ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor,
todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem
todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os
exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para
vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de
santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada,
minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me
sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do
céu dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo
das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção.
Amém.
LECTIO DIVINA
Evangelho
(Jo 6,30-35): Naquele tempo, os judeus
perguntaram: «Que sinais realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Que
obras fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: ‘Deu-lhes
a comer o pão do céu’. Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: não
foi Moisés quem vos deu o pão do céu. É meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do
céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo». Eles
então pediram: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!». Jesus lhes disse: «Eu sou o
pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais
terá sede».
«É meu Pai quem vos dá o
verdadeiro pão do céu»
Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Sant Quirze del Vallès,
Barcelona, Espanha)
Hoje,
nas palavras de Jesus podemos constatar a contraposição e a complementaridade
entre o Antigo e o Novo Testamento: o Antigo é a figura do Novo e, no Novo as
promessas feitas por Deus aos pais no Antigo chegam a sua plenitude. Assim, o
maná que os israelitas comeram no deserto não era o autêntico pão do céu, e sim
a figura do verdadeiro pão que Deus, nosso Pai, nos deu na pessoa de Jesus
Cristo, a quem enviou como Salvador do mundo. Moisés solicitou a Deus, a favor
dos israelitas, um alimento material; Jesus Cristo, em troca, se dá a si mesmo
como alimento divino que outorga a vida.
«Eles
perguntaram: «Que sinais realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Que
obra realizas?» (Jo 6,30), exigem
incrédulos e impertinentes os judeus. Pareceu-lhes pouco o sinal da
multiplicação dos pães e dos peixes feita por Jesus no dia anterior? Por que
ontem queriam proclamar rei a Jesus e hoje já não acreditam nele? Que
inconstante é frequentemente o coração humano! Diz são Bernardo de Claraval:
«Os incrédulos andam em volta, porque naturalmente, querem satisfazer o
apetite, e desprezar o modo de conseguir o fim». Assim sucedia com os judeus:
submergidos em uma visão materialista, pretendiam que alguém lhes alimentasse e
solucionasse seus problemas, mas não queriam acreditar; isso era tudo o que
lhes interessava de Jesus. Não é esta a perspectiva de quem deseja uma religião
cômoda, feita sob medida e sem compromisso?
«Senhor,
dá-nos sempre desse pão!» (Jo 6,34): que estas palavras, pronunciadas pelos
judeus desde seu modo materialista de ver a realidade, sejam ditas por mim com
a sinceridade que me proporciona a fé; que expressem realmente um desejo de
alimentar-me com Jesus Cristo e de viver unidos a Ele para sempre.
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm
Sto Atanásio, Bispo e Doutor da Igreja |
* O Discurso do Pão da Vida não é um
texto para ser discutido e dissecado, mas sim para ser meditado e ruminado. Por
isso, caso você não entender logo tudo, não se preocupe. Este texto do Pão da
Vida exige toda uma vida para meditá-lo e aprofundá-lo. Um texto assim, a gente
deve ler, meditar, rezar, pensar, ler de novo, repetir, ruminar, como se faz
com um doce gostoso na boca. Vai virando e virando, até se gastar. Quem lê o
Quarto Evangelho superficialmente pode ficar com a impressão de que João repete
sempre a mesma coisa. Lendo com mais atenção, você perceberá que não se trata
de repetição. O autor do Quarto Evangelho tem um jeito próprio de repetir o
mesmo assunto, mas num nível cada vez mais alto ou mais profundo. Parece uma
escada em caracol. Girando você volta ao mesmo lugar, mas num nível mais alto
ou mais profundo.
* João 6,30-33: Que
sinal realizas para que possamos crer? O povo tinha perguntado: O que devemos
fazer para realizar a obra de Deus? Jesus respondeu: “A obra de Deus é
acreditar naquele que ele enviou”, isto é, crer em Jesus. Por isso o povo
formula nova pergunta: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti?
Qual é a tua obra?” Isto significa que eles não entenderam a multiplicação dos
pães como um sinal da parte de Deus para legitimar Jesus junto ao povo como o
enviado de Deus! E eles continuam argumentando: No passado, nossos pais comeram
o maná que foi dado por Moisés! Eles o chamavam de “pão do céu” (Sb 16,20), ou
seja, “pão de Deus”. Moisés continua sendo o grande líder, no qual acreditam.
Se Jesus quer que o povo acredite nele, deve fazer um sinal maior que o de
Moisés. “Qual a tua obra?”
* Jesus responde que o
pão dado por Moisés não era o pão verdadeiro do céu. Veio do alto, sim, mas não era o pão
de Deus, pois não garantiu a vida para ninguém. Todos eles morreram no deserto
(Jo 6,49). O pão do céu verdadeiro, o pão de Deus, é aquele que vence a morte e
traz vida! É aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. É o próprio Jesus!
Jesus tenta ajudar o povo a se libertar dos esquemas do passado. Para ele,
fidelidade ao passado não significa fechar-se nas coisas de antigamente e
recusar a renovação. Fidelidade ao passado é aceitar o novo que chega como
fruto da semente plantada no passado.
* João 6,34-35: Senhor,
dá-nos sempre desse pão!
Jesus responde claramente: "Eu sou o pão da vida!" Comer o pão do céu
é o mesmo que crer em Jesus e aceitar o caminho que ele ensinou, a saber:
"O meu alimento é fazer a vontade do Pai que está no céu!" (Jo 4,34).
Este é o alimento verdadeiro que sustenta a pessoa, dá rumo e traz vida nova.
Este último versículo do evangelho de hoje (Jo 6,35) será retomado como
primeiro versículo do evangelho de amanhã (Jo 6,35-40).
Para um confronto
pessoal
1) Fome de pão, fome de Deus. Qual dos
dois predomina em mim?
2) Jesus disse: “Eu sou o pão da vida”.
Ele mata a fome e a sede. Qual a experiência que tenho neste ponto?
ORAÇÃO COMPOSTA POR
SANTO AFONSO DE LIGÓRIO
Ó
Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os
meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no
templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar
tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a
Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a
graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver
servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna
dos eleitos. Amém.
LADAINHA DE NOSSA SENHORA
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo ouvi-nos.
Jesus
Cristo atendei-nos.
Deus
Pai dos céus tende piedade de nós.
Deus
Filho, Redentor do mundo,
Deus
Espírito Santo,
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus,
Santa
Maria rogai por nós.
Santa
Mãe de Deus,
Santa
Virgem das virgens,
Mãe
de Jesus Cristo,
Mãe
da divina graça,
Mãe
puríssima,
Mãe
castíssima,
Mãe
imaculada,
Mãe
intacta,
Mãe
amável,
Mãe
admirável,
Mãe
do bom conselho,
Mãe
do Criador,
Mãe
do Salvador,
Mãe
da Igreja,
Virgem
prudentíssima,
Virgem
venerável,
Virgem
louvável,
Virgem
poderosa,
Virgem
benigna,
Virgem
fiel,
Espelho
de justiça,
Sede
da sabedoria,
Causa
da nossa alegria,
Vaso
espiritual,
Vaso
honorífico,
Vaso
insigne de devoção,
Rosa
mística,
Torre
de Davi,
Torre
de marfim,
Casa
de ouro,
Arca
da aliança,
Porta
do Céu,
Estrela
da manhã,
Saúde
dos enfermos,
Refúgio
dos pecadores,
Consoladora
dos aflitos,
Auxílio
dos cristãos,
Esperança
dos carmelitas,
Rainha
dos anjos,
Rainha
dos patriarcas,
Rainha
dos profetas,
Rainha
dos apóstolos,
Rainha
dos mártires,
Rainha
dos confessores,
Rainha
das virgens,
Rainha
de todos os santos,
Rainha
concebida sem pecado original,
Rainha
assunta ao céu,
Rainha
do sacratíssimo Rosário,
Rainha
das famílias,
Rainha
da paz,
Rainha
e esplendor do Carmelo,
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende misericórdia de nós.
V. – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R.
– Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
OREMOS - Infundi, Senhor, como vos pedimos,
vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao
conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e
morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus
Cristo, nosso Senhor. Amém.
O “LEMBRAI-VOS” DE SÃO
BERNARDO
Lembrai-vos,
ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a
vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro,
tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a
vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó
Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo
encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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