ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor
Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração
Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e
em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos
séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à
imitação do Sagrado Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada,
todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas
as minhas obras e palavras. Amém.
LECTIO
DIVINA
Textos: Dt 8, 2-3.14-16; 1 Co 10, 16-17; Jo 6, 51-59
Evangelho (Jo 6,51-58): «Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá
eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do
mundo». Os judeus discutiam entre si: «Como é que ele pode dar a sua carne a
comer?». Jesus disse: «Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a
carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem consome a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o
ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue
é verdadeira bebida. Quem consome a minha carne e bebe o meu sangue permanece
em mim, e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por meio do Pai,
assim aquele que me consome viverá por meio de mim. Este é o pão que desceu do
céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram — e, no entanto morreram.
Quem consome este pão viverá para sempre».
«Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá
eternamente»
Mons. Agustí CORTÉS i
Soriano Bispo de Sant Feliu de Llobregat (Barcelona, Espanha)
Hoje, toda a mensagem que ouviremos e
viveremos está contida no "o pão". O sexto capítulo do Evangelho
segundo são João, relata o milagre da multiplicação dos pães, e segue com um
grande discurso de Jesus, um desses fragmentos ouvimos hoje. Interessa-nos
muito entendê-lo, não só para viver a festa do “Corpus” e o sacramento da
Eucaristia, senão também para compreender uma das mensagens centrais do seu
Evangelho.
Há multidões famintas que precisam pão. Há
toda uma humanidade próxima à morte e ao vazio, carente de esperança, que
necessita de Jesus Cristo. Há um Povo de Deus crente e caminhante que precisa
encontrá-lo visivelmente para seguir vivendo Dele e alcançar a vida. Há três
tipos de fome e três experiências de sacies, que correspondem a três formas de
pão: o pão material, o pão que é a pessoa de Jesus Cristo e o pão eucarístico.
Sabemos que o pão mais importante é Jesus
Cristo. Sem Ele não podemos viver de nenhuma maneira. «Pois sem mim, nada
podeis fazer» (Jô 15,5). Mas Ele mesmo quis dar de comer ao faminto e, além do
mais, fez disso um imperativo evangélico fundamental. Certamente pensava que
era uma boa forma de revelar e verificar o amor de Deus que salva. Mas também
quis fazer-se acessível a nós em forma de pão, para os que ainda caminhamos na
historia, permaneçamos nesse amor e alcancemos assim a vida.
Ele queria, antes de tudo, ensinar-nos que
devemos buscá-lo e viver Dele? Quis demonstrar seu amor dando de comer ao
faminto, oferecendo-se constantemente na Eucarística: «Quem consome este pão
viverá para sempre» (Jô 6,58). Santo Agostinho comentava este Evangelho com
frases atrevidas e figurativas: «Quando se come a Cristo, se come a vida (...).
Se vos separais até o ponto de não comer o Corpo e não beber o Sangue do
Senhor, é de temer-se que morrais».
Cristo é o Pão vivo com sabor de vida eterna.
Pe. Antonio Rivero,
L.C.
O homem, durante o seu peregrinar na terra, é
um ser radical e espiritualmente faminto (primeira leitura). E Deus na
Eucaristia veio para satisfazer essa fome interior humana (evangelho). Ao comer
a Eucaristia, não só alimentamos a nossa alma, mas também formamos um só corpo
com Cristo (segunda leitura).
Em primeiro lugar, temos muitos quilômetros
para percorrer nesta terra até chegar à eternidade. Temos que levar suficientes
provisões na nossa mochila, senão desfalecemos irremediavelmente no caminho. Se
existe algo que não deve faltar é o Pão da Eucaristia, sem o qual não teríamos
forças para avançar e cantar, e morreríamos de fome. Durante a nossa travessia
somos seduzidos por tantos restaurantes que vemos na esquerda e na direita,
tentando-nos e oferecendo-nos um cardápio suculento que satisfaz o nosso ventre
e os nossos sentidos.
Em segundo lugar, Deus, sabendo da nossa fome
radical, nos prepara um banquete para a nossa alma com o Corpo e o Sangue do
seu Filho. Este Pão é remédio da imortalidade, como diz são Inácio de
Antioquia, isto é, o Pão que nos garante a ressurreição, inclusive do nosso
corpo. Mas também este Pão neste dia de Corpus Christi é pão no só para ser
comido no banquete da missa, mas também para ser contemplado e adorado. Por
isso, passeamos pelas ruas dos povoados e das cidades, assentado na custódia,
esse Pão consagrado que é Cristo. Podemos vê-lo, contemplá-lo e adorá-lo com
gozo. É a presença de Cristo oferecida para alento nas nossas tristezas, e para
que também nós nos convertamos em pão fresco para os nossos irmãos; pão que se
parte; pão que se reparte e se comparte; e assim os nossos irmãos tenham vida e
ninguém morra de fome.
Finalmente, na sequência, que foi composta
por santo Tomás de Aquino, cantamos hoje: Este Pão “comem Dele bons e maus, com
proveito diferente; para uns é vida; para outros, morte”. Para comer este Pão
com dignidade e respeito, a nossa alma tem que estar limpa, o nosso coração bem
decente. Não podemos jogar este Pão dos anjos aos cachorros das nossas paixões.
É para os filhos que se aproximam do banquete com o traje de gala da graça e da
amizade com Deus. Para Santo Agostinho de Hipona, a Eucaristia tem como
finalidade ultima a união dos cristãos com Cristo e entre si. É o que são Paulo
na segunda leitura de hoje nos diz: “formamos um só corpo, porque todos comemos
do mesmo pão”. A Eucaristia é o meio privilegiado para edificar a Igreja. Por
isso podemos dizer com santo Agostinho que a Eucaristia é “sacramento de
piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade”.
Para
refletir: Tenho fome do Pão de vida eterna, ou tenho o estômago
cheio de manjares mundanos? Noto que a Eucaristia me transforma em Jesus, e me
faz pensar, sentir e amar como Cristo? Comungo em estado de amizade com o
Senhor? Procuro tempo para contemplar e adorar a Cristo Eucaristia na Igreja
uma vez por semana?
Qualquer sugestão ou dúvida
podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org
LADAINHA
DO SAGRADO CORAÇÃO
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, ouvi-nos.
Jesus
Cristo, atendei-nos.
Deus
Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus
Filho, Redentor do mundo, tende piedade
de nós.
Deus
Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração
de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,
Coração
de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
Coração
de Jesus, de majestade infinita,
Coração
de Jesus, templo santo de Deus,
Coração
de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,
Coração
de Jesus, casa de Deus e porta do céu,
Coração
de Jesus, fornalha ardente de caridade,
Coração
de Jesus, receptáculo de justiça e amor,
Coração
de Jesus, abismo de todas as virtudes,
Coração
de Jesus, digníssimo de todo o louvor,
Coração
de Jesus, rei e centro de todos os corações,
Coração
de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência,
Coração
de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
Coração
de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências,
Coração
de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos,
Coração
de Jesus, desejo das colinas eternas,
Coração
de Jesus, paciente e misericordioso,
Coração
de Jesus, rico para todos os que vos invocam,
Coração
de Jesus, fonte de vida e santidade,
Coração
de Jesus, propiciação para os nossos pecados,
Coração
de Jesus, saturado de sofrimentos,
Coração
de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,
Coração
de Jesus, feito obediente até a morte,
Coração
de Jesus, atravessado pela lança,
Coração
de Jesus, fonte de toda a consolação,
Coração
de Jesus, nossa vida e ressurreição,
Coração
de Jesus, nossa paz e reconciliação,
Coração
de Jesus, vítima dos pecadores,
Coração
de Jesus, salvação dos que em vós esperam,
Coração
de Jesus, esperança dos que em vós expiram,
Coração
de Jesus, delícia de todos os Santos,
Cordeiro
de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende
piedade de nós.
V.
— Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso
coração semelhante ao vosso.
ORAÇÃO
Onipotente
e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os
louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que
invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus
Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo
por todos os séculos dos séculos. Amém.
CONSAGRAÇÃO
AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta Margarida Maria)
Eu...(nome),
dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e
minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma
de meu ser, senão para honrá-lo, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável
- pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não
for do seu agrado.
Eu
vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de
minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e
inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da
morte.
Sede,
ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de
mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha
confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da
vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que
o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa
jamais me esquecer, nem me separar de Vós.
Suplico-vos,
também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero
fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer
convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.
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