Santa
Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja
Bto
Nicolau de Narbonne, Presbítero e 8º Prior Geral de nossa Ordem
Salmo Responsorial: 88
R. Senhor, cantarei eternamente a
vossa bondade.
Cantarei
eternamente as misericórdias do Senhor e para sempre proclamarei a sua
fidelidade. Vós dissestes: «A bondade está estabelecida para sempre», no céu
permanece firme a vossa fidelidade.
Encontrei
David, meu servo, ungi-o com o óleo santo. Estarei sempre a seu lado e com a
minha força o sustentarei.
A minha
fidelidade e bondade estarão com ele, pelo meu nome será firmado o seu poder.
Ele me invocará: «Vós sois meu Pai, meu Deus, meu Salvador».
Aleluia. Jesus Cristo,
a Testemunha fiel, o
Primogénito dos mortos, amou-nos e
purificou-nos dos nossos pecados, pelo seu sangue. Aleluia.
Evangelho (Jo
13,16-20): «Em verdade, em verdade, vos digo: o
servo não é maior do que seu senhor, e o enviado não é maior do que aquele que
o enviou. Já que sabeis disso, sereis felizes se o puserdes em prática. Eu não
falo de todos vós. Eu conheço aqueles que escolhi. Mas é preciso que se cumpra
o que está na Escritura: ‘Aquele que come do meu pão levantou contra mim o
calcanhar’. Desde já, antes que aconteça, eu vo-lo digo, para que, quando
acontecer, acrediteis que eu sou. Em verdade, em verdade, vos digo: quem recebe
aquele que eu enviar, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me
enviou».
«Depois de lavar os
pés dos discípulos...»
Rev. D. David COMPTE i Verdaguer (Manlleu, Barcelona,
Espanha)
Em primeiro
lugar, a centralidade da pessoa. Na nossa sociedade parece que fazer é o
termômetro do valor de uma pessoa. Dentro dessa dinâmica é fácil que as pessoas
sejam tratadas como instrumentos; facilmente utilizamo-nos uns aos outros.
Hoje, o Evangelho nos urge a transformar essa dinâmica em uma dinâmica de
serviço: o outro nunca é um puro instrumento. Tentar-se-ia de viver uma
espiritualidade de comunhão, onde o outro —em expressão de João Paulo II— chega
a ser “alguém que me pertence” e um “dom para mim”, a quem temos de “dar
espaço”. A nossa língua o tem apanhado felizmente com a expressão: “estar pelos
demais” Estamos pelos demais? Escutamos-lhes quando nos falam?
Na
sociedade da imagem e da comunicação, isto não é uma mensagem a transmitir,
senão uma tarefa a cumprir, a viver cada dia: «sereis felizes se o puserdes em
prática» (Jo 13,17). Talvez por isso, o Mestre não se limita a uma explicação:
imprime o gesto de serviço na memória daqueles discípulos, passando logo à
memória da Igreja; uma memória chamada constantemente a ser uma vez mais gesto:
na vida de tantas famílias, de tantas pessoas.
Finalmente,
um sinal de alerta: «Aquele que come do meu pão levantou contra mim o
calcanhar» (Jo 13,18). Na Eucaristia, Jesus ressuscitado se faz o nosso
servidor, nos lava os pés. Mas não é suficiente com a presença física. Temos
que aprender na Eucaristia e tirar as forças para fazer realidade que «tendo
recebido o dom do amor, morramos ao pecado e vivamos para Deus» (São Fulgêncio
de Ruspe).
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm.
* João 14,1-2: Nada te
perturbe. O texto começa com uma exortação:
"Não se perturbe o coração de vocês!" Em seguida, diz: "Na casa
do meu Pai há muitas moradas!" A insistência em conservar palavras de
ânimo que ajudam a superar a perturbação e as divergências, é um sinal de que
havia muita polêmica e divergências entre as comunidades. Uma dizia para a
outra: "Nossa maneira de viver a fé é melhor do que a de vocês. Nós
estamos salvos! Vocês estão erradas! Se quiserem ir para o céu, têm que se
converter e viver como nós vivemos!" Jesus diz: "Na casa do meu Pai
há muitas moradas!" Não é necessário que todos pensem do mesmo jeito. O
importante é que todos aceitem Jesus como revelação do Pai e que, por amor a
ele, tenham atitudes de compreensão, de serviço e de amor. Amor e serviço são o
cimento que liga entre si os tijolos e faz as várias comunidades serem uma
igreja de irmãos e de irmãs.
* João 14,3-4: Jesus se despede.
Jesus diz que vai preparar um lugar e depois retornará para levar-nos
com ele para a casa do Pai. Ele quer que estejamos todos com ele para sempre. O
retorno de que Jesus fala é a vinda do Espírito que ele manda e que trabalha em
nós, para que possamos viver como ele viveu (Jo 14,16-17.26; 16,13-14). Jesus
termina dizendo: "Para onde eu vou, vocês conhecem o caminho!" Quem
conhece Jesus conhece o caminho, pois o caminho é a vida que ele viveu e que o
levou através da morte para junto do Pai.
* João 14,5-6: Tomé pergunta pelo
caminho. Tomé diz:
"Senhor, não sabemos para onde vai. Como podemos conhecer o caminho?"
Jesus responde: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida! Ninguém vai ao Pai
senão por mim”. Três palavras importantes. Sem caminho, não se anda. Sem
verdade, não se acerta. Sem vida, só há morte! Jesus explica o sentido. Ele é o
caminho, porque "ninguém vem ao Pai senão por mim!" Pois, ele é a
porteira, por onde as ovelhas entram e saem (Jo 10,9). Jesus é a verdade,
porque olhando para ele, estamos vendo a imagem do Pai. "Se vocês me
conhecem, conhecerão também o Pai!" Jesus é a vida, porque caminhando como
Jesus caminhou, estaremos unidos ao Pai e teremos a vida em nós!
Para um confronto pessoal
1) Que encontros bons do passado você guarda na memória e
que são força na sua caminhada?
2) Jesus disse: "Na casa de meu Pai há muitas moradas".
O que significa esta afirmação para nós hoje?
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