Sta. Maria Madalena de Pazzi, Virgem de nossa Ordem
São Gregório VII, Papa
São Beda, o Venerável, Presbítero e Doutor da Igreja
ORAÇÂO
Senhor, todo poderoso e
infinitamente perfeito, de quem procede todo ser e para quem todas as criaturas
devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que
em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em
honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade,
recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para
mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os
benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos,
guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio,
pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
LECTIO
DIVINA
1ª
Leitura (At 22,30;23,6-11): Naqueles dias, querendo o tribuno obter
informações seguras sobre as acusações dos judeus contra Paulo, mandou que lhe
tirassem as algemas e reunissem os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio.
Fez então descer Paulo para comparecer diante deles. Paulo, sabendo que o
Conselho era constituído pelo partido dos saduceus e pelo partido dos fariseus,
exclamou no meio do Sinédrio: «Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus, e é
pela nossa esperança na ressurreição dos mortos que estou a ser julgado». Estas
palavras desencadearam um conflito entre fariseus e saduceus e a assembleia
dividiu-se. De facto os saduceus dizem que não há ressurreição, nem Anjos, nem
espíritos, ao passo que os fariseus afirmam uma e outra coisa. Levantou-se
enorme gritaria e alguns escribas do partido dos fariseus ergueram-se e
começaram a protestar com energia, dizendo: «Não encontramos nenhum mal neste
homem. E se foi um espírito ou um Anjo que lhe falou?». A discussão redobrou de
violência, a tal ponto que o tribuno, receando que eles despedaçassem Paulo,
ordenou que os soldados descessem para o tirarem do meio deles e o
reconduzissem à fortaleza. Na noite seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e
disse-lhe: «Coragem! Assim como deste testemunho de Mim em Jerusalém, deverás
dar testemunho também em Roma».
Salmo
Responsorial: 15
R. Defendei-me, Senhor: Vós
sois o meu refúgio.
Defendei-me, Senhor; Vós sois o
meu refúgio. Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus. Senhor, porção da minha
herança e do meu cálice, está nas vossas mãos o meu destino.
Bendigo o Senhor por me ter
aconselhado, até de noite me inspira interiormente. O Senhor está sempre na
minha presença, com Ele a meu lado não vacilarei.
Por isso o meu coração se alegra
e a minha alma exulta e até o meu corpo descansa tranquilo. Vós não
abandonareis a minha alma na mansão dos mortos, nem deixareis o vosso fiel
conhecer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos
da vida, alegria plena em vossa presença, delícias eternas à vossa direita.
Aleluia. Todos sejam um, ó
Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti, para que o mundo acredite que Tu Me enviaste.
Aleluia.
Evangelho
(Jo 17,20-26): Naquele tempo, Jesus, alçando os olhos ao céu, disse: «Eu
não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela
palavra deles. Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles
estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes dei a
glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles, e
tu em mim, para que sejam perfeitamente unidos, e o mundo conheça que tu me
enviaste e os amaste como amaste a mim. Pai, quero que estejam comigo aqueles
que me deste, para que contemplem a minha glória, a glória que tu me deste,
porque me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu,
mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer
o teu nome, e o farei conhecer ainda, para que o amor com que me amaste esteja
neles, e eu mesmo esteja neles».
«Eu não rogo somente por eles,
mas também por aqueles que vão crer em mim»
P. Joaquim PETIT Llimona, L.C. (Barcelona,
Espanha)
Hoje, encontramos no Evangelho um
sólido fundamento para a confiança: «Eu não rogo somente por eles, mas também
por aqueles que (...) vão crer em mim...» (Jo 17,20). É o Coração de Jesus que,
na intimidade com os seus, abre-lhes os tesouros inesgotáveis do seu Amor. Quer
afiançar seus corações afligidos pelo ar de despedida que têm as palavras e
gestos do Mestre durante a Santa Ceia. É a oração indefectível de Jesus que
sobe junto ao Pai pedindo por eles. Quanta segurança e fortaleça encontrarão
depois nessa oração ao longo da sua missão apostólica! Em meio de todas as
dificuldades e perigos que tiveram que afrontar, essa oração os acompanhará e,
será a fonte na que encontrarão a força e ousadia para dar testemunho da sua fé
com a entrega da própria vida.
A contemplação dessa realidade,
dessa oração de Jesus pelos seus, tem que atingir também as nossas vidas: «Eu
não rogo somente por eles, mas também por aqueles que (...) vão crer em mim...
». Essas palavras atravessam os séculos e chegam, com a mesma intensidade com
que foram pronunciadas, até o coração de todos e cada um dos crentes.
Na lembrança da última visita de
São João Paulo II a Espanha, encontramos nas palavras do Papa o eco dessa
oração de Jesus pelos seus: «Com meus braços abertos, levo-os a todos no meu
coração —disse o Pontífice na frente de mais de um milhão de pessoas—. A
recordação desses dias vai transformar-se em oração pedindo para vos a paz em
fraterna convivência, animados pela esperança cristã que nunca engana». E, já
não tão próximo no tempo, outro Papa fazia uma exortação que nos chega ao
coração depois de muitos séculos: «Não há nenhum doente a quem seja negada a
vitória da cruz, nem há ninguém a quem não lhe ajude a oração de Cristo. Já que
se esta foi de proveito para os que o maltrataram, quanto mais o será para os
que se convertem a Ele?». (São Leão Magno)
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«Vejo como os vossos sentimentos
se elevam com os meus em relação às coisas celestiais. Passamos um bom tempo a
desfrutar de uma luz comum, enchemo-nos de gozo e alegria; mas, mesmo que agora
estejamos separados uns dos outros, procuremos não nos separarmos d´Ele» (Santo
Agostinho)
«A fidelidade até à morte dos
mártires, a proclamação do Evangelho a todos, estão enraizadas no amor de Deus
e no testemunho que devemos dar deste mesmo amor na nossa vida quotidiana»
(Francisco)
«(...) Foi por esta intenção que
Jesus orou na hora da sua paixão e não cessa de orar ao Pai pela unidade dos
seus discípulos: «...Que todos sejam um. Como Tu, ó Pai, és um em Mim e Eu em
Ti, assim também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me
enviaste» (Jo 17, 21). O desejo de recuperar a unidade de todos os cristãos é
um dom de Cristo e um apelo do Espírito Santo» (Catecismo da Igreja Católica,
nº 820)
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm.
* O Evangelho de hoje traz a terceira e última
parte da Oração Sacerdotal, na qual Jesus olha para o futuro e manifesta o seu
grande desejo pela unidade entre nós, seus discípulos, e pela permanência de
todos no amor que unifica, pois sem amor e sem unidade não merecemos
credibilidade.
* João 17,20-23: Para que o mundo creia que tu
me enviaste. Jesus alarga o horizonte e reza ao Pai: Eu não te peço só por
estes, mas também por aqueles que vão acreditar em mim por causa da palavra
deles, para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti. E para
que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo acredite que tu me
enviaste. Aqui transparece a grande preocupação de Jesus pela união que deve
existir nas comunidades. Unidade não significa uniformidade, mas sim permanecer
no amor, apesar de todas as tensões e conflitos. Amor que unifica a ponto de
criar entre todos uma profunda unidade, como aquela que existe entre Jesus e o
Pai. A unidade no amor revelada na Trindade é o modelo para as comunidades. Por
isso, é através do amor entre as pessoas que as comunidades revelam ao mundo a
mensagem mais profunda de Jesus. Como o povo dizia dos primeiros cristãos:
“Veja como eles se amam!” É trágica a atual divisão entre as três religiões
nascidas a partir de Abraão: judeus, cristãos e muçulmanos. Mais trágica ainda
é a divisão entre nós cristãos que dizemos crer em Jesus. Divididos não
merecemos credibilidade. O ecumenismo está no centro da última prece de Jesus
ao Pai. É o seu Testamento. Ser cristão e não ser ecumênico é um contrassenso.
Contradiz a última vontade de Jesus.
* João 17,24-26: Que o amor com que me amaste
esteja neles. Jesus não quer ficar só. Ele diz: Pai, aqueles que tu me
deste, eu quero que eles estejam comigo onde eu estiver, para que eles
contemplem a minha glória que tu me deste, pois me amaste antes da criação do
mundo. A felicidade de Jesus é que todos nós estejamos com ele. Ele quer que os
discípulos e as discípulas tenham a mesma experiência que ele mesmo teve do
Pai. Quer que conheçam o Pai como ele o conheceu. Na Bíblia, a palavra conhecer
não se reduz a um conhecimento teórico racional, mas implica experimentar a
presença de Deus na convivência amorosa com as pessoas na comunidade.
* Que sejam um como nós! (Unidade e Trindade no
evangelho de João). O evangelho de João nos ajuda muito na compreensão do
mistério da Trindade, a comunhão entre as três pessoas divinas: o Pai, o Filho
e o Espírito. Dos quatro evangelhos, João é o que mais acentua a profunda
unidade entre o Pai e o Filho. Vemos pelo texto do evangelho (Jo 17,6-8) que a
missão do Filho é a suprema manifestação do amor do Pai. É esta unidade entre
Pai e Filho que faz Jesus proclamar: Eu e o Pai somos um (Jo 10,30). Entre ele
e o Pai existe uma unidade tão intensa que quem vê o rosto de um vê também o do
outro. É cumprindo esta missão de unidade recebida do Pai, que Jesus revela o
Espírito. O Espírito da Verdade vem de junto do Pai (Jo 15,26). A pedido do
Filho (Jo 14,16), o Pai o envia a cada um de nós para que permaneça conosco,
nos animando e nos fortalecendo. O Espírito também nos vem do Filho (Jo
16,7-8). Assim, o Espírito da Verdade, que caminha conosco, é a comunicação da
profunda unidade que existe entre o Pai e o Filho (Jo 15,26-27). O Espírito não
pode comunicar outra verdade que não seja a Verdade do Filho. Tudo o que se
relaciona com o mistério do Filho, o Espírito nos faz conhecer (Jo 16,13-14).
Esta experiência da unidade em Deus foi muito forte nas comunidades do
Discípulo Amado. O amor que une as pessoas divinas Pai e Filho e Espírito nos
permite experimentar Deus através da união com as pessoas numa comunidade de
amor. Assim também era a proposta da comunidade, onde o amor deveria ser o
sinal da presença de Deus no meio da comunidade (Jo 13,34-35). E este amor
constrói a unidade dentro da comunidade (Jo 17,21). Eles olhavam para a unidade
em Deus para poder entender a unidade entre eles.
Para confronto pessoal
1) Dizia o bispo Dom Pedro
Casaldáliga: “A Trindade ainda é a melhor comunidade”. Na comunidade da qual
você faz parte, você percebe algum reflexo humano da Trindade Divina?
2) Ecumenismo. Sou ecumênico?
ORAÇÃO
Ó Maria, filha predileta do
Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como
vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse
período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser
sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha
fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel
e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o
coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA ESPOSA DO ESPÍRITO SANTO
Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de
nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
...
Deus Espírito Santo Paráclito,
...
Santíssima Trindade, que sois
um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
Imaculada Esposa do Espírito
Santo, ...
Puríssima Esposa do Espírito
Santo, ...
Devotíssima Esposa do Espírito
Santo, ...
Piedosíssima Esposa do Espírito
Santo, ...
Benigníssima Esposa do
Espírito Santo, ...
Amabilíssima Esposa do Espírito
Santo, ...
Amadíssima Esposa do Espírito
Santo, ...
Esposa eleita do Espírito Santo,
...
Esposa formosíssima do
Espírito Santo, ...
Esposa graciosíssima do Espírito
Santo, ...
Esposa santíssima do Espírito
Santo, ...
Esposa ilibada do Espírito Santo,
...
Esposa admirabilíssima do
Espírito Santo, ...
Esposa humilíssima do Espírito
Santo, ...
Verdadeiro Templo do Espírito
Santo, ...
Modelo da alma agradável a Deus,
...
Exemplo maravilhoso de vida
piedosa, ...
Bendita entre todos os
descendentes de Eva, ...
Mãe cheia de graça, ...
Virgem coberta com a sombra do
Espírito Santo, ...
Virgem repleta do Espírito
Santo, ...
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. Rogai por nós, santa Mãe de
Deus.
R. Para que sejamos dignos
da Promessa de Cristo.
Oração
- Deus Todo Poderoso, que enviastes o Espírito Santo sobre os Apóstolos,
reunidos em oração com Maria, Mãe de Jesus, concedei, por intercessão da Virgem
Santíssima, que nos consagremos fielmente ao Vosso serviço e proclamemos a
glória do Vosso Nome em palavras e obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso
Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
“LEMBRAI-VOS”
DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima
Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm
recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido
por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e,
gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das
virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas
ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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