São Bento, abade
Salmo Responsorial: 84
R. Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor
e dai-nos a vossa salvação.
Deus fala
de paz ao seu povo e aos seus fiéis e a quantos de coração a Ele se convertem.
A sua salvação está perto dos que O temem e a sua glória habitará na nossa
terra.
Encontraram-se
a misericórdia e a fidelidade, abraçaram-se a paz e a justiça. A fidelidade vai
germinar da terra e a justiça descerá do Céu.
O Senhor
dará ainda o que é bom, e a nossa terra produzirá os seus frutos. A justiça
caminhará à sua frente e a paz seguirá os seus passos.
2ª Leitura (Ef
1,3-14): Bendito seja Deus, Pai de Nosso
Senhor Jesus Cristo, que do alto dos Céus nos abençoou com toda a espécie de
bênçãos espirituais em Cristo. N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo,
para sermos santos e irrepreensíveis, em caridade, na sua presença. Ele nos
predestinou, conforme a benevolência da sua vontade, a fim de sermos seus
filhos adoptivos, por Jesus Cristo, para louvor da sua glória e da graça que
derramou sobre nós, por seu amado Filho. N’Ele, pelo seu sangue, temos a redenção
e a remissão dos pecados. Segundo a riqueza da sua graça, que Ele nos concedeu
em abundância, com plena sabedoria e inteligência, deu-nos a conhecer o
mistério da sua vontade, o desígnio de benevolência n’Ele de antemão
estabelecido, para se realizar na plenitude dos tempos: instaurar todas as
coisas em Cristo, tudo o que há nos Céus e na terra. Em Cristo fomos
constituídos herdeiros, por termos sido predestinados, segundo os desígnios
d’Aquele que tudo realiza conforme a decisão da sua vontade, para sermos um
hino de louvor da sua glória, nós que desde o começo esperámos em Cristo. Foi
n’Ele que vós também, depois de ouvirdes a palavra da verdade, o Evangelho da
vossa salvação, abraçastes a fé e fostes marcados pelo Espírito Santo. E o
Espírito Santo prometido é o penhor da nossa herança, para a redenção do povo
que Deus adquiriu para louvor da sua glória.
Aleluia. Deus, Pai de
Nosso Senhor Jesus Cristo, ilumine os olhos do nosso coração, para sabermos a
que esperança fomos chamados. Aleluia.
Evangelho (Mc 6,7-13):
Naquele tempo Jesus chamou os Doze, começou a enviá-los
dois a dois e deu-lhes poder sobre os espíritos impuros. Mandou que não
levassem nada pelo caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem
dinheiro à cintura, mas que calçassem sandálias e não usassem duas túnicas.
Dizia-lhes ainda: «Quando entrardes numa casa, permanecei ali até a vossa
partida. Se em algum lugar não vos receberem, nem vos escutarem, saí de lá e
sacudi a poeira dos vossos pés, para que sirva de testemunho contra eles». Eles
então saíram para proclamar que o povo se convertesse. Expulsavam muitos
demônios, ungiam com óleo numerosos doentes e os curavam.
«Jesus chamou os Doze
e começou a enviá-los, dois a dois»
Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga (Sabadell, Barcelona,
Espanha)
Equipados
com «poder sobre os espíritos impuros» (Mc 6,7) e com uma bagagem quase
inexistente - «Mandou que não levassem nada pelo caminho, a não ser um cajado;
nem pão, nem sacola, nem dinheiro à cintura, mas que calçassem sandálias e não
usassem duas túnicas» (Mc 6,8) - iniciam a missão da Igreja. A eficácia da sua
pregação evangelizadora não virá de influências humanas ou materiais, mas do
poder de Deus e da sinceridade, da fé e do testemunho de vida do pregador.
«Todo o impulso, a energia e a entrega dos evangelizadores provêm da fonte que
é o amor de Deus infundido nos nossos corações com o dom do Espírito Santo» (S.
João Paulo II).
Hoje em
dia, a Boa Notícia ainda não chegou a todos os lugares da terra, nem com a
intensidade que era preciso. Temos que anunciar a conversão, temos que vencer
muitos espíritos malignos.
Nós, que já
recebemos a Boa Notícia, sabemos dar-lhe o devido valor? Somos disso
conscientes? Somos agradecidos? Sintamo-nos enviados, missionários, urgidos a
pregar com o exemplo e, se necessário, com a palavra, para que a Boa Nova não
falte àqueles que Deus colocou no nosso caminho.
Servidores do Reino
Nuno Romão
A
orientação para missionar na pobreza visava evitar, por parte dos apóstolos,
qualquer espécie de exibição de poder, que atraísse multidões por motivos
alheios ao Reino. E, pior ainda, que inculcasse nelas o ideal de acumular bens,
despertando, em seus corações, falsas esperanças. A própria pobreza material
dos apóstolos já seria um instrumento de evangelização. Indicava uma
dependência radical a Deus. Tornava-se apelo para a partilha, por parte dos
ouvintes. Enfim, permitia aos apóstolos pregar com toda liberdade, pois nada
tinham a perder.
Eles foram
orientados também sobre como comportar-se no fracasso. Na medida em que tinham
consciência de terem sido fiéis no cumprimento da missão, caso os ouvintes não
dessem ouvido às suas palavras, só lhes restaria seguir adiante. A rejeição não
era um sinal de que a missão tivesse chegado ao fim. Restava-lhes o mundo todo
para evangelizar.
Que a
Virgem Maria faça de cada um de nós apóstolos felizes e testemunhas credíveis
da Palavra de seu Filho.
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