São Francisco Solano, presbítero
Salmo Responsorial: 22
R. O Senhor é meu pastor: nada me
faltará.
O Senhor é
meu pastor: nada me falta. Leva-me a descansar em verdes prados, conduz-me às
águas refrescantes e reconforta a minha alma.
Ele me guia
por sendas direitas por amor do seu nome. Ainda que tenha de andar por vales
tenebrosos, não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo: o vosso cajado e
o vosso báculo me enchem de confiança.
Para mim
preparais a mesa à vista dos meus adversários; com óleo me perfumais a cabeça,
e o meu cálice transborda.
A bondade e
a graça hão de acompanhar-me todos os dias da minha vida, e habitarei na casa
do Senhor para todo o sempre.
2ª Leitura (Ef
2,13-18): Irmãos: Foi em Cristo Jesus que vós,
outrora longe de Deus, vos aproximastes d’Ele, graças ao sangue de Cristo.
Cristo é, de facto, a nossa paz. Foi Ele que fez de judeus e gregos um só povo
e derrubou o muro da inimizade que os separava, anulando, pela imolação do seu
corpo, a Lei de Moisés com as suas prescrições e decretos. E assim, de uns e
outros, Ele fez em Si próprio um só homem novo, estabelecendo a paz. Pela cruz
reconciliou com Deus uns e outros, reunidos num só Corpo, levando em Si próprio
a morte à inimizade. Cristo veio anunciar a boa nova da paz, paz para vós, que
estáveis longe, e paz para aqueles que estavam perto. Por Ele, uns e outros
podemos aproximar-nos do Pai, num só Espírito.
Aleluia. As minhas
ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor; Eu conheço as minhas ovelhas e elas
seguem-Me. Aleluia.
Evangelho (Mc
6,30-34): Naquele tempo, os apóstolos se
reuniram junto de Jesus e lhe contaram tudo o que tinham feito e ensinado. Ele
disse-lhes: «Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco!» Havia,
de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinham nem tempo para comer.
Foram, então, de barco, para um lugar deserto, a sós. Muitos os viram partir e
perceberam a intenção; saíram então de todas as cidades e, a pé, correram à
frente e chegaram lá antes deles. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande
multidão e encheu-se de compaixão por eles, porque eram como ovelhas que não
têm pastor. E começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas.
«Vinde, a sós, para um
lugar deserto, e descansai um pouco!»
Rev. D. David AMADO i Fernández (Barcelona, Espanha)
Uma das
tentações a que pode sucumbir qualquer cristão é a de querer fazer muitas
coisas descuidando do trato com o Senhor. O Catecismo recorda que, na hora de
fazer oração, um dos maiores perigos é pensar que há outras coisas mais
urgentes e, dessa forma, se acaba descuidando do trato com Deus. Por isso
Jesus, a seus Apóstolos, que trabalharam muito, que estavam esgotados e
eufóricos porque tudo lhes correu bem, manda que descansem. E, acrescenta o
Evangelho «foram, então, de barco, para um lugar deserto, a sós» (Mc 6,32).
Para poder rezar bem são necessárias, ao menos duas coisas: a primeira é estar
com Jesus, porque é a pessoa com que vamos falar. Temos que ter certeza de que
estamos com Ele. Por isso todo tempo de oração começa, geralmente, e é o mais
difícil, com um ato de presença de Deus. Tomar consciência de que estamos com
Ele. E a segunda é a necessidade de solidão. Se queremos falar com alguém, ter
uma conversa íntima e profunda, escolhemos um lugar isolado.
São Pedro
Julião Eymard recomendava descansar em Jesus depois de comungar. E advertia do
perigo de encher a ação de graças com muitas palavras ditas de cabeça. Dizia,
que depois de receber o Corpo de Cristo, o melhor é estar um tempo em silêncio,
para repor nossas forças deixando que Jesus nos fale no silêncio do nosso
coração. Às vezes, muito melhor do que explicar a Ele nossos projetos é deixar
que Jesus nos instrua e anime.
Servidores do Reino
Nuno Westwood
A
orientação para missionar na pobreza visava evitar, por parte dos apóstolos,
qualquer espécie de exibição de poder, que atraísse multidões por motivos
alheios ao Reino. E, pior ainda, que inculcasse nelas o ideal de acumular bens,
despertando, em seus corações, falsas esperanças. A própria pobreza material
dos apóstolos já seria um instrumento de evangelização. Indicava uma
dependência radical a Deus. Tornava-se apelo para a partilha, por parte dos
ouvintes. Enfim, permitia aos apóstolos pregar com toda liberdade, pois nada
tinham a perder.
Eles foram
orientados também sobre como comportar-se no fracasso. Na medida em que tinham
consciência de terem sido fiéis no cumprimento da missão, caso os ouvintes não
dessem ouvido às suas palavras, só lhes restaria seguir adiante. A rejeição não
era um sinal de que a missão tivesse chegado ao fim. Restava-lhes o mundo todo
para evangelizar.
Que a
Virgem Maria faça de cada um de nós apóstolos felizes e testemunhas credíveis
da Palavra de seu Filho.
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