Santo
Enrique de Ossó y Cervelló, Presbítero
Beato Marcolino de Forli, presbítero
Ven Mª Rafaela de los Dolores y del Patrocinio, virgem da OIC
1ª
Leitura (Heb 10,32-39): Irmãos: Lembrai-vos dos primeiros dias, em que,
depois de terdes sido iluminados, suportastes tão grandes e dolorosos combates,
ora expostos publicamente aos insultos e tribulações, ora tornando-vos
solidários com os que eram assim tratados. De fato, compartilhastes o
sofrimento dos prisioneiros e aceitastes com alegria a espoliação dos vossos
bens, sabendo que possuís riqueza melhor e duradoira. Não queirais, portanto,
perder a vossa confiança, que terá uma grande recompensa. Vós tendes
necessidade de perseverança, para cumprir a vontade de Deus e alcançar os bens
prometidos. Porque «ainda um pouco e bem pouco tempo, e Aquele que há de vir
não tardará». Ora «o meu justo viverá pela fé, mas se retroceder, não agradará
à minha alma». Nós não somos daqueles que retrocedem para a sua perdição, mas
daqueles que perseveram na fé para salvar a sua alma.
Salmo Responsorial: 36
R. A salvação dos justos vem do Senhor.
Confia no Senhor e pratica o bem, possuirás a terra e viverás tranquilo. Põe no Senhor as tuas delícias e Ele satisfará os anseios do teu coração.
Confia ao Senhor o teu destino e tem confiança, que Ele atuará. Fará brilhar a tua luz como a justiça e como o sol do meio-dia os teus direitos.
O Senhor consolida os passos do homem e aprova os seus caminhos. Se cair, não ficará por terra, porque o Senhor o tomará pela mão.
A salvação dos justos vem do Senhor, Ele é o seu refúgio no tempo da tribulação. O Senhor os ajuda e defende, porque n’Ele procuraram refúgio.
Aleluia. Bendito sejais, ó
Pai, Senhor do céu e da terra, porque revelastes aos pequeninos os mistérios do
reino. Aleluia.
Evangelho (Mc 4,26-34): Jesus dizia-lhes: «O Reino de Deus é como quando alguém lança a semente na terra. Quer ele esteja dormindo ou acordado, de dia ou de noite, a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. A terra produz o fruto por si mesma: primeiro aparecem as folhas, depois a espiga e, finalmente, os grãos que enchem a espiga. Ora, logo que o fruto está maduro, mete-se a foice, pois o tempo da colheita chegou». Jesus dizia-lhes: «Com que ainda podemos comparar o Reino de Deus? Com que parábola podemos apresentá-lo? É como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce e se torna maior que todas as outras hortaliças, com ramos grandes a tal ponto que os pássaros do céu podem fazer seus ninhos em sua sombra». Jesus lhes anunciava a palavra usando muitas parábolas como estas, de acordo com o que podiam compreender. Nada lhes falava sem usar parábolas. Mas, quando estava a sós com os discípulos, lhes explicava tudo.
«O Reino de Deus é como quando
alguém lança a semente na terra e a terra produz o fruto por si mesma»
Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells (Salt,
Girona, Espanha)
Hoje, Jesus fala às pessoas de
uma experiência muito próxima das suas vidas: «Um homem lança a semente na
terra (…); a semente germina e cresce (…). A terra produz o fruto por si mesma:
primeiro aparecem as folhas, depois a espiga e, finalmente, os grãos que enchem
a espiga» (Mc 4,26-28). Refere-se, com estas palavras, ao Reino de Deus, que
consiste na «santidade e graça, Verdade e Vida, justiça, amor e paz» (Prefácio
da Solenidade de Cristo Rei), que Jesus Cristo nos veio trazer. Este Reino tem
de ser uma realidade, em primeiro lugar dentro de cada um de nós; depois, no
nosso mundo.
Pelo Batismo, Jesus semeou, na
alma de cada cristão, a graça, a santidade, a Verdade… Temos de fazer crescer
esta semente para que frutifique em abundância de boas obras: de serviço e
caridade, de amabilidade e generosidade, de sacrifício para cumprir bem o nosso
dever de cada dia e para fazer felizes aqueles que nos rodeiam, de oração
constante, de perdão e compreensão, de esforço para crescer em virtudes, de
alegria…
A semente começa pequena, como «um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce e se torna maior que todas as outras hortaliças» (Mc 4,31-32). Porém, a força de Deus difunde-se e cresce com um vigor surpreendente. Como nos primeiros tempos do Cristianismo, Jesus pede-nos hoje que difundamos o seu Reino por todo o mundo.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Semeia tu também na tua horta a Cristo, na qual faça florescer a beleza das tuas obras e se respire o multiforme olor das diversas virtudes» (Santo Ambrósio de Milão)
«A debilidade é a força da semente, ao morrer chega à sua máxima potência. Assim é o reino de Deus: uma realidade humanamente pequena, composta pelos pobres de coração, pelos que não confiam só na sua própria força, senão na do amor de Deus» (Bento XVI)
«A vocação própria dos leigos consiste precisamente em procurar o Reino de Deus ocupando-se das realidades temporais e ordenando-as segundo Deus [...]. Pertence-lhes, de modo particular, iluminar e orientar todas as realidades temporais a que estão estreitamente ligados, de tal modo que elas sejam realizadas e prosperem constantemente segundo Cristo, para glória do Criador e Redentor» (438) (Catecismo da Igreja Católica, nº 898)
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm
* É bonito ver como Jesus,
cada vez de novo, buscava na vida e nos acontecimentos elementos e imagens que
pudessem ajudar o povo a perceber e experimentar a presença do Reino. No
evangelho de hoje ele, novamente, conta duas pequenas histórias que acontecem
todos os dias na vida de todos nós: “A história da semente que cresce sozinha”
e “A história da pequena semente de mostarda que cresce e se torna grande”.
* A história da semente que
cresce sozinha. O agricultor que planta conhece o processo: semente,
fiozinho verde, folha, espiga, grão. Ele não mete a foice antes do tempo. Sabe
esperar. Mas não sabe como a terra, a chuva, o sol e a semente têm esta força
de fazer crescer uma planta do nada até a fruta. Assim é o Reino de Deus. Tem
processo, tem etapas e prazos, tem crescimento. Vai acontecendo. Produz fruto
no tempo marcado. Mas ninguém sabe explicar a sua força misteriosa. Ninguém é
dono. Só Deus!
* O motivo que levava Jesus a ensinar por meio de parábolas. Jesus contava muitas parábolas. Tudo tirado da vida do povo! Assim ele ajudava as pessoas a descobrir as coisas de Deus no quotidiano. Tornava o quotidiano transparente. Pois o extraordinário de Deus se esconde nas coisas ordinárias e comuns da vida de cada dia. O povo entendia da vida. Nas parábolas recebia a chave para abri-la e encontrar dentro dela os sinais de Deus.
Para um confronto pessoal
1) Jesus não explica as parábolas. Ele conta as histórias e provoca em nós a imaginação e a reflexão da descoberta. O que você descobriu nestas duas parábolas?
2) Tornar a vida transparente é o objetivo das parábolas. Ao longo dos anos, sua vida ficou mais transparente ou aconteceu o contrário?
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