Sto. Tomás de Aquino, Presbítero e Doutor da Igreja
Salmo Responsorial: 23
R. Esta é a geração dos que procuram
o Senhor.
Do Senhor é
a terra e o que nela existe, o mundo e quantos nele habitam. Ele a fundou sobre
os mares e a consolidou sobre as águas.
Quem poderá
subir à montanha do Senhor? Quem habitará no seu santuário? O que tem as mãos
inocentes e o coração puro, que não invocou o seu nome em vão nem jurou falso.
Este será
abençoado pelo Senhor e recompensado por Deus, seu Salvador. Esta é a geração
dos que O procuram, que procuram a face do Deus de Jacob.
Aleluia. A vossa
palavra, Senhor, é farol para os meus passos e luz para os meus caminhos.
Aleluia.
Evangelho (Mc
4,21-25): Jesus dizia-lhes: «Será que a
lâmpada vem para ficar debaixo de uma caixa ou debaixo da cama? Pelo contrário,
não é ela posta no candelabro? De fato, nada há de escondido que não venha a
ser descoberto; e nada acontece em segredo que não venha a se tornar público.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!» Jesus dizia-lhes: «Considerai bem o que
ouvis! A medida que usardes para os outros, servirá também para vós, e vos será
acrescentado ainda mais. A quem tem, será dado; e a quem não tem, será tirado
até o que tem».
«Será que a lâmpada
vem para ficar debaixo de uma caixa ou debaixo da cama?»
Rev. D. Àngel CALDAS i Bosch (Salt, Girona, Espanha)
Por acaso
podemos imaginar a estupidez humana que seria colocar a vela acesa embaixo da
cama? Cristãos com a luz apagada ou com a luz acesa com a proibição de
iluminar! Isto sucede quando não pomos ao serviço da fé a plenitude de nossos
conhecimentos e de nosso amor. Quão antinatural resulta o egoísmo sobre nós
mesmos, reduzindo nossa vida ao limite de nossos interesses pessoais! Viver sob
a cama! Ridícula e tragicamente imóveis: “ausentes” do espírito.
O Evangelho
— pelo contrário — é um santo arrebato de Amor apaixonado que quer
comunicar-se, que necessita “dizer”, que leva em si uma exigência de
crescimento pessoal, de maturidade interior, e de serviço aos outros. «Se
dizes: Basta! “Estás morto», diz Santo Agostinho. E São Josémaria: «Senhor: que
tenha peso e medida em tudo..., menos no Amor».
« ‘Se
alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça.’ Lhes dizia também: ‘Ele prosseguiu:
Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda
se vos acrescentará.’ » (Mc 4,23-24). Mas, que queres dizer com escutar? Que
devemos escutar? É a grande pergunta que devemos fazer. É o ato de sinceridade
para com Deus que nos exige saber realmente que queremos fazer. E para saber o
que devemos escutar: é necessário estar atento às insinuações de Deus. Devemos
nos introduzir no diálogo com Ele. E a conversa põe fim às “matemáticas da
medida”: «Ele prosseguiu: Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes,
vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará. Pois, ao que tem, se lhe dará;
e ao que não tem, se lhe tirará até o que tem» (Mc 4,24-25). Os interesses
acumulados de Deus nosso Senhor são imprevisíveis e extraordinários. Esta é uma
maneira de excitar nossa generosidade.
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm
* Prestar atenção aos preconceitos. Jesus pede aos discípulos para
tomar consciência dos preconceitos com que escutam o ensinamento que ele
oferece. Devemos prestar atenção nas ideias com que olhamos para Jesus! Se a
cor dos óculos é verde, tudo aparece verde. Se for azul, tudo será azul! Se a ideia
com que eu olho para Jesus for errada, tudo o que penso sobre Jesus estará
ameaçado de erro. Se eu acho que o messias deve ser um rei glorioso, não vou
entender nada do que Jesus ensina e vou entender tudo errado.
* Parábolas: um novo jeito de
ensinar e de falar sobre Deus.
O jeito de Jesus ensinar era, sobretudo, através de parábolas. Ele tinha uma
capacidade muito grande de encontrar imagens bem simples para comparar as
coisas de Deus com as coisas da vida que o povo conhecia e experimentava na sua
luta diária pela sobrevivência. Isto supõe duas coisas: estar por dentro das
coisas da vida, e estar por dentro das coisas do Reino de Deus.
* O ensino de Jesus era diferente do
ensino dos escribas.
Era uma Boa Nova para os pobres, porque Jesus revelava um novo rosto de Deus,
no qual o povo se re-conhecia e se alegrava. “Pai, eu te agradeço, porque
escondeste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequenos.
Sim, Pai, assim foi do teu agrado! (Mt 11,25-28)”.
Para um confronto pessoal
1) Palavra de Deus, lâmpada que ilumina. Qual o lugar que
a Bíblia ocupa em minha vida? Qual a luz que dela recebo?
2) Qual a imagem de Jesus que está em mim? Quem é Jesus para mim, e quem sou eu para Jesus?
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