Textos: Jó 7, 1-4.6-7; 1 Cor 9, 16-19.22-23;
Mc 1, 29-39
Evangelho
(Mc 1,29-39): Logo que saíram da
sinagoga, foram com Tiago e João para a casa de Simão e André. A sogra de Simão
estava de cama, com febre, e logo falaram dela a Jesus. Ele aproximou-se e,
tomando-a pela mão, levantou-a; a febre a deixou, e ela se pôs a servi-los. Ao
anoitecer, depois do pôr do sol, levavam a Jesus todos os doentes e os que
tinham demônios. A cidade inteira se ajuntou à porta da casa. Ele curou muitos
que sofriam de diversas enfermidades; expulsou também muitos demônios, e não lhes
permitia falar, porque sabiam quem ele era. De madrugada, quando ainda estava
bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a um lugar deserto. Lá, ele orava.
Simão e os que estavam com ele se puseram a procurá-lo. E quando o encontraram,
disseram-lhe: «Todos te procuram». Jesus respondeu: «Vamos a outros lugares,
nas aldeias da redondeza, a fim de que, lá também, eu proclame a Boa Nova. Pois
foi para isso que eu saí». E foi proclamando nas sinagogas por toda a Galileia,
e expulsava os demônios.
«Todos te procuram»
Rev. D. Francesc CATARINEU i Vilageliu (Sabadell,
Barcelona, Espanha)
Hoje
contemplamos a Jesus em Cafarnaúm, centro do seu ministério, e concretamente em
casa de Simão Pedro: «Logo que saíram da sinagoga, foram (...) para a casa de
Simão i André» (Mc 1,29). Lá encontra a sua família, a de aqueles que escutam a
Palavra e a cumprem (cf. Lc 8,21). A sogra de Pedro está doente em cama e Ele,
com um gesto que ultrapassa a anedota, lhe dá a mão, levanta-a da sua
prostração e a devolve ao serviço.
Aproxima-se
aos pobres-doentes que lhe levam e os cura apenas alargando a mão; somente com
um breve contato com Ele, que é fonte de vida, são salvados – liberados.
Todos
procuram a Cristo, alguns de uma maneira expressa e esforçada, outros não são
conscientes disso, já que «nosso coração está inquieto e não encontra descanso
até que descansa Nele» (São Agostinho).
Mas,
assim como nós o procuramos porque necessitamos que nos livre do mal e do
Maligno, Ele se nos acerca para fazer possível aquilo que nunca poderíamos
conseguir sozinhos. Ele fez-nos frágeis para ganhar-nos a nós, «fez-se todo
para todos para ganhar ao menos alguns» (1Cor 9,22).
Há
uma mão aberta que nos espera quando nos sentimos cansados por tantos males;
temos bastante com abrir a nossa e nos encontraremos de pé e renovados para o
serviço. Podemos “abrir” a mão mediante a oração, tomando o exemplo do Senhor:
«De madrugada, quando ainda estava bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a
um lugar deserto. Lá ele orava» (Mc 1,35).
Além
disso, a Eucaristia de cada domingo é o encontro com o Senhor que vem a
levantar-nos do pecado da rotina e do desânimo para fazer de nós testemunhos
vivos de um encontro que nos renova constantemente e que nos faz livres de
verdade com Jesus Cristo.
Um dia na vida de Jesus
de Nazaré profeta, missionário e apóstolo.
Pe. Antonio Rivero, L.C.
S. João de Brito, presbítero e mártir |
Em
primeiro lugar, de manhã rezava. Homem de oração. Prioridade na sua vida: Deus
seu Pai. O que fazia na oração? Por que rezava e para que rezava? A quem
rezava? Como rezava? A sua intimidade com Deus, a sua amante identificação com
o seu Pai é a fonte da compaixão e compromisso com os demais. Por ser uma
pessoa contemplativa também é uma pessoa compassiva e missionaria. Na oração
Jesus abria o seu coração ao seu Pai, contava-lhe os avanços do Reino, pedia
força e ternura para depois derramá-la por todos os lados. Ali na oração
solapava o seu coração ferido por tantas ingratidões de tantos homens, fechados
à sua Palavra e obstinados no mal. Às vezes a sua oração era delícia, outras
vezes era amargura, também desolação; mas sempre terminava em luz e força para
o cumprimento da sua missão redentora.
Bto Maria-Eugênio do Menino Jesus Presbítero e nossa Ordem |
Finalmente,
de tarde, pregava na sinagoga, curava e expulsava demônios, pois todos o
buscavam. Homem de Deus, apóstolo e médico. Jesus aparece como a resposta de
Deus aos males deste mundo, à dor destes corações destroçados. Hoje cura a
sogra de Pedro e outros vários enfermos, e liberta dos seus espíritos malignos
os possuídos. Quanto tempo emprega Jesus, ao longo do evangelho, atendendo as
pessoas que procuram, que sofrem, que estão desesperadas! Quer uma libertação
integral e total, que inclui a cura dos males físicos, psíquicos e espirituais.
É Mestre e Missionário, mas também Médico. Agora bem, não aceita ser
monopolizado por um grupo de pessoas, um povo, uma área. A sua missão é pregar
o Reino além dali. “Vamos aos vilarejos vizinhos para que eu possa proclamar a
Boa Nova também ali”.
Para
refletir:
De qual destas facetas da
personalidade de Jesus gosto mais? A minha vida parece em algo com a vida de
Jesus? Em que? Tenho compaixão para me aproximar do irmão que sofre e trato de
curá-lo? Ou passo direto, insensível e indiferente?
Para
rezar: Senhor, que eu saiba dar prioridade na
minha vida à oração, e dali, saia para remediar os males dos meus irmãos. Que
seja próximo do irmão, próximo com afeto sincero, com a ajuda desinteressada,
com uma mão estendida, com uma cara acolhedora, com uma palavra oportuna. Que
eu seja solidário com todos e que saiba acompanhá-los na sua Via Sacra, seja
ela qual for.
Qualquer
sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org
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