ORAÇÃO PREPARATÓRIA:
Senhor,
todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem
todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os
exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para
vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de
santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos
olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos
efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos
do céu, dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao
abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa
bênção. Amém.
LECTIO
DIVINA:
Evangelho (Jo 10,22-30): Em Jerusalém
celebrava-se a festa da Dedicação. Era inverno. Jesus andava pelo templo, no
pórtico de Salomão. Os judeus, então, o rodearam e disseram-lhe: «Até quando
nos deixarás em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!». Jesus respondeu:
«Eu já vos disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu
pai dão testemunho de mim. Vós, porém, não acreditais, porque não sois das
minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me
seguem. Eu lhes dou a vida eterna. Por isso, elas nunca se perderão e ninguém
vai arrancá-las da minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior do que
todos, e ninguém pode arrancá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um».
«Eu e o Pai somos um»
Rev. D. Miquel MASATS i
Roca (Girona, Espanha)
Hoje, vemos Jesus que «andava pelo Templo, no
pórtico de Salomão» (Jo 10,23), durante a festa da Dedicação em Jerusalém.
Então, os judeus pedem-lhe: «Se tu és o Cristo, diz-nos abertamente», e Jesus
responde-lhes: «Eu já vos disse, mas vós não acreditais» (Jo 10,24.25).
Só a fé dá ao homem a capacidade de reconhecer Jesus
Cristo como o Filho de Deus. No ano de 2000, João Paulo II, no encontro com os
jovens em Tor Vergata, falava do “laboratório da fé”. Há muitas respostas para a
pergunta «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18). Depois, porém, Jesus
passa para o plano pessoal: «E vós, quem dizeis que eu sou?» Para responder
corretamente a esta pergunta é necessária a “revelação do Pai”. Para responder
como Pedro — «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo» (Mt 16,16) — faz falta a
graça de Deus.
Contudo, embora Deus queira que todas as pessoas
acreditem e se salvem, só os homens humildes têm a capacidade de acolher este
dom. «Entre os humildes está a sabedoria», lê-se no livro dos Provérbios
(11,2). A verdadeira sabedoria do homem consiste em confiar em Deus.
Santo Tomás de Aquino comenta esta passagem do
Evangelho dizendo: «Consigo ver graças à luz do sol, mas se fechar os olhos,
não vejo; porém a culpa não é do sol, mas minha».
Jesus diz-lhes que, se não creem, que acreditem,
pelo menos, devido às obras que faz, que manifestam o poder de Deus. «As obras
que eu faço em nome do meu pai dão testemunho de mim» (Jo 10,25).
Jesus conhece as suas ovelhas e as suas ovelhas
escutam a Sua voz. A fé leva à intimidade com Jesus na oração. O que é a oração
senão o trato com Jesus Cristo, que sabemos que nos ama e nos conduz ao Pai? O
resultado e o prêmio desta intimidade com Jesus nesta vida, é a vida eterna,
como lemos no Evangelho.
Reflexões de Frei Carlos Mesters,
O.Carm.
S. Jorge Preca
Presbítero e terceiro
carmelita
Patrono dos Padres da
OTC
|
* Os
capítulos 1 a 12 do evangelho de João são chamados “O Livro dos Sinais”. Neles
acontece a revelação progressiva do Mistério de Deus em Jesus. Na mesma medida
em que Jesus vai fazendo a revelação, crescem a adesão e a oposição a ele de
acordo com a visão com que cada um espera a chegada do Messias. Esta maneira de
descrever a atividade de Jesus não é só para informar como a adesão a Jesus
acontecia naquele tempo, mas também, e sobretudo, como ela deve acontecer hoje
em nós, seus leitores e suas leitoras. Naquele tempo, todos esperavam a chegada
do Messias e tinham os seus critérios para poder reconhecê-lo. Queriam que ele
fosse do jeito que eles o imaginavam. Mas Jesus não se submete a esta
exigência. Ele revela o Pai do jeito que o Pai é e não do jeito que o auditório
o gostaria. Ele pede conversão no modo de pensar e de agir. Hoje
também, cada um de nós tem os seus gostos e preferências. Às vezes, lemos o
evangelho para ver se encontramos nele a confirmação dos nossos desejos. O
evangelho de hoje traz uma luz a este respeito.
* João
10,22-24: Os Judeus interpelam Jesus. Era
frio. Mês de outubro. Festa da dedicação que celebrava a purificação do templo
feita por Judas Macabeu (2Mc 4,36.59). Era uma festa bem popular de muitas
luzes. Jesus anda na esplanada do Templo, no Pórtico de Salomão. Os judeus o
questionam: "Até quando nos irás deixar em dúvida? Se tu és o Messias,
dize-nos abertamente". Eles querem que Jesus se defina e que eles possam
verificar, a partir dos critérios deles, se Jesus é ou não é o Messias. Querem
provas. É a atitude de quem se sente dono da situação. Os novatos devem
apresentar suas credenciais. Do contrário não terão direito de falar e de
atuar.
* João
10,25-26: Resposta de Jesus: as obras que faço dão testemunho de
mim. A resposta de Jesus é sempre a mesma: "Eu
já disse, mas vocês não acreditam em mim. As obras que eu faço em nome do meu
Pai, dão testemunho de mim; vocês, porém, não querem acreditar, porque vocês
não são minhas ovelhas”. Não se trata de dar provas. Nem adiantaria. Quando
uma pessoa não quer aceitar o testemunho de alguém, não há prova que o leve a
pensar diferente. O problema de fundo é a abertura desinteressada da pessoa
para Deus e para a verdade. Onde houver esta abertura, Jesus é reconhecido
pelas suas ovelhas. “Quem é pela verdade escuta minha voz” dirá
Jesus mais adiante a Pilatos (Jo 18,37). Esta abertura estava faltando nos
fariseus.
* João
10,27-28: As minhas ovelhas conhecem minha voz. Jesus
retoma a parábola do Bom Pastor que conhece suas ovelhas e é conhecido por
elas. Este mútuo entendimento - entre Jesus que vem em
nome do Pai e as pessoas que se abrem para a verdade - é
fonte de vida eterna. Esta união entre o criador e a criatura através de Jesus
supera a ameaça da morte: “Elas jamais perecerão e ninguém as arrebatará de
minha mão!” Estão seguras e salvas e, por isso mesmo, em paz e com
plena liberdade.
* João
10,29-30: Eu e o Pai somos um. Estes
dois versículos abordam o mistério da unidade entre Jesus e o Pai: “Meu
Pai, que tudo entregou a mim, é maior do que todos. Ninguém pode arrancar coisa
alguma da mão do Pai. O Pai e eu somos um”. Esta e várias outras
frases nos deixam entrever algo deste mistério maior: “Quem vê a mim vê o Pai”
(Jo 14,9). “Eu estou no Pai e o Pai está em mim” (Jo 10,38). Esta unidade entre
Jesus e o Pai não é automática, mas é fruto da obediência: “Eu sempre faço
o que o Pai me mostra que é para fazer” (Jo 8,29; 6,38; 17,4). “Meu alimento é
fazer a vontade do Pai (Jo 4,34; 5,30). A carta aos hebreus diz que Jesus teve
que aprender, através do sofrimento, o que é ser obediente (Hb 5,8). “Ele foi
obediente até à morte, e morte de Cruz” (Fl 2,8). A obediência de Jesus não é
disciplinar, mas é profética. Ele obedece para ser total transparência e,
assim, ser revelação do Pai. Por isso, ele podia dizer: “Eu e o Pai somos um!”
Foi um longo processo de obediência e de encarnação que durou 33 anos. Começou
com o Sim de Maria (Lc 1,38) e terminou com “Tudo está consumado!” (Jo 19,30).
Para
um confronto pessoal
1) Minha
obediência a Deus é disciplinar ou profética? Revelo algo de Deus ou só me
preocupa com a minha própria salvação?
2) Jesus não
se submeteu às exigências dos que queriam verificar se ele era mesmo o messias.
Existe em mim algo desta atitude dominadora e inquisidora dos adversários de
Jesus?
ORAÇÃO
(COMPOSTA
POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO):
Ó
Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os
meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no
templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar
tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a
Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a
graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver
servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna
dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus
Cristo atendei-nos.
Deus Pai dos Céus tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Santa Maria rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe imaculada,
Mãe intacta,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Mãe da Igreja,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem benigna,
Virgem fiel,
Espelho de justiça,
Sede da sabedoria,
Causa da nossa alegria,
Vaso espiritual,
Vaso honorífico,
Vaso insigne de devoção,
Rosa mística,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Esperança dos carmelitas,
Rainha dos anjos,
Rainha dos patriarcas,
Rainha dos profetas,
Rainha dos apóstolos,
Rainha dos mártires,
Rainha dos confessores,
Rainha das virgens,
Rainha de todos os santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha das famílias,
Rainha da paz,
Rainha e esplendor do Carmelo,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
tende misericórdia de nós.
V. – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. – Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
OREMOS
Infundi,
Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela
anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso
Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da
ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
“LEMBRAI-VOS”
DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos,
ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a
vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro,
tenha sido por vós abandonado. Animado de igual confiança, eu corro e venho a
vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó
Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo
encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO