São Rafael de São José (Kalinowski), presbítero de nossa Ordem
São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João Del Castillo, presbíteros e mártires do Rio Grande do Sul.
Santa Mectildes de Hackeborn, virgem
da OSB
Salmo Responsorial:
149
R. Fizestes de nós, para Deus, um
reino de sacerdotes.
Cantai ao
Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor na assembleia dos santos. Alegre-se
Israel em seu Criador, rejubilem os filhos de Sião em seu Rei.
Louvem o
seu nome com danças, cantem ao som do tímpano e da cítara, porque o Senhor ama
o seu povo, coroa os humildes com a vitória.
Exultem de
alegria os fiéis, cantem jubilosos em suas casas; em sua boca os louvores de
Deus. Esta é a glória de todos os seus fiéis.
Aleluia. Se hoje ouvirdes
a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações. Aleluia.
Evangelho (Lc
19,41-44): Quando Jesus se aproximou de
Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: «Se tu também
compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, está escondido
aos teus olhos!. Dias virão em que os inimigos farão trincheiras, te sitiarão e
te apertarão de todos os lados. Esmagarão a ti e a teus filhos, e não deixarão
em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo em que foste
visitada».
«Se (...) tu
compreendesses hoje o que te pode trazer a paz!»
Rev. D. Blas RUIZ i López (Ascó, Tarragona, Espanha)
Mas,
olhando mais para a frente, podemos identificar esta Jerusalém com o povo
escolhido, que é a Igreja, e —por extensão— com o mundo em que esta levará a
termo a sua missão. Se assim o fazemos, encontraremos uma comunidade que, ainda
que tenha alcançado o topo no campo da tecnologia e da ciência, geme e chora,
porque vive rodeada pelo egoísmo dos seus membros, porque levantou ao seu redor
os muros da violência e do desordem moral, porque atira no chão os seus filhos,
arrastando-os com as cadeias de um individualismo desumanizador.
Definitivamente, o que encontraremos é um povo que não soube reconhecer o Deus
que o visitava (cf. Lc 19,44).
Porém, nós
os cristãos, não podemos ficar na pura lamentação, não devemos ser profetas de
desventuras, mas homens de esperança. Conhecemos o final da história, sabemos
que Cristo fez cair os muros e rompeu as cadeias: as lágrimas que derrama neste
Evangelho prefiguram o sangue com o qual nos salvou.
De fato,
Jesus está presente na sua Igreja, especialmente através daqueles mais
necessitados. Temos de advertir esta presença para entender a ternura que
Cristo tem por nós: é tão excelso o seu amor, diz-nos Santo Ambrósio, que Ele
se fez pequeno e humilde para que cheguemos a ser grandes; Ele deixou-se
amarrar entre as fraldas como um menino para que nós sejamos liberados dos
laços do pecado; Ele deixou-se cravar na cruz para que nós sejamos contados
entre as estrelas do céu... Por isso, temos de dar graças a Deus, e descobrir
presente no meio de nós aquele que nos visita e nos redime.
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm.
*Lucas 19,41-42 Jesus chora sobre Jerusalém
“Jesus se
aproximou, e quando viu a cidade, começou a chorar. E disse: "Se também
você compreendesse hoje o caminho da paz! Agora, porém, isso está escondido aos
seus olhos!”. Jesus chora, pois ama a sua pátria, o seu povo, a capital da sua
terra, o Templo. Chora, porque sabe que tudo vai ser destruído por culpa do
próprio povo que não soube perceber nem avaliar o apelo de Deus dentro dos
fatos. O povo não percebeu o caminho que pudesse levar à Paz, Shalôm. Agora,
porém, isso está escondido aos seus olhos!
Esta afirmação evoca a crítica de Isaías à pessoa que adorava ídolos:
“Esse homem se alimenta de cinza. Sua mente enganada o iludiu, de modo que ele
não consegue salvar a própria vida e nem é capaz de dizer: Não será mentira
isso que tenho nas mãos?" (Is 44,20). A mentira estava nos olhos deles e,
por isso, tornaram-se incapazes de perceber a verdade. Como diz São Paulo:
“Eles se revoltam e rejeitam a verdade, para obedecerem à injustiça” (Rm 2,8).
A verdade ficou prisioneira da injustiça. Numa outra ocasião, Jesus lamentou
que Jerusalém não soube perceber nem acolher a visita de Deus: "Jerusalém,
Jerusalém, você que mata os profetas e apedreja os que lhe foram enviados!
Quantas vezes eu quis reunir seus filhos, como a galinha reúne os pintinhos
debaixo das asas, mas você não quis! Eis que a casa de vocês ficará abandonada”
(Lc 13,34-35).
*Lucas 19,43-44 Anúncio da destruição de Jerusalém.
“Vão chegar
dias em que os inimigos farão trincheiras contra você, a cercarão e apertarão
de todos os lados. Eles esmagarão você e seus filhos, e não deixarão em você
pedra sobre pedra. ". Jesus descreve o futuro que vai acontecer com a
Jerusalém. Usa as imagens de guerra que eram comuns naquele tempo quando um
exército atacava uma cidade: trincheiras, cerco fechado ao redor, matança do
povo e destruição total das muralhas e das casas. Assim, no passado, Jerusalém
foi destruída por Nabucodonosor. Assim, as legiões romanas costumavam fazer com
as cidades rebeldes e assim seria feito novamente, quarenta anos depois, com a
própria cidade de Jerusalém. De fato, no ano 70, Jerusalém foi cercada e
invadida pelos exércitos romanos. Tudo foi destruído. Diante deste pano de
fundo histórico, o gesto de Jesus se torna uma advertência muito séria a todos
que pervertem o sentido da Boa Nova de Deus. Eles devem ouvir a advertência
final: “Porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para visitá-la”.
Nesta advertência, todo o trabalho de Jesus é definido como uma “visita de
Deus”
Para um confronto pessoal
1) Você chora sobre a situação do mundo? Olhando a
situação do mundo, será que Jesus iria chorar? A previsão é sombria. Do ponto
de vista da ecologia, já passamos do limite. A previsão é trágica.
2) O trabalho de Jesus é visto como uma visita de Deus.
Você já recebeu alguma visita de Deus em sua vida?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO