sexta-feira, 19 de maio de 2023

MÊS DE MARIA – 7º DOMINGO DA PÁSCOA

Manuel Gomez González (presbítero) e Adílio Daronch (coroinha), mártires
 
ORAÇÂO
Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
 
LECTIO DIVINA
1ª Leitura (At 1, 12-14):  Depois de Jesus ter subido ao Céu, os Apóstolos voltaram para Jerusalém, descendo o monte chamado das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, à distância de uma caminhada de sábado. Quando chegaram à cidade, subiram para a sala de cima, onde se encontravam habitualmente. Estavam lá Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zeloso, e Judas, irmão de Tiago. Todos estes perseveravam unidos em oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, Mãe de Jesus.
 
Salmo Responsorial    Sl 26 (27), 1.4.7-8a (R. 13)
R: Espero contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos.
 
O Senhor é minha luz e salvação: a quem hei de temer? O Senhor é protetor da minha vida: de quem hei de ter medo?
 
Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio: habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para gozar da bondade do Senhor e visitar o seu santuário.
 
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica, tende compaixão de mim e atendei-me. Diz-me o coração: «Procurai a sua face». A vossa face, Senhor, eu procuro.
 
2ª Leitura (1Pd 4,13-16): Alegrai-vos, na medida em que participais nos sofrimentos de Cristo, a fim de que possais também alegrar-vos e exultar no dia em que se manifestar a sua glória. Felizes de vós, se sois ultrajados pelo nome de Cristo, porque o Espírito de glória, o Espírito de Deus, repousa sobre vós. Nenhum de vós tenha de sofrer por ser ladrão ou assassino ou malfeitor ou difamador. Se, porém, sofre por ser cristão, não se envergonhe, mas antes dê glória a Deus por ter esse nome.
 
Aleluia. Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor: vou partir, mas virei de novo e alegrar-se-á o vosso coração. Aleluia.
 
Evangelho (Jo 17, 1-11):  Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique, e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste. É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo. Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste; agora guardam a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti, porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste. É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu; e neles sou glorificado. Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para junto de Ti».
 
Comentário Bíblico
 
Este trecho é o início do capítulo 17 de S. João, chamado a «oração sacerdotal de Jesus», por ser uma oração de intercessão de Cristo-mediador, e também por conter o oferecimento supremo da sua vida em sacrifício, mas é sobretudo uma oração sem paralelo com a de qualquer criatura. Refletindo uma forte tensão psicológica, ela corresponde aos sentimentos mais profundos do coração de Cristo, quando chegou a sua hora (v.1), e tem origem na própria oração do Senhor, ao mesmo tempo que é a síntese mais completa e elevada da cristologia joanina, profundamente sentida e meditada; nesta longa oração sente-se, juntamente com o pulsar do coração do Senhor, o vivo pulsar do coração da Igreja que confessa a fé em Jesus como Cristo enviado do Pai (v.3). É uma prece solene pela manifestação da sua glória (vv. 1-5), pelos discípulos presentes (vv.6-19) e pelos futuros fiéis (vv. 20-26); no centro da sua estrutura circular está a súplica pela santificação dos discípulos em ordem ao seu envio ao mundo (vv.17-19), entre as preces pela unidade (vv. 11b-16 e 20-23) e os temas da revelação (vv. 6-11a e 25-26) e da glória (vv. 1-5 e 24).
 
1-5 «Glorifica-Me... com a glória que Eu tinha em Ti, antes de que houvesse mundo». Jesus pede ao Pai a glória, o esplendor próprio de Deus  para a Sua natureza humana, a sua glorificação que Lhe advirá da eficácia redentora da Paixão, Morte e Ressurreição. A glória que o Verbo tinha como Deus  desde toda a eternidade, antes que houvesse mundo, havia de se comunicar em plenitude à Humanidade assumida. Esta, que já tinha refulgido ocasional mente durante a Sua vida mortal (Jo 2, 11; 11, 4.40; cf. Mt 17, 2-5), havia de brilhar com a Ressurreição e na Parusia (Mt 24, 30; 25, 31).
 
9 «Não rogo pelo mundo». No entanto, Jesus veio para salvar o mundo (Jo 3, 16-17; 17, 28.21). Mas aqui o mundo é tomado no sentido negativo de potência hostil a Deus; são os próprios homens que recusam a graça e, na sua autossuficiência, se fecham a Deus e à sua salvação (cf. Jo 6, 37.44.65). Esta oração sacerdotal é muito em particular pelos seus discípulos e por aqueles que hão de vir a crer (v. 20).
 
Cristo ressuscitado razão da nossa esperança
 
A oração sacerdotal de Jesus que hoje se recorda nas leituras da missa vem lembrar a todos que sem oração não é possível vida cristã com fruto.
 
A minha vocação, a nossa vocação, é fruto da oração sacerdotal de Jesus.
 
Como Jesus antes dos momentos mais importantes fazia oração, do mesmo modo a Igreja de hoje e todos os fiéis são desafiados para a oração como resposta às necessidades do mundo e ajuda às grandes decisões que em cada momento é preciso tomar.
 
Antes de escolher os Apóstolos, Jesus passou toda a noite em oração. Na última Ceia Jesus fez a longa oração sacerdotal de que hoje se lê um pequenino trecho. A Igreja, para celebrar a ressurreição e realizar os maravilhosos projetos de Boa Nova em que continuamente está envolvida, é desafiada em cada um de nós para a oração.
 
O reino de Deus edifica-se com a oração. Queremos que seja o reino da justiça, da alegria e da paz. É Cristo que o quer. E só o Espírito Santo é fonte de alegria, de justiça e de paz.
 
Cristo ressuscitado modelo de vida cristã
 
O mandato de Cristo em ordem à santificação dos discípulos, e à edificação do reino cumpre-se com o poder do Espírito Santo, na fonte da eucaristia, na intimidade do Cenáculo.
 
Se não for o Senhor a construir a casa, em vão se cansam os construtores (Sl 127).
 
A evangelização do mundo hoje como ontem deve-se mais à oração de Cristo, à oração dos santos e dos discípulos de Cristo do que todas as canseiras dos homens que não passam de agitação superficial.
 
As vocações, os movimentos apostólicos, os êxitos das comunidades cristãs são o fruto da oração dos discípulos de Cristo que com Ele se reúnem na intimidade do Cenáculo e seguem o seu exemplo.
 
Há quarenta dias celebramos a ressurreição. Jesus é vida, é o vivente, é fonte de vida para nós. Antes de aparecer às mulheres Ele as prepara fazendo-as encontrarem-se diante do sepulcro vazio. Antes de se revelar aos discípulos de Emaús desperta em seu coração o desejo de ficarem com Ele, explicando-lhes as Escrituras.
 
A ressurreição é hoje
 
Isto não foi um momento apenas. É agora.
 
O Cristo vivo está hoje aqui conosco. Ele quer preparar o nosso coração para O acolher na fé, através da leitura e meditação das Escrituras e através dos acontecimentos da vida como quando pergunta aos discípulos de Emaús: o que foi que aconteceu? Jesus deixa que eles Lhe abram o coração.
 
Está aqui conosco para também abrirmos o coração e crescer na nossa confiança.
 
Ele está presente através das outras pessoas.
 
Temos de reconhecer a importância de cada um, dar-lhe atenção, saber escutar. A fé torna Cristo presente aqui e agora a falar-nos.
 
Está presente em nossos coração pela graça. Pela força do hábito deixamos de nos aperceber desta maravilha.
 
Mesmo quando seguimos caminhos errados, Jesus nos acompanha para se revelar e nos convertermos. Está presente na Eucaristia e na Igreja.
 
Ascensão não é um momento de nostalgia e ausência. Ao contrário é o momento do dinamismo interior de quem, tendo percorrido o tempo da formação espiritual, se sente impelido pela fé a preparar com Cristo glorioso a sua própria glorificação. Cristo ressuscitado é o presente invisível que a todo o momento nos acompanha.
 
Ele virá no próximo domingo a transfigurar-nos com o fogo do Espírito Santo.
 
«Cristo, subindo ao Céu,  abre-nos novamente o caminho para a Pátria bem-aventurada.»
 
S. João Paulo II, Angelus de Domingo, 12 de maio de 2002
 
Com a festa da Ascensão de Cristo recordamos que Jesus, depois da sua ressurreição, se mostrou vivo aos discípulos durante quarenta dias (At 1, 3), no final dos quais, tendo-os levado ao Monte das Oliveiras, «elevou-Se à vista deles e uma nuvem subtraiu-O aos seus olhos» (At 1, 9).
 
Ressuscitado e elevado ao Céu, o Redentor constitui para os crentes a âncora de salvação e de conforto no empenho quotidiano pelo serviço da verdade e da paz, da justiça e da liberdade. Subindo ao Céu, Ele abre-nos novamente o caminho para a Pátria bem-aventurada, não para nos desviar da história, mas para dar ao nosso caminho o fôlego da esperança.
 
Com efeito, todos os dias devemos confrontar-nos com as realidades deste mundo. Recorda-nos isto também o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que celebramos hoje.
 
Os progressos mais recentes nas comunicações e nas informações puseram a Igreja perante inéditas possibilidades de evangelização. Por isso, este ano eu pensei propor um tema de grande atualidade: «Internet: um novo foro para proclamar o Evangelho».
 
Devemos entrar nesta moderna e cada vez mais densa rede de comunicação com realismo e confiança, persuadidos de que, se for usada com competência e responsabilidade consciente, pode oferecer oportunidades válidas para a difusão da mensagem evangélica.
 
Por conseguinte, não devemos recear «fazer-nos ao largo» no vasto oceano informático. Também através dele, a Boa Nova pode alcançar o coração dos homens e das mulheres do novo milénio.
 
Mas nunca nos devemos esquecer de que o segredo de qualquer ação apostólica é, antes de mais, a oração. Foi precisamente em intensa oração que, depois da Ascensão, os discípulos viveram no Cenáculo à espera do Espírito Santo prometido por Cristo. Com eles, estava também Maria, a Mãe de Jesus (At 1, 14). Ao prepararmo-nos para celebrar, no próximo domingo, a solene festa de Pentecostes, invocamos com Maria o Espírito Santo, para que infunda nos cristãos um renovado impulso missionário e guie os passos da humanidade pelo caminho da solidariedade e da paz. [...]
 
ORAÇÃO
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
 
LADAINHA DE NOSSA SENHORA ESPOSA DO ESPÍRITO SANTO


Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
 
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
 
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
 
Santa Maria, rogai por nós.
Imaculada Esposa do Espírito Santo, ...
Puríssima Esposa do Espírito Santo, ...
Devotíssima Esposa do Espírito Santo, ...
Piedosíssima Esposa do Espírito Santo, ...
Benigníssima Esposa do Espírito Santo, ...
Amabilíssima Esposa do Espírito Santo, ...
Amadíssima Esposa do Espírito Santo, ...
Esposa eleita do Espírito Santo, ...
Esposa formosíssima do Espírito Santo, ...
Esposa graciosíssima do Espírito Santo, ...
Esposa santíssima do Espírito Santo, ...
Esposa ilibada do Espírito Santo, ...
Esposa admirabilíssima do Espírito Santo, ...
Esposa humilíssima do Espírito Santo, ...
Verdadeiro Templo do Espírito Santo, ...
Modelo da alma agradável a Deus, ...
Exemplo maravilhoso de vida piedosa, ...
Bendita entre todos os descendentes de Eva, ...
Mãe cheia de graça, ...
Virgem coberta com a sombra do Espírito Santo, ...
Virgem repleta do Espírito Santo, ...
 
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
 
V. Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos da Promessa de Cristo.
 
Oração - Deus Todo Poderoso, que enviastes o Espírito Santo sobre os Apóstolos, reunidos em oração com Maria, Mãe de Jesus, concedei, por intercessão da Virgem Santíssima, que nos consagremos fielmente ao Vosso serviço e proclamemos a glória do Vosso Nome em palavras e obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
 
“LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.

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