Sto.
Efrém, Diácono e Doutor da Igreja
Senhor Jesus Cristo, unindo-me
à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes
louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no
Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço
por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração
da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e
pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras.
Amém.
LECTIO
DIVINA
1ª
Leitura (1Re 18,20-39): Naqueles dias, o rei Acab convocou todos os
filhos de Israel e reuniu os profetas no monte Carmelo. Então Elias dirigiu-se
a todo o povo e disse: «Até quando oscilareis para os dois lados? Se o Senhor é
o Deus verdadeiro, segui o Senhor; se é Baal, segui Baal». O povo nada lhe
respondeu. Elias continuou: «Eu sou o único que fiquei dos profetas do Senhor e
os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta. Deem-nos dois bezerros. Eles
escolham um, partam-no em pedaços e coloquem-no sobre a lenha, sem acenderem o
fogo. Eu prepararei o outro bezerro e colocá-lo-ei sobre a lenha, sem acender o
fogo. Depois invocareis o nome do vosso deus e eu invocarei o nome do Senhor.
Aquele que responder com o fogo, esse é o verdadeiro Deus». Todo o povo
respondeu: «Está bem». Disse então Elias aos profetas de Baal: «Escolhei um dos
bezerros e preparai-o primeiro, porque sois mais numerosos. Invocai o nome do
vosso deus, mas não acendais fogo». Eles tomaram o bezerro e prepararam-no;
depois invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: «Baal,
responde-nos». Mas nenhuma voz, nenhuma resposta se ouvia. Entretanto, eles
dançavam dobrando o joelho diante do altar que tinham feito. Ao meio-dia, Elias
começou a troçar deles, dizendo: «Gritai mais alto, porque, sendo um deus, pode
estar ocupado, em negócios ou em viagem; talvez esteja a dormir, mas acordará».
Eles gritavam com mais força e feriam-se com espadas e lanças, segundo o seu
costume, até escorrer sangue. Passado o meio-dia, continuaram a profetizar
furiosamente até à hora do sacrifício da tarde. Mas nenhuma voz se ouvia,
nenhuma resposta, nenhum sinal. Disse então Elias a todo o povo: «Aproximai-vos
de mim». E todo o povo se aproximou dele. Elias reparou o altar do Senhor, que
tinham demolido. Tomou doze pedras, segundo o número das tribos dos filhos de
Jacob, a quem o Senhor dissera: «O teu nome será Israel». Construiu com essas
pedras outro altar ao nome do Senhor e fez em volta do altar uma vala que podia
levar duas medidas de semente. Depois preparou a lenha, partiu o bezerro em
pedaços, colocou-o em cima da lenha e disse: «Enchei quatro bilhas de água e
deitai-a sobre a vítima e sobre a lenha». Feito isto, ordenou: «Uma vez mais».
E eles assim fizeram pela segunda vez. Depois disse: «Outra vez ainda». E eles
assim fizeram pela terceira vez. A água correu em volta do altar e até a vala
ficou cheia de água. À hora do sacrifício da tarde, o profeta Elias
aproximou-se e disse: «Senhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, mostrai
hoje que Vós sois o Deus de Israel, que eu sou o vosso servo e que por vossa
ordem realizei tudo isto. Respondei-me, Senhor, respondei-me, para que este
povo reconheça que Vós, Senhor, sois o verdadeiro Deus e que converteis os seus
corações». Desceu então o fogo do Senhor e devorou a vítima, a lenha, as
pedras, a terra, e secou até a água que estava na vala. Ao ver isto, todo o
povo se prostrou com a face em terra e, cheia de temor, exclamou: «O Senhor é o
verdadeiro Deus! O Senhor é o verdadeiro Deus!».
R. Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.
Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio. Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Os que seguem deuses estranhos redobram as suas penas. Não serei eu a fazer-lhes libações de sangue, nem a invocar seus nomes com os meus lábios.
Senhor, porção da minha herança, está nas vossas mãos o meu destino. O Senhor está sempre na minha presença, com Ele a meu lado não vacilarei.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida, alegria plena em vossa presença, delícias eternas à vossa direita.
Aleluia. Ensinai-me, Senhor,
os vossos caminhos, guiai-me na vossa verdade. Aleluia.
Evangelho (Mt 5,17-19): «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus».
«Não vim para abolir, mas para
cumprir»
Rev. D. Miquel MASATS i Roca (Girona, Espanha)
Hoje escutamos do Senhor: «Não
penseis que vim abolir a Lei e os Profetas; (...), não vim para abolir, mas
para cumprir» (Mt 5,17). No Evangelho de hoje, Jesus ensina que o Antigo
Testamento é parte da Revelação divina: Deus no início deu-se a conhecer aos
homens através dos profetas. O Povo escolhido reunia-se nos sábados na sinagoga
para escutar a Palavra de Deus. Assim como um bom israelita conhecia as
Escritura e as punha em prática, aos cristãos convêm a meditação frequente
—diária, se fosse possível— das Escrituras.
Em Jesus temos a plenitude da
Revelação. Ele é o Verbo, a Palavra de Deus, que se fez homem (cf. Jo 1,14),
que vem a nós para dar-nos a conhecer quem é Deus e quanto nos ama. Deus espera
do homem uma resposta de amor, manifestada no cumprimento dos seus ensinos: «Se
me amais, observareis os meus mandamentos» (Jo 14,15).
No texto do Evangelho de hoje encontramos uma boa explicação na Primeira Carta de São João: «Pois amar a Deus consiste nisto: que observemos os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados» (1Jo 5,3). Observar os mandamentos de Deus garante que lhe amamos com obras e de verdade. O amor não é só um sentimento, senão que —também— pede obras, obras de amor, viver o duplo preceito da caridade.
Jesus nos ensina a malicia do escândalo: «Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus» (Mt 5,19). ‘Eu conheço a Deus’, mas não observa os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele» (1Jo2,4).
Também ensina a importância do bom exemplo: «Quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus» (Mt 5,19). O bom exemplo é o primeiro elemento do apostolado cristão.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Um mandato, por mais suave que seja, torna-se duro quando imposto por um coração tirânico e cruel, mas torna-se fácil quando é o Amor quem o ordena» (São Francisco de Sales)
«A lei é a sabedoria. A sabedoria é a arte de ser homem, a arte de poder viver bem e poder morrer bem. E só se pode viver e morrer bem quando a verdade foi recebida e quando a verdade nos mostra o caminho» (Bento XVI)
«O cumprimento perfeito da Lei só podia ser obra do divino Legislador, nascido sujeito à Lei na pessoa do Filho (362). Em Jesus, a Lei já não aparece gravada em tábuas de pedra, mas ‘no íntimo do coração’ (Jr 31,33) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 580)
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm.
* O Evangelho de hoje
ensina como manter a lei de Deus de tal forma que a sua prática indica em que
consiste o pleno cumprimento da lei (Mateus 5,17-19). Mateus escreve para
ajudar as comunidades de judeus convertidos a superar as críticas dos seus
irmãos na raça que os acusavam, dizendo: "Sois infiéis à Lei de
Moisés". O próprio Jesus tinha sido acusado de infidelidade à lei de Deus.
Mateus tem a resposta esclarecedora de Jesus para os seus acusadores. Assim ele
dá uma luz para ajudar as comunidades a resolver o seu problema.
* Usando imagens da vida
quotidiana, com palavras simples e diretas, Jesus tinha dito que a missão da
comunidade, a sua razão de ser, é aquela de ser sal e luz! Ele tinha dado
alguns conselhos em relação a cada uma das duas imagens. Depois vêm dois ou
três versículos curtos do Evangelho de hoje.
* Mateus 5,17-18: Nem uma só
letra ou vírgula serão tiradas da Lei. Havia várias tendências nas
primeiras comunidades cristãs. Alguns pensavam que não era necessário guardar
as leis do Antigo Testamento, porque somos salvos pela fé em Jesus e não por
guardar a lei (Rm 3,21-26). Outros aceitaram Jesus, o Messias, mas não
aceitaram a liberdade do Espírito com que algumas comunidades viviam a presença
de Jesus. Eles pensavam que por serem judeus deveriam continuar a observar as
leis do AT (Atos 15,1-5). Mas havia cristãos que viviam tão plenamente na
liberdade do Espírito que já não olhavam nem para a vida de Jesus de Nazaré nem
para o AT e chegavam ao ponto de dizer: "Anátema Jesus"! (1Cor 12,3).
Observando estas tensões, Mateus procura um equilíbrio entre os dois extremos.
A comunidade deve ser um espaço onde o equilíbrio possa ser alcançado e
experimentado. A resposta que Jesus deu àqueles que o criticaram continuou a
ser bem relevante para as comunidades: "Eu não vim para abolir a lei, mas
para cumpri-la"! As comunidades não podiam ser contra a Lei, nem se podiam
fechar no cumprimento da Lei. Tal como Jesus, tiveram de dar um passo em
frente, e demonstrar, na prática, o que a Lei pretendia alcançar na vida das
pessoas, nomeadamente, na prática perfeita do amor.
Para um confronto pessoal
1) Como vejo e vivo a lei de Deus: como um horizonte crescente de luz ou como uma imposição que limita a minha liberdade?
2) O que podemos fazer hoje pelos irmãos e irmãs que veem toda esta discussão como algo ultrapassado e não atual? O que podemos aprender com eles?
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
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Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para honrá-lo, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer, nem me separar de Vós. Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.
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