Santos Francisco e Jacinta Marto
Salmo Responsorial: 85
R. Ensinai-me os vossos caminhos e
na vossa verdade andarei.
Inclinai, ó
Senhor, vosso ouvido, escutai, pois sou pobre e infeliz! Protegei-me, que sou
vosso amigo, e salvai vosso servo, meu Deus, que espera e confia em vós!
Piedade de
mim, ó Senhor, porque clamo por vós todo o dia! Animai e alegrai vosso servo,
pois a vós eu elevo a minh’alma.
Ó Senhor,
vós sois bom e clemente, sois o perdão para quem vos invoca. Escutai, ó Senhor,
minha prece, o lamento da minha oração!
Não quero a morte do
pecador, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida.
Evangelho (Lc
5,27-32): E, depois disto, saiu, e viu um
publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disse-lhe: «Segue-me». E
ele, deixando tudo, levantou-se e o seguiu. E fez-lhe Levi um grande banquete
em sua casa; e havia ali uma multidão de publicanos e outros que estavam com
eles à mesa. E os escribas deles, e os fariseus, murmuravam contra os seus
discípulos, dizendo: «Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores?» E
Jesus, respondendo, disse-lhes: «Não necessitam de médico os que estão sãos,
mas, sim, os que estão enfermos; Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os
pecadores, ao arrependimento».
«Eu não vim chamar os
justos, mas, sim, os pecadores»
Rev. D. Joan Carles MONTSERRAT i Pulido (Cerdanyola del
Vallès, Barcelona, Espanha)
Pois bem,
Jesus Cristo, para nos tirar de toda a dúvida põe-nos como primeiro evangelista
um cobrador de impostos Levi, a quem diz sem rodeios: «Segue-me» (Lc 5,27).
Fez, com ele exatamente o contrário daquilo que a mentalidade “prudente”
poderia esperar. Hoje procuramos ser “politicamente corretos”, Levi —pelo
contrário— vinha de um mundo que tinha repulsa pelos seus compatriotas, pois
consideravam-no, apenas por ele ser publicano, colaboracionista dos romanos e
possivelmente fraudulento com as “comissões”, o que afogava os pobres ao
cobrar-lhes os impostos, enfim, um pecador público.
Aos que se
consideravam perfeitos não se lhes passava pela cabeça que Jesus não apenas os
chamaria a segui-lo, nem muito menos apenas a sentarem-se à mesma mesa.
Mas com
esta atitude, ao escolhe-lo, Nosso Senhor Jesus Cristo diz-nos que é mais deste
tipo de gente de quem gosta de se servir para estender o seu Reino; escolheu os
malvados, os pecadores, e os que não se consideram justos: «Para confundir os
fortes, escolheu os que são débeis aos olhos do mundo» (1Cor 1,27). São estes
os que necessitam de médico, e sobretudo, são eles os que compreenderão que os
outros o necessitam.
Devemos
pois evitar pensar que Deus quer expedientes limpos e imaculados para O servir.
Este expediente apenas o preparou para a Nossa Mãe. Mas para nós, sujeitos da
salvação de Deus e protagonistas da Quaresma, Deus quer um coração contrito e
humilhado. Precisamente, «Deus escolheu-te débil para te dar o seu próprio
poder» (Sto. Agostinho). Este é o tipo de gente que, como diz o salmista, Deus
não menospreza.
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm
* Jesus chama um pecador para ser
discípulo. Jesus
chama Levi, um publicano, e este, imediatamente, larga tudo, segue Jesus e
começa a fazer parte do grupo dos discípulos. Em seguida, Lucas diz que Levi
preparou um grande banquete em sua casa. Em Marcos, parecia que o banquete era
na casa de Jesus. O que importa é a insistência na comunhão de mesa de Jesus
com os pecadores, coisa que era proibida.
* Jesus veio não para os justos mas
para os pecadores. O gesto de Jesus provocou a raiva das
autoridades religiosas. Era proibido sentar-se à mesa com publicanos e
pecadores, pois sentar à mesa com alguém era o mesmo que tratá-lo como irmão!
Com o seu gesto Jesus estava acolhendo os excluídos como irmãos da mesma
família de Deus. Em vez de falar diretamente com Jesus, os escribas dos
fariseus falam com os discípulos: O quê! Ele come com pecadores e publicanos?
Jesus responde: Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os
doentes Eu não vim chamar os justos mas sim os pecadores! É a consciência da
sua missão que ajuda Jesus a encontrar a resposta e a indicar o rumo para o
anúncio da Boa Nova de Deus. Ele veio para reunir o povo disperso, para
reintegrar os que tinham sido excluídos, para revelar que Deus não é um juiz
severo que condena e expulsa, mas sim um Pai/Mãe que acolhe e abraça.
Para um confronto pessoal
1) Jesus acolhe e inclui as pessoas. Qual a minha
atitude?
2) O gesto de Jesus revela a experiência que ele tem de
Deus como Pai. Qual a imagem de Deus que se irradia para os outros através do
meu comportamento?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO