Com humildade e respeito aqui nos
reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens
de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com
toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes
tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto,
esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo
castíssimo de Maria, vossa divina Mãe a José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu
Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra
e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto este devoto exercício
que em vosso louvor alegremente começamos.
1ª Leitura (Is
65,17-21): Assim fala o Senhor: «Eu vou criar
os novos céus e a nova terra e não mais se recordará o passado, nem voltará de
novo ao pensamento. Haverá alegria e felicidade eterna por aquilo que Eu vou
criar: vou fazer de Jerusalém um motivo de júbilo e do seu povo uma fonte de
alegria. Exultarei por causa de Jerusalém e alegrar-Me-ei por causa do meu
povo. Nunca mais se hão de ouvir nela vozes de pranto nem gritos de angústia.
Já não haverá ali uma criança que viva só alguns dias, nem um velho que não
complete o número dos seus anos, porque o mais novo morrerá centenário e quem
não chegar aos cem anos terá incorrido em maldição. Construirão casas e
habitarão nelas; plantarão vinhas e comerão os seus frutos».
Salmo Responsorial: 29
R. Eu Vos louvarei, Senhor, porque
me salvastes.
Eu Vos
glorifico, Senhor, porque me salvastes e não deixastes que de mim se
regozijassem os inimigos. Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo.
Cantai
salmos ao Senhor, vós os seus fiéis, e dai graças ao seu nome santo. A sua ira
dura apenas um momento e a sua benevolência a vida inteira.
Ao cair da
noite vêm as lágrimas e ao amanhecer volta a alegria. Ouvi, Senhor, e tende
compaixão de mim, Senhor, sede Vós o meu auxílio. Vós convertestes em júbilo o
meu pranto: Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente.
Buscai o bem e não o
mal, para que vivais, e o Senhor estará convosco.
Evangelho (Jo
4,43-54): Passados os dois dias, Jesus foi
para a Galileia. Jesus mesmo tinha declarado, de fato, que um profeta não é
reconhecido em sua própria terra. Quando então chegou à Galileia, os galileus o
receberam bem, porque tinham visto tudo o que fizera em Jerusalém, por ocasião
da festa. Pois também eles tinham ido à festa. Jesus voltou a Caná da Galileia,
onde tinha mudado a água em vinho. Havia um funcionário do rei, cujo filho se
encontrava doente em Cafarnaum. Quando ouviu dizer que Jesus tinha vindo da
Judéia para a Galileia, ele foi ao encontro dele e pediu-lhe que descesse até
Cafarnaum para curar o seu filho, que estava à morte. Jesus lhe disse: «Se não
virdes sinais e prodígios, nunca acreditareis». O funcionário do rei disse:
«Senhor, desce, antes que meu filho morra!» Ele respondeu: «Podes ir, teu filho
vive». O homem acreditou na palavra de Jesus e partiu. Enquanto descia para
Cafarnaum, os empregados foram-lhe ao encontro para dizer que seu filho vivia.
O funcionário do rei perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles
responderam: «Ontem, à uma da tarde, a febre passou”. O pai verificou que era
exatamente nessa hora que Jesus lhe tinha dito: “Teu filho vive». Ele, então,
passou a crer, juntamente com toda a sua família. Também este segundo sinal,
Jesus o fez depois de voltar da Judéia para a Galileia.
«Jesus foi para a Galileia»
Rev. D. Ramon Octavi SÁNCHEZ i Valero (Viladecans,
Barcelona, Espanha)
O que chama
atenção deste novo milagre é que Jesus atua à distância, não acode a Cafarnaum
para curar diretamente ao enfermo, e sem mover-se de Canaã faz possível o
restabelecimento: «O funcionário do rei disse: ‘Senhor, desce, antes que meu
filho morra!’» Jesus disse-lhe: «Pode ir, seu filho está vivo» O homem
acreditou na palavra de Jesus e foi embora» (Jo 4,49.50).
Isto nos
lembra a todos nós que podemos fazer muito bem à distância, quer dizer, sem ter
que estar presentes no lugar onde é solicitada nossa generosidade. Assim, por
exemplo, ajudamos ao Terceiro Mundo colaborando economicamente com nossos
missioneiros ou com entidades católicas que estão ali trabalhando. Ajudamos aos
pobres de bairros marginais das grandes cidades com nossas contribuições a
instituições como Cáritas, sem que devamos pôr os pés em suas ruas. Ou,
inclusive, podemos dar uma alegria a muita gente que está muito distante de nós
com uma chamada de telefone, uma carta ou um correio eletrônico.
Muitas
vezes nos escusamos de fazer o bem porque não temos possibilidades de estar
fisicamente presentes nos lugares onde há necessidades urgentes. Jesus não se
escusa porque não estava em Cafarnaum, senão que fez o milagre.
A distância
não é nenhum problema na hora de ser generoso, porque a generosidade sai do
coração e traspassa todas as fronteiras. Como diria Santo Agostinho: «Quem tem
caridade em seu coração, sempre encontra alguma coisa para dar».
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm.
* João 4,43-46ª: O retorno para a Galileia. Mesmo sabendo que o povo da Galileia
olhava para ele com uma certa reserva, Jesus quis voltar para a sua terra.
Provavelmente, João se refere à má acolhida que Jesus recebera em Nazaré da Galileia.
Jesus mesmo tinha dito: “Um profeta não é honrado em sua pátria” (Lc 4,24). Mas
agora, diante da evidência dos sinais de Jesus em Jerusalém, os galileus
mudaram de opinião e lhe fizeram uma boa acolhida. Jesus voltou para Caná, onde
tinha feito o primeiro “sinal” (Jo 2,11).
* João 4,46b-47: O pedido de um funcionário
do rei. Trata-se de
um pagão. Pouco antes, na Samaria, Jesus tinha conversado com uma samaritana,
pessoa herética para os judeus, à qual Jesus revelara sua condição de messias
(Jo 4,26). E agora, na Galileia, ele recebe um pagão, funcionário do Rei, que
buscava ajuda para o filho doente. Jesus não se fecha na sua raça nem na sua
religião. Ele é ecumênico e acolhe a todos.
* João 4,48: A resposta de Jesus ao
funcionário. O
funcionário queria que Jesus fosse com ele até à casa dele para curar o filho.
Jesus responde: “Se vocês não veem sinais e prodígios vocês não acreditam!”.
Resposta dura e estranha. Por que será que Jesus respondeu assim? Qual era o
defeito do pedido do funcionário? O que Jesus queria alcançar com esta
resposta? Jesus quer ensinar como deve ser a fé. O funcionário do rei só
acreditaria se Jesus fosse com ele até à casa dele. Ele queria ver Jesus
fazendo a cura. No fundo, esta é e continua sendo a atitude normal de todos
nós. Não nos damos conta da deficiência da nossa fé.
* João 4,49-50: O funcionário repete
o pedido e Jesus repete a resposta.
Apesar da resposta dura de Jesus, o homem não se abalou e repetiu o mesmo
pedido: “Desça comigo antes que meu filho morra!” Jesus continuou firme. Ele
não atendeu ao pedido e não foi com o homem até à casa dele e repetiu a mesma
resposta, mas formulada de outra maneira: “Vai! Teu filho vive!” Tanto na
primeira resposta como agora na segunda resposta, Jesus pede fé, muita fé. Pede
que o funcionário acredite que o filho já esteja curado. E o verdadeiro milagre
aconteceu! Sem ver nenhum sinal nem prodígio, o homem acreditou na palavra de
Jesus e voltou para casa. Não deve ter sido fácil. Este é o verdadeiro milagre
da fé: acreditar sem nenhuma outra garantia a não ser a Palavra de Jesus. O ideal
é crer na palavra de Jesus, mesmo sem ver (cf. Jo 20,29).
* João 4,51-53: O resultado da fé na
palavra de Jesus.
Enquanto o homem vai indo para casa, os empregados lhe vem ao encontro para
dizer que o filho estava curado. Ele investigou a hora e descobriu que era
exatamente a hora em que Jesus tinha dito: “Teu filho vive!” Ele teve a
confirmação da sua fé.
* João 4,54: Um resumo da parte de
João, o evangelista.
João termina dizendo: “Este foi o segundo sinal que Jesus fez”. João prefere
falar sinal e não milagre. A palavra sinal evoca algo que eu vejo com os olhos,
mas cujo sentido profundo só a fé me faz descobrir. A fé é como Raio-X: faz
descobrir o que a olho nu não se vê.
Para um confronto pessoal
1) Como você vive a sua fé? Confia na palavra de Jesus ou
só crê na base de milagres e experiências sensíveis?
2) Jesus acolhe pessoas heréticas e estrangeiras. E eu,
como me relaciono com as pessoas?
ORAÇÃO
Ó glorioso S. José, a bondade de
vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a piedade dos fiéis
vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas mãos benfazejas.
Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos da graça
celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu primeiro
esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos invocou em vão
nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante vosso trono e
invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem santamente, a vosso
exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de Maria. Amém.
LADAINHA
DE SÃO JOSÉ
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo,
escutai-nos.
Pai
Celestial, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho,
Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito
Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria,
rogai por nós.
São José,
rogai por nós.
Ilustre
Filho de Davi, ...
Luz dos
Patriarcas, ...
Esposo da
Mãe de Deus, ...
Guarda da
puríssima Virgem, ...
Sustentador
do Filho de Deus, ...
Estrênuo
defensor de Jesus Cristo, ...
Chefe da
Sagrada Família, ...
José
justíssimo, ...
José
castíssimo, ...
José
prudentíssimo, ...
José
fortíssimo, ...
José
obedientíssimo, ...
José
fidelíssimo, ...
Espelho de
paciência, ...
Amante da
pobreza, ...
Modelo dos
artistas, ...
Honra da
vida de família, ...
Guarda das virgens,
...
Sustentáculo
das famílias, ...
Alívio dos
miseráveis, ...
Esperança
dos doentes, ...
Patrono dos
moribundos, ...
Terror dos
demônios, ...
Protetor da
Santa Igreja, ...
Patrono da
Ordem Carmelita, ...
Cordeiro de
Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de
Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de
Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade nós.
V. - O
Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe
de todas as suas possessões.
ORAÇÃO
Deus, que
por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José
para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso
Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo.
Amém.
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