MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro
S.
Cirilo de Alexandria, bispo e doutor da Igreja
1ª Leitura (Sab
1,13-15; 2,23-24): Não foi Deus quem fez a morte, nem
Ele Se alegra com a perdição dos vivos. Pela criação deu o ser a todas as
coisas, e o que nasce no mundo destina-se ao bem. Em nada existe o veneno que
mata, nem o poder da morte reina sobre a terra, porque a justiça é imortal.
Deus criou o homem para ser incorruptível e fê-lo à imagem da sua própria
natureza. Foi pela inveja do Diabo que a morte entrou no mundo, e
experimentam-na aqueles que lhe pertencem.
Salmo Responsorial: 29
R. Eu Vos louvarei, Senhor, porque
me salvastes.
Eu Vos
glorifico, Senhor, porque me salvastes e não deixastes que de mim se
regozijassem
os
inimigos. Tirastes a minha alma da mansão dos mortos, vivificastes-me para não
descer ao túmulo.
Cantai
salmos ao Senhor, vós os seus fiéis, e dai graças ao seu nome santo. A sua ira
dura apenas um momento e a sua benevolência a vida inteira. Ao cair da noite
vêm as lágrimas e ao amanhecer volta a alegria.
Ouvi,
Senhor, e tende compaixão de mim, Senhor, sede Vós o meu auxílio. Vós
convertestes em júbilo o meu pranto: Senhor meu Deus, eu Vos louvarei
eternamente.
2ª Leitura (2Cor
8,7.9.13-15): Irmãos: Já que sobressaís em tudo –
na fé, na eloquência, na ciência, em toda a espécie de atenções e na caridade
que vos ensinámos – deveis também sobressair nesta obra de generosidade.
Conheceis a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ele, que era rico,
fez-Se pobre por vossa causa, para vos enriquecer pela sua pobreza. Não se
trata de vos sobrecarregar para aliviar os outros, mas sim de procurar a
igualdade. Nas circunstâncias presentes, aliviai com a vossa abundância a sua
indigência para que um dia eles aliviem a vossa indigência com a sua
abundância. E assim haverá igualdade, como está escrito: «A quem tinha colhido
muito não sobrou e a quem tinha colhido pouco não faltou».
Aleluia. Jesus Cristo,
nosso Salvador, destruiu a morte e fez brilhar a vida por meio do Evangelho.
Aleluia.
Evangelho (Mc
5,21-43): Naquele tempo, Jesus passou
novamente para a outra margem, e uma grande multidão se ajuntou ao seu redor.
Ele estava à beira-mar. Veio então um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo.
Vendo Jesus, caiu-lhe aos pés e suplicava-lhe insistentemente: «Minha filhinha
está nas últimas. Vem, impõe as mãos sobre ela para que fique curada e viva!»
Jesus foi com ele. Uma grande multidão o acompanhava e o apertava de todos os
lados. Estava aí uma mulher que havia doze anos sofria de hemorragias e tinha
padecido muito nas mãos de muitos médicos; tinha gastado tudo o que possuía e,
em vez de melhorar, piorava cada vez mais. Tendo ouvido falar de Jesus,
aproximou-se, na multidão, por detrás e tocou-lhe no manto. Ela dizia: «Se eu
conseguir tocar na roupa dele, ficarei curada». Imediatamente a hemorragia
estancou, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. Jesus
logo percebeu que uma força tinha saído dele e, voltando-se para a multidão,
perguntou: «Quem tocou na minha roupa»? Os discípulos disseram: «Tu vês a
multidão que te aperta, e ainda perguntas: ‘Quem me tocou? ’» Ele olhava ao
redor para ver quem o havia tocado. A mulher, tremendo de medo ao saber o que
lhe havia acontecido, veio, caiu-lhe aos pés e contou toda a verdade. Jesus
então disse à mulher: «Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e fica livre da
tua doença». Enquanto ainda estava falando, chegaram alguns da casa do chefe da
sinagoga dizendo: «Tua filha morreu. Por que ainda incomodas o mestre?» Jesus
ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: «Não tenhas medo, somente crê».
Ele não permitiu que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão
João. Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a agitação, pois
choravam e lamuriavam muito. Entrando na casa, ele perguntou: «Por que essa
agitação, por que chorais? A menina não morreu, ela dorme». E começaram a
zombar dele. Afastando a multidão, levou consigo o pai e a mãe da menina e os
discípulos que o acompanhavam. Entrou no lugar onde estava a menina. Pegou a
menina pela mão e disse-lhe: «Talitá cum!.» ( que quer dizer: «Menina, eu te
digo, levanta-te» ).A menina logo se levantou e começou a andar — já tinha doze
anos de idade. Ficaram extasiados de tanta admiração. Jesus recomendou com insistência
que ninguém soubesse do caso e falou para que dessem de comer à menina.
«Somente crê»
Fray Valentí SERRA i Fornell (Barcelona, Espanha)
Quem sabe
se aquele homem já não conhecia de vista a Jesus, de vê-lo frequentemente na
sinagoga e, achando-se tão desesperado, decidiu invocar sua ajuda. De todas as
formas, Jesus captando a fé daquele pai afligido acedeu à petição, só que
enquanto se dirigia a sua casa chegou a notícia de que a menina tinha morrido e
que era inútil incomodá-lo: «Tua filha morreu. Por que ainda incomodas o
mestre?» (Mc 5,35).
Jesus,
dando-se conta da situação, pediu a Jairo que não se deixara influir pelo
ambiente pessimista, lhe dizendo: «Não tenhas medo, somente crê» (Mc 5,36).
Jesus lhe pediu aquele pai uma fé maior, capaz de ir além das dúvidas e do
medo. Ao chegar à casa de Jairo, o Messias retornou a vida à menina com as
palavras: «Talitá kum, que quer dizer: ‘Menina, eu te digo, levanta-te’» (Mc
5,41).
Também nós
deveríamos ter mais fé, aquela fé que não duvida diante das dificuldades e
provas da vida e, que sabe madurar na dor através de nossa união com Cristo,
tal como nos sugere o papa Bento XVI, na sua encíclica Spe Salvi (Salvados pela
esperança): «O que cura o homem não é esquivar o sofrimento e fugir diante a
dor, senão a capacidade de aceitar a tribulação, madurar nela e, achar nela um
sentido mediante a união com Cristo, que sofreu com amor infinito».
"O contato de
Cristo nos cura e nos salva".
Postado por ✝ icatolica.com
Um chefe de
sinagoga cai de joelhos e suplica a Jesus para curar a sua filha… Uma mulher
atingida por hemorragias não diz nada, mas contenta-se em tocar as vestes de
Jesus, sem dúvida porque se considera impura. Isto basta Àquele que veio para
levantar, curar, salvar a humanidade ferida. As reações dos que acompanham
Jesus são diversas. Riem-se d’Ele. Só a fé solicita um sinal de Jesus, a fé de
Jairo, a fé da mulher, a fé de Pedro, Tiago e João… E esta fé faz Jesus agir e
transforma os beneficiários: a mulher é curada, a jovem levanta-se, as
testemunhas ficam abaladas. Decididamente, Jesus não é um taumaturgo: é
reconhecido por aqueles que acreditam, recomenda insistentemente que ninguém
saiba, com receio, sem dúvida, que se valorize os seus sinais sem os ver com os
olhos da fé.
Eis Jesus
mergulhado no barulho e nos apertos da multidão. Para mais, circula o rumor:
Jesus vai fazer um milagre, curar a jovem filha de Jairo! A multidão esmaga
Jesus. E eis que uma mulher quer aproximar-se de Jesus, a todo o custo, para
tocar ao menos as suas vestes. Ela quer ser também beneficiária do poder do
homem de Deus, ser, enfim, curada da sua doença que dura há doze anos. Ela
chega por detrás, toca as suas vestes. Conhecemos o diálogo que se segue… O
mesmo acontece com Jairo que se aproxima… No meio da multidão, Jesus está
atento a estas pessoas concretas, manifesta uma disponibilidade extraordinária,
está extremamente atento à sua presença. No meio da multidão, Jesus está atento
a cada um. Ninguém fica anônimo aos olhos de Jesus. Está habitado pelo amor de
Deus para com os seus filhos. No Coração do Pai, Jesus é capaz de uma atenção
extrema a cada angústia do ser humano. Não interessa quem possa vir junto
d’Ele, não interessa qual é a situação: ele será sempre acolhido, Jesus dará
sempre a sua atenção como se cada um estivesse sozinho no mundo com Ele. Isto
continua a ser verdadeiro, agora que Jesus está na plenitude da glória do seu
Pai. Se eu também começasse a fazer silêncio em mim para melhor escutar Jesus,
através da sua Palavra, se eu tivesse tempo para a oração interior, para
aprofundar o meu silêncio interior… certamente ficaria mais disponível, mais
atento aos outros. Senhor Jesus, dá-me a graça do silêncio interior que escuta
e que ama.
“Sê curada”. O imperativo de Jesus tem algo de
afetuoso para com esta mulher, restaurada na sua dignidade, restabelecida na
sociedade que excluía o seu mal. Este “sê curada” aparece também como uma
constatação: é a sua fé que a salvou, e Jesus alegra-Se por isso. A cura é
consequência da fé, que é sempre fonte de vida e de felicidade.
“Levanta-te”. Este segundo imperativo do
Evangelho deste dia é dinâmico e traduz perfeitamente este louco desejo de Deus
em ver o homem vivo, o seu amor incondicional pela vida. “Adormecida”, no “sono
da morte”… um estado do qual Deus nos quer fazer sair, um estado do qual Jesus
nos salva. “Eu te ordeno: levanta-te”. A palavra evoca a ressurreição, o novo
surgir da vida, o amor divino que nos coloca de pé. Jesus pede ao pai da jovem
apenas uma coisa: “basta que tenhas fé”. E quanto a nós, cremos
verdadeiramente?
As duas
beneficiárias das ações de Jesus neste Evangelho têm isto em comum: a primeira
estava doente desde os 12 anos e a jovem filha morreu aos 12 anos, a idade em
que se devia tornar mulher. No povo de Israel, o percurso destas duas mulheres
era sinal de um fracasso. Uma estava atingida, como Sara, a mulher de Abraão,
na sua fecundidade: ela perdia o seu sangue, princípio de vida na mentalidade
semítica. A outra perdia a vida, precisamente na idade em que se preparava para
a transmitir (era tradição casar-se muito cedo). Cristo cura as duas mulheres e
permite-lhes assim assumir a sua vocação maternal.
Estas duas
mulheres representam a Igreja, na sua vocação maternal de dar e de alimentar a
vida em Cristo. As alusões aos santos mistérios da Igreja orientam a
compreensão do relato: Jairo pede a Jesus para impor as mãos, para salvar e dar
a vida à sua filha. Ora, toda a preparação para o Batismo está sinalizada pela
imposição das mãos. Jesus levanta a jovem, tomando-a pela mão, como o diácono
fazia sair da água o batizado, tomando-o pela mão, para que fosse desperto para
a vida em Deus. Jesus pede, de seguida, que se dê de comer a esta jovem
ressuscitada da morte: é uma alusão à Eucaristia que se segue ao Batismo.
As
primeiras comunidades cristãs praticaram a entreajuda e a partilha, não apenas
entre os seus membros, mas também entre comunidades. O apóstolo Paulo
solicitou-as nesse sentido. O apóstolo Paulo tinha organizado um peditório
junto das comunidades que tinha fundado na Ásia Menor, na Macedónia e na
Grécia, em favor dos irmãos de Jerusalém que estavam em dificuldades. Esta
iniciativa correspondia às orientações da jovem Igreja, segundo At 4,32-35.
Paulo justifica esta ação de partilha pela generosidade de Cristo: esta é
modelo para os cristãos e eles próprios já beneficiaram dela.
PARA REFLETIR
Tanto na casa da menina como na noite da agonia, Jesus leva consigo os mesmos três discípulos. Na casa da menina e na cruz, riram-se dele. Mas, o resultado final é a vida. É esta a grande novidade do Evangelho. Jesus recupera pessoalmente a vida e entrega-a aos outros: na cruz, dá-se totalmente a Deus e aos homens, fazendo, assim, a passagem para a ressurreição. "Conheceis a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ele, que era rico, fez-se pobre por vossa causa, para vos enriquecer pela sua pobreza" (2.ª Leitura). A imagem de Jesus dando a mão e levantando a menina morta é o sinal de Jesus dando à humanidade deprimida a única coisa que a poderá recuperar: a fé. Acreditar em Deus, Senhor da Vida e do Amor, é o único caminho para nos erguermos, para perder o medo e encontrar a liberdade, a paz e a vida. Caríssimos irmãos: Porque um pai Lhe pediu, Jesus ressuscitou-lhe a filha.
LADAINHA DO SAGRADO
CORAÇÃO
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, ouvi-nos.
Jesus
Cristo, atendei-nos.
Deus Pai
dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho,
Redentor do mundo, ...
Deus
Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, ...
Coração de
Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de
Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de
Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus...
Coração de
Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de
Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de
Jesus, tabernáculo do Altíssimo, ...
Coração de
Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de
Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de
Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de
Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de
Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de
Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de
Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de
Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de
Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de
Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de
Jesus, desejo das colinas eternas, ...
Coração de
Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de
Jesus, rico para todos os que vos invocam, ...
Coração de
Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de
Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de
Jesus, saturado de sofrimentos, ...
Coração de
Jesus, atribulado por causa de nossos crimes, ...
Coração de
Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de
Jesus, atravessado pela lança, ...
Coração de
Jesus, fonte de toda a consolação, ...
Coração de
Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de
Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de
Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de
Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de
Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de
Jesus, delícia de todos os Santos, ...
Cordeiro de
Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de
Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de
Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. — Jesus,
manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso
coração semelhante ao vosso.
ORAÇÃO: Onipotente e eterno Deus, olhai para
o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele
vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia,
concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que
convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos
séculos. Amém.
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO
DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(Nome),
dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e
minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma
de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade
irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando
completamente ao que não for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado
Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da
minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos
os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade,
minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de
sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo
receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí
em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave
tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me
separar de Vós. Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome
seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha
glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim
seja.
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