosco.
Como Ele pode ir e, ao mesmo
tempo permanecer? Este mistério foi explicado por nosso Santo Padre, o Papa
Bento XVI: «Dado que Deus abraça e ampara toda a criação, a Ascensão do Senhor
significa que Cristo não se afastou de nós, mas que agora, graças ao Seu ser
com o Pai, está próximo de cada um de nós, para sempre».
Nossa esperança está em Jesus
Cristo. Sua vitória sobre a morte nos deu a vida que a morte nunca poderá
destruir: Sua Vida. Sua ressurreição é uma confirmação de que o espiritual é
real. Nada poderá nos separar do amor de Deus. Nada poderá diminuir nossa
esperança. Os negativos do mundo não poderão destruir o positivo de Jesus
Cristo.
O mundo imperfeito no qual
vivemos, um mundo onde os inocentes sofrem, pode nos levar ao pessimismo. Mas
Jesus Cristo nos transforma em eternos otimistas.
A presença viva de Nosso Senhor
em nossa comunidade, em nossas famílias, naqueles aspectos de nossa sociedade
que podem corretamente ser chamados “cristãos”, nos dá uma razão para ter
esperança. A presença viva de Nosso Senhor em cada um de nós nos dá alegria.
Não importa quão alta seja a barreira de negatividade que a mídia se deleita em
apresentar, os pontos positivos do mundo pesam mais, de longe, do que os pontos
negativos, pois Jesus Cristo subiu aos céus.
Ele ascendeu, mas não nos deixou.
«É bom para vós que eu vá»
Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué (Manresa,
Barcelona, Espanha)
Hoje contemplamos outra despedida
de Jesus, necessária para o estabelecimento de seu Reino. Inclui, porém, uma
promessa: «Se eu não for, o Defensor não virá a vós. Mas, se eu for, eu o
enviarei a vós» (Jo 16,7).
Promessa feita realidade de
maneira impetuosa no dia de Pentecostes, dez dias depois da Ascensão de Jesus
ao céu. Aquele dia —além de tirar a tristeza do coração dos Apóstolos e dos que
estavam reunidos como Maria, a Mãe de Jesus (cf.Fts 1,13-14) —os confirma e
fortalece na fé, de maneira que, «Todos ficaram cheios do Espírito Santo e
começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia
expressar-se» (Fts 2,4).
Fato que se “faz presente” ao
longo dos séculos através da Igreja, uma, santa, católica e apostólica, já que,
por a ação do mesmo Espírito prometido, se anuncia a todos e em todas as partes
que Jesus de Nazaré —o Filho de Deus, nascido de Maria Virgem, que foi
crucificado, morto e sepultado — verdadeiramente ressuscitou, está sentado à
direita de Deus Pai (cf. Credo) e vive entre nós. Seu Espírito está em nós pelo
Batismo, constituindo-nos filhos no Filho, reafirmando sua presença em cada um
de nós o dia da Confirmação. Tudo isso para levar a termo nossa vocação à
santidade e reforçar a missão de chamar a outros a serem santos.
Assim, graças ao querer do Pai, a
redenção do Filho e a ação constante do Espírito Santo, todos podemos responder
com total fidelidade ao chamado, sendo santos; e, com uma caridade apostólica
audaz, sem exclusivismos, realizar a missão, propondo e ajudando a outros a
serem.
Como os primeiros —como os fiéis
de sempre¬— com Maria rogamos e, confiando que novamente virá o Defensor e que
haverá um novo Pentecostes, digamos: «Vem, Espírito Santo, enche o coração dos teus
fiéis e acende neles a chama do teu amor» (Aleluia do Pentecostes).
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«Quem, tendo ouvido os nomes
dados ao Espírito, não se sente elevado e não eleva o seu pensamento à natureza
divina? "Espírito Firme", "Espírito Generoso",
"Espírito Santo" são seus apelidos próprios e peculiares» (São Basílio,
o Grande)
«O Espírito Santo nos faz filhos
e filhas de Deus. Compromete-nos com a mesma responsabilidade de Deus com
respeito ao seu mundo, a toda a humanidade. Ensina-nos a olhar o mundo, os
outros e a nós mesmos com os olhos de Deus» (Bento XVI)
«Depois da Páscoa, é o Espírito
Santo que ‘confunde o mundo no tocante ao pecado’, isto é, faz ver ao mundo o
pecado de não ter acreditado n'Aquele que o Pai enviou (23). Mas este mesmo
Espírito, que desmascara o pecado, é o Consolador (24) que dá ao coração do
homem a graça do arrependimento e da conversão (25)» (Catecismo da Igreja
Católica, nº 1.433)
Reflexão
• João 16,5-7: Tristeza dos
discípulos. Jesus, a partir de comunicação artificial de sua separação,
provoca que a tristeza que os discípulos guardavam no coração aflore neles:
" Agora, eu vou para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta:
‘Para onde vais?". É evidente que separar-se do estilo de vida aprendido
com Jesus implica para os discípulos um sofrimento. Jesus insiste: "6Mas,
porque vos falei assim, os vossos corações se encheram de tristeza" (v.6).
Santo Agostinho explica assim este sentimento de abandono que invadia os
discípulos: "Dava-lhes medo o pensamento de perder a presença visível de
Jesus ... Seu afeto humano se entristecia ao pensar que seus olhos não iriam
mais experimentar o consolo de vê-lo" (Comentário ao Evangelho de João,
XCIV, 4). Jesus tenta dissipar essa tristeza, causada pela diminuição da sua
presença, ao revelar o propósito de sua partida. Isto é, se ele não partir, o
Paráclito não virá a eles, mas se ele morrer para voltar para o Pai, poderá
enviá-lo para os discípulos. A partida e a separação são condição para a vinda
do Paráclito: "Se eu não for, o Defensor não virá a vós..." (v. 7).
• João 16,8-11: Missão do
Paráclito. Jesus continua a descrever a missão do Paráclito. O termo
"Paráclito" significa "advogado", ou seja, assistente de
apoio. Aqui, o Paráclito é indicado como o acusador em um processo que se
realiza diante de Deus, no qual o acusado é o mundo, culpável por condenar
Jesus: " acusará o mundo em relação ao pecado, à justiça e ao julgamento
" (v. 8). O verbo grego significa elègkein que investigará, interrogará,
colocará à prova: trará à tona a realidade, oferecerá a prova da culpa.
O objeto da demonstração é o
pecado: ele oferecerá ao mundo a prova do pecado que cometeu em relação a Jesus
e o manifestará. De que pecado se trata? O da incredulidade (Jo 5,44 ss; 6,36;
8,21.24.26; 10,31 ss). Além disso, o ter pensado o mundo que Jesus é um pecador
(Jo 9,24; 18,30) resulta ser uma culpa imperdoável (Jo 15,21 ss).
Em segundo lugar,
"demonstrará" a culpa do mundo "sobre a justiça." Em termos
jurídicos, a noção de justiça que mais concorda com o texto é o que traz uma
declaração de culpa ou inocência no julgamento. Em nosso contexto, é a única
vez no Evangelho de João que aparece o termo "justiça", em outros
lugares aparece o de "justo". Em Jo 16,8 a justiça está ligada ao que
Jesus disse de si mesmo, isto é, o motivo pelo qual vai para o Pai. Com esta
exposição explica a sua glorificação: Jesus vai para o Pai, está prestes a ser
eclipsado, e, portanto, os discípulos não poderão vê-lo, está prestes a se
entregar e mergulhar totalmente na vontade do Pai. A glorificação de Jesus
confirma sua filiação divina e a aprovação pelo Pai da missão realizada por
Jesus. Portanto, o Espírito demonstrará diretamente a justiça de Cristo (Jo
14,26; 15,26) ao proteger os discípulos e a comunidade eclesial.
O mundo, pensava ter julgado
Jesus condenando-o, agora é condenado pelo "príncipe deste mundo",
porque ele é responsável por sua crucificação (13,2.27). Jesus morrendo na
cruz, ressuscitou (12,31) e derrotou Satanás. Agora, o Espírito testemunhará a
todos o sentido da morte de Jesus, que coincide com a queda de Satanás (Jo
12,32, 14,30, 16,33).
Para confronto pessoal
1) Temos o mesmo medo e
preocupação de perder Jesus como tinham os discípulos?
2) Você se deixa conduzir
pelo Espírito Paráclito que leva você a identificar o erro do mundo, o ajuda a
aderir a Jesus e leva-o a conhecer a verdade sobre si mesmo?
ORAÇÃO
Ó Maria, filha predileta do
Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como
vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse
período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser
sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha
fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel
e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o
coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de
nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
...
Deus Espírito Santo Paráclito,
...
Santíssima Trindade, que sois
um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,...
Santa Virgem das virgens,...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança,...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada,...
Mãe sempre virgem,...
Mãe amável,...
Mãe admirável,...
Mãe do bom conselho,...
Mãe do Criador,...
Mãe do Salvador,...
Virgem prudentíssima,...
Virgem digna de honra,...
Virgem digna de louvor,...
Virgem poderosa,...
Virgem clemente,...
Virgem fiel,...
Espelho de justiça,...
Sede da sabedoria,...
Causa da nossa alegria,...
Templo do Espírito Santo,...
Tabernáculo da eterna glória,...
Moradia consagrada a Deus,...
Rosa mística,...
Torre de Davi,...
Fortaleza inexpugnável,...
Santuário da divina presença,...
Arca da Aliança,...
Porta do Céu,...
Estrela da Manhã,...
Saúde dos enfermos,...
Refúgio dos pecadores,...
Conforto dos migrantes,...
Consoladora dos aflitos,...
Auxílio dos cristãos,...
Rainha dos anjos,...
Rainha dos patriarcas,...
Rainha dos profetas,...
Rainha dos apóstolos,...
Rainha dos mártires,...
Rainha dos confessores da fé,...
Rainha das virgens,...
Rainha de todos os santos,...
Rainha concebida sem
pecado,...
Rainha assunta ao céu,...
Rainha do sacratíssimo
Rosário,...
Rainha das famílias,...
Rainha da paz,...
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados
do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. Rogai por nós, santa Mãe de
Deus.
R. Para que sejamos dignos
das promessas de Cristo.
“LEMBRAI-VOS”
DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima
Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm
recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido
por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e,
gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das
virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas
ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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