quarta-feira, 1 de maio de 2019

3 de maio: Santos Filipe e Tiago, apóstolos


1ª Leitura (1Cor 15,1-8): Recordo-vos, irmãos, o Evangelho que vos anunciei e que recebestes, no qual permaneceis e pelo qual sereis salvos, se o conservais como eu vo-lo anunciei; aliás teríeis abraçado a fé em vão. Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Em seguida apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maior parte ainda vive, enquanto alguns já faleceram. Posteriormente apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos. Em último lugar, apareceu-me também a mim, como o abortivo.

Salmo Responsorial: 18
R. A sua mensagem ressoou por toda a terra.

Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. O dia transmite ao outro esta mensagem e a noite a dá a conhecer à outra noite.

Não são palavras nem linguagem cujo sentido se não perceba. O seu eco ressoou por toda a terra e a sua notícia até aos confins do mundo.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor. Filipe, quem Me vê, vê o Pai.

Evangelho (Jo 14,6-14): Naquele tempo, Jesus respondeu: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se me conhecestes, conhecereis também o meu Pai. Desde já o conheceis e o tendes visto». Filipe disse: «Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta». Jesus respondeu: «Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Crede-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Crede, ao menos, por causa destas obras. Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai. E o que pedirdes em meu nome, eu o farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o farei».

«Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Quem me viu, tem visto o Pai»

Rev. D. Joan SOLÀ i Triadú (Girona, Espanha)

Hoje celebramos a festa dos apóstolos Filipe e Tiago. O Evangelho refere-se àqueles diálogos que Jesus tinha somente com os Apóstolos, onde procurava ir formando-os, para que tivessem ideias claras sobre sua pessoa e sua missão. Os Apóstolos estavam imbuídos das ideias que os judeus haviam formado sobre a pessoa do Messias: esperavam um libertador terrenal e político, enquanto que a pessoa de Jesus não respondia absolutamente nada a estas imagens preconcebidas.

As primeiras palavras que lemos no Evangelho de hoje é uma resposta a uma pergunta do apóstolo Tomé. Jesus respondeu: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim» (Jo 14,6). Esta resposta a Tomé dá pé à petição de Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta» (Jo 14,8). A resposta de Jesus é —em realidade— uma repreensão: Jesus respondeu: «Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’?» (Jo 14,9).

Os Apóstolos não entendiam a unidade entre o Padre e Jesus, eles não podiam ver ao Deus e Homem na pessoa de Jesus. Ele não se limita a demonstrar sua igualdade com o Pai, mas também lhes recorda que eles serão os que continuarão com a sua obra salvadora: outorga-lhes o poder de fazer milagres, lhes promete que estará sempre com eles e, qualquer coisa que se peça em seu nome, será concedida.

Estas respostas de Jesus aos Apóstolos, também estão dirigidas a todos nós. São Josémaria, comentando este texto, diz: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. O senhor com estas inequívocas palavras nos demonstrou qual é a vereda autêntica que leva à felicidade eterna (...). Declara a todos os homens, e especialmente nos recorda a quem, como tu e como eu, lhe dissemos que estamos decididos a levar a sério nossa vocação de cristãos».

Reflexão de Frei Carlos Mesters, O.Carm.

* João 14,6: Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Tomé tinha feito a pergunta: "Senhor, não sabemos para onde vai. Como podemos conhecer o caminho?" (Jo 14,5). Jesus responde: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida! Ninguém vai ao Pai senão por mim”. Três palavras importantes. Sem caminho, não se anda. Sem verdade, não se acerta. Sem vida, só há morte! Jesus explica o sentido. Ele é o caminho, porque "ninguém vem ao Pai senão por mim!" Pois, ele é a porta, por onde as ovelhas entram e saem (Jo 10,9). Jesus é a verdade, porque olhando para ele, estamos vendo a imagem do Pai. "Se vocês me conhecem, conhecerão também o Pai!" Jesus é a vida, porque caminhando como Jesus caminhou, estaremos unidos ao Pai e teremos a vida em nós!

* João 14,7: Conhecer Jesus é conhecer o Pai.
Jesus acrescentou: “Se vocês me conhecem, conhecerão também o meu Pai. Desde agora vocês o conhecem e já o viram". Jesus sempre fala do Pai, pois o Pai era a vida dele e transparecia em tudo que ele, Jesus, falava e fazia. Esta referência constante ao Pai provoca a pergunta de Filipe, cuja festa hoje celebramos.

* João 14,8-11: Filipe pergunta: "Mostra-nos o Pai, e basta!"
Ver e experimentar o Pai era o desejo dos discípulos e das discípulas; era o desejo de muitas pessoas nas comunidades do Discípulo Amado da Ásia Menor e, até hoje, continua sendo o desejo de muitos de nós. Como experimentar a presença do Pai de que Jesus fala tanto? A resposta de Jesus é muito bonita e vale até hoje: "Filipe, tanto tempo estou no meio de vocês, e você ainda não me conhece! Quem me vê, vê o Pai!" A gente não deve pensar que Deus está longe de nós, como alguém distante e desconhecido. Quem quiser saber como é e quem é Deus Pai, basta olhar para Jesus. Ele o revelou nas palavras e gestos da sua vida! "O Pai está em mim e eu estou no Pai!" Através da sua obediência, Jesus está totalmente identificado com o Pai. Ele a cada momento fazia aquilo que o Pai mostrava que era para fazer (Jo 5,30; 8,28-29.38). Por isso, em Jesus tudo é revelação do Pai! E os sinais ou as obras de Jesus são as obras do Pai! Como diz o povo: "O filho é a cara do pai!" Em Jesus e por Jesus, Deus está no meio de nós.

* João 14,12-14: Promessa de Jesus. 
Jesus faz uma promessa para dizer que a intimidade dele com o Pai não é privilégio só dele, mas é possível para todos e todas que creem nele: Eu garanto a vocês: quem acredita em mim, fará as obras que eu faço, e fará maiores do que estas, porque eu vou para o Pai. O que vocês pedirem em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se vocês pedirem qualquer coisa em meu nome, eu o farei. Nós também, através de Jesus, podemos chegar a fazer coisas bonitas para os outros do jeito que Jesus fazia para o povo do seu tempo. Ele vai interceder por nós. Tudo que a gente pedir a ele, ele vai pedir ao Pai e vai conseguir, contanto que seja para servir. Jesus é o nosso defensor. Ele vai embora, mas não nos deixa sem defesa. Ele promete que vai pedir ao Pai para Ele mandar um outro defensor ou consolador, o Espírito Santo (Jo 14,15-17). Jesus chegou a dizer que ele precisa ir embora, pois, do contrário, o Espírito Santo não poderá vir (Jo 16,7). É o Espírito Santo que realizará as coisas de Jesus em nós, desde que peçamos em nome de Jesus e observemos o grande mandamento da prática do amor.

Para confronto pessoal
1) Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Sem caminho, sem verdade e sem vida não se vive. Procure deixar isto penetrar na sua consciência.
2) Duas perguntas importantes: Quem é Jesus para mim? Quem sou eu para Jesus?

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