Santo Alberto, Patriarca de Jerusalém, Legislador
de nossa Ordem
Sta Hildegarda de Bigen, virgem, Doutora da Igreja
S. Roberto Belarmino, bispo e Doutor da Igreja
Salmo Responsorial: 48
R. Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o
reino dos Céus.
Porque hei de inquietar-me nos dias maus, quando me cerca a
iniquidade dos perseguidores, dos que confiam na sua opulência e se vangloriam
na sua grande riqueza?
O homem não pode pagar o seu resgate, não pode pagar a Deus
a sua redenção. É muito caro o resgate da sua vida e ele nunca pagará o
suficiente, para prolongar indefinidamente a sua vida e não experimentar a
corrupção da morte.
Não te irrites se alguém enriquece e aumenta a riqueza da
sua casa. Quando morrer, nada levará consigo, a sua fortuna não o acompanhará.
Ainda que em vida se felicitasse: «Louvar-te-ão porque
trataste bem de ti», não deixará de ir para a companhia de seus pais, que
jamais verão a luz.
Aleluia. Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque
revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Aleluia.
Evangelho (Lc 8,1-3): Naquele tempo, Jesus
percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de
Deus. Os Doze iam com ele, e também algumas mulheres que tinham sido curadas de
espíritos maus e de doenças: Maria, chamada Madalena, de quem saíram sete
demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e muitas
outras mulheres, que os ajudavam com seus bens.
«Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova
do Reino de Deus»
Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells (Salt, Girona, Espanha)
Comentando este mistério diz o Papa são João Paulo II:
«Mistério de luz é a predicação com a que Jesus anuncia a chegada do Reino de
Deus e convida à conversão, perdoando os pecados de quem se aproxima a Ele com
fé humilde, iniciando assim o mistério da misericórdia que Ele continuará
exercendo até o fim do mundo, especialmente através do sacramento da
Reconciliação confiado à Igreja».
Jesus continua passando perto de nós, oferecendo-nos seus
bens sobrenaturais: quando fazemos oração, quando lemos e meditamos o Evangelho
para conhecê-lo e amá-lo mais e imitar sua vida, quando recebemos algum
sacramento, especialmente a Eucaristia e a Penitência, quando dedicamo-nos com
esforço e constância ao trabalho de cada dia, quando tratamos com a família, os
amigos ou vizinhos, quando ajudamos àquela pessoa necessitada material e
espiritualmente, quando descansamos ou nos divertimos... Em todas essas circunstâncias
podemos encontrar a Jesus e segui-lo como aqueles doze e aquelas santas
mulheres.
Mas, além disso, cada um de nós é chamado por Deus a ser
também Jesus que passa, para falar -com nossas obras e nossas palavras- a quem
tratamos sobre a fé que enche de sentido a nossa existência, da esperança que
nos move a seguir adiante pelos caminhos da vida confiados do Senhor e, da
caridade que guia todo nosso agir.
A primeira em seguir Jesus e em ser Jesus é Maria. Que Ela
com seu exemplo e sua intercessão nos ajude!
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.
* Lucas 8,1: Os doze
que seguem Jesus. Numa única frase Lucas descreve a situação: Jesus anda
por toda a parte, pelos povoados e cidades da Galileia, anunciando a Boa Nova
do Reino de Deus e os doze estão com ele. A expressão “seguir Jesus” (cf. Mc
1,18; 15,41) indica a condição do discípulo que segue o Mestre, vinte e quatro
horas por dia, procurando imitar o seu exemplo e participar do seu destino.
* Lucas 8,2-3: As
mulheres seguem Jesus. O surpreendente é que, ao lado dos homens, há também
mulheres “junto com Jesus”. Lucas coloca os discípulos e as discípulas em pé de
igualdade, pois ambos seguem Jesus. Lucas também conservou os nomes de algumas
destas discípulas: Maria Madalena,
nascida na cidade de Magdala. Ela tinha sido curada de sete demônios. Joana,
mulher de Cuza, procurador de Herodes Antipas, que era governador da Galileia.
Suzana e várias outras. Delas se afirma que “servem a Jesus com seus bens”.
Jesus permitia que um grupo de mulheres o “seguisse” (Lc 8,2-3; 23,49; Mc
15,41). O evangelho de Marcos, falando das mulheres no momento da morte de
Jesus, informa: “Aí estavam também algumas mulheres, olhando de longe. Entre
elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o menor, e de Joset, e
Salomé. Elas haviam seguido e servido a Jesus, desde quando ele estava na Galileia.
Muitas outras mulheres estavam aí, pois tinham subido com Jesus a Jerusalém”
(Mc 15,40-41). Marcos define a atitude delas com três palavras: seguir, servir,
subir até Jerusalém. Os primeiros cristãos não chegaram a elaborar uma lista
destas discípulas que seguiam Jesus como fizeram com os doze discípulos. Mas
pelas páginas do evangelho de Lucas aparecem os nomes de sete discípulas: Maria
Madalena, Joana, mulher de Cuza, Suzana (Lc 8,3), Marta e Maria (Lc 10,38),
Maria, mãe de Tiago (Lc 24,10) e Ana, a profetisa (Lc 2,36), de oitenta e
quatro anos de idade. O número oitenta e quatro é doze vezes sete. A idade
perfeita! A tradição eclesiástica posterior não valorizou este dado do
discipulado das mulheres com o mesmo peso com que valorizou o seguimento de
Jesus por parte dos homens. É pena.
* O Evangelho de
Lucas sempre foi considerado o Evangelho das mulheres. De fato, Lucas é o
que traz o maior número de episódios em que se destaca o relacionamento de
Jesus com as mulheres. E a novidade não está só na presença delas ao redor de
Jesus, mas também e sobretudo na atitude de Jesus em relação a elas. Jesus as
toca ou se deixa tocar por elas sem medo de se contaminar (Lc 7,39;
8,44-45.54). Diferente dos mestres da época, Jesus aceita mulheres como
seguidoras e discípulas (Lc 8,2-3; 10,39). A força libertadora de Deus, atuante
em Jesus, faz a mulher se levantar e assumir sua dignidade (Lc 13,13). Jesus é
sensível ao sofrimento da viúva e se solidariza com a sua dor (Lc 7,13). O
trabalho da mulher preparando alimento é visto por Jesus como sinal do Reino
(Lc 13,20-21). A viúva persistente que luta por seus direitos é colocada como
modelo de oração (Lc 18,1-8), e a viúva pobre que partilha seus poucos bens com
os outros como modelo de entrega e doação (Lc 21,1-4). Numa época em que o
testemunho das mulheres não era aceito como válido, Jesus escolhe as mulheres
como testemunhas da sua morte (Lc 23,49), sepultura (Lc 23,55-56) e
ressurreição (Lc 24,1-11.22-24)
Para um confronto
pessoal
1) Na sua
comunidade, no seu país, na sua Igreja, como é a valorização da mulher?
2) Compare a
atitude da nossa Igreja com a atitude de Jesus.
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