ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor,
todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem
todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os
exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para
vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de
santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos
olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos
efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos
do céu, dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao
abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa
bênção. Amém.
LECTIO
DIVINA:
Evangelho (Jo
6,52-59): Naquele tempo, os judeus discutiam entre si: «Como é que ele pode
dar a sua carne a comer?». Jesus disse: «Em verdade, em verdade, vos digo: se
não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis
a vida em vós. Quem consome a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida
eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeira
comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem consome a minha carne e bebe o
meu sangue permanece em mim, e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu
vivo por meio do Pai, assim aquele que me consome viverá por meio de mim. Este
é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram — e no
entanto morreram. Quem consome este pão viverá para sempre». Jesus falou estas
coisas ensinando na sinagoga, em Cafarnaum.
«Em verdade, em
verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o
seu sangue, não tereis a vida em vós»
Rev. D.
Àngel CALDAS i Bosch (Salt, Girona, Espanha)
Hoje, Jesus faz
três afirmações capitais como são: que se deve comer a carne do Filho do homem e
beber o seu sangue, que se não se comunga não se pode ter vida; e que esta vida
é a vida eterna e é a condição para a ressurreição (cf. Jo 6,53.58). Não há
nada no Evangelho tão claro, tão rotundo e tão definitivo como estas afirmações
de Jesus.
Não sempre os
católicos estamos à altura do que merece a Eucaristia: às vezes se pretende
“viver” sem as condições de vida assinaladas por Jesus e, contudo, como tem
escrito João Paulo II, «a Eucaristia é um dom demasiado grande para admitir ambiguidades
e reduções».
“Comer para
viver”: comer a carne do Filho do homem para viver como o Filho do homem. Este
comer se chama “comunhão”. É um “comer”, e dizemos “comer” para que fique clara
a necessidade de assimilação, da identificação com Jesus. Comunga-se para manter
a união: para pensar como Ele, para falar como Ele, para amar como Ele. Aos
cristãos fazia-nos falta a encíclica eucarística de João Paulo II, A Igreja
vive da Eucaristia. É uma encíclica apaixonada: é “fogo” porque a Eucaristia é
ardente.
«Ardentemente
desejei comer convosco esta ceia pascal, antes de padecer» (Lc 22,15), dizia
Jesus ao entardecer da Quarta-feira Santa. Temos de recuperar o fervor
eucarístico. Nenhuma outra religião tem uma iniciativa semelhante. É Deus que
entra no coração do homem para estabelecer aí uma relação misteriosa de amor. E
desde aí se constrói a Igreja e se faz parte no dinamismo apostólico e
eclesiástico da Eucaristia.
Estamos tocando a
entranha mesma do mistério, como Tomás, que apalpava as feridas de Cristo
ressuscitado. Os cristãos teremos de revisar a nossa fidelidade ao fato
eucarístico, tal como Cristo o tem revelado e a Igreja nos o propõe. E temos de
voltar a viver a “ternura” para a Eucaristia: genuflexões pausadas e bem
feitas, incremento do número de comunhões espirituais... E, a partir da
Eucaristia, os homens nos aparecerão sagrados, tal como são. E lhes serviremos
com uma renovada ternura.
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm
Sto Ângelo de Jerusalém Presbítero e Mártir de nossa Ordem |
* Estamos chegando quase ao fim do Discurso
do Pão da Vida. Aqui começa a parte mais polêmica. Os judeus se
fecham e começam a questionar as afirmações de Jesus.
* João 6,52-55: Carne e sangue: expressão
da vida e da doação total. Os judeus reagem: "Como esse homem pode
dar-nos a sua carne para comer?" Era perto da festa da Páscoa. Dentro de
poucos dias, todos iam comer a carne do cordeiro pascal na celebração da noite
de páscoa. Eles não entenderam as palavras de Jesus, porque tomaram tudo ao pé
da letra. Mas Jesus não diminui as exigências, não retira nada do que disse, e
insiste: "Eu garanto a vocês: se vocês não comem a carne do Filho do Homem
e não bebem o seu sangue, não terão a vida em vocês. Quem come a minha carne e
bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque
a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come
a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele”. (1) Comer a carne de Jesus significa aceitar
Jesus como o novo Cordeiro Pascal, cujo sangue nos liberta da escravidão. A lei
do Antigo Testamento, por respeito à vida, proibia comer sangue (Dt 12,16.23;
At 15.29). Sangue era o sinal da vida. (2) Beber o sangue de Jesus significa
assimilar a mesma maneira de viver que marcou a vida de Jesus. O que traz vida
não é celebrar o maná do passado, mas sim comer este novo pão que é Jesus, a
sua carne e o seu sangue. Participando da Ceia Eucarística, assimilamos a sua
vida, a sua doação e entrega. “Se vocês
não comem a carne do Filho do Homem e não bebem o seu sangue não terão vida em
vocês”. Devem aceitar Jesus como messias crucificado, cujo sangue vai ser
derramado.
* João 6,56-58: Quem me receber como
alimento viverá por mim. As últimas frases do Discurso do Pão da Vida
são de grande profundidade e tentam resumir tudo que foi dito. Elas evocam a
dimensão mística que envolve a participação na eucaristia. Expressam o que
Paulo diz na carta aos Gálatas: “Vivo, mas já não sou eu que vivo. É Cristo que
vive em mim” (Gl 2,20). E o que diz o Apocalipse de João: “Se alguém ouvir
minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, ele comigo”
(Ap 3,20). E o próprio João no Evangelho: “Se alguém me ama guardará minha
palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele faremos nossa morada” (Jo
14,23). E termina com a promessa da vida que marca a diferença com o antigo
êxodo: “Este é o pão que desceu do céu. Não é como o pão que os pais de vocês
comeram e depois morreram. Quem come deste pão viverá para sempre."
* João 6,59: Termina o discurso na
sinagoga. Até aqui foi a conversa entre Jesus e o povo e os
judeus na sinagoga de Cafarnaum. Como aludimos anteriormente, o Discurso do Pão
da Vida nos oferece uma imagem de como era a catequese naquele fim do primeiro
séculos nas comunidades cristãs da Ásia Menor. As perguntas do povo e dos
judeus refletem as dificuldades dos membros das comunidades. E as resposta de
Jesus representam os esclarecimentos para ajuda-los a superar as dificuldades,
aprofundar sua fé e viver mais intensamente a eucaristia que era celebrada
sobretudo nas noites de sábado para o domingo, o Dia do Senhor.
Para um confronto pessoal
1) A partir do Discurso
do Pão da Vida, a celebração da Eucaristia recebe uma luz muito forte e um
aprofundamento enorme. Qual a luz eu estou percebendo que me ajuda a dar um
passo?
2) Comer a carne e
o sangue de Jesus, é o mandamento que ele nos dá. Como vivo a eucaristia na
minha vida? Mesmo não podendo ir à missa todos os dias ou todos os domingos,
minha vida deve ser eucarística. Como tento realizar este objetivo?
ORAÇÃO (COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE
LIGÓRIO):
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo,
pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos
oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período
de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre
rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por
vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a
morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida,
participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus
Cristo atendei-nos.
Deus Pai dos Céus tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Santa Maria rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe imaculada,
Mãe intacta,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Mãe da Igreja,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem benigna,
Virgem fiel,
Espelho de justiça,
Sede da sabedoria,
Causa da nossa alegria,
Vaso espiritual,
Vaso honorífico,
Vaso insigne de devoção,
Rosa mística,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Esperança dos carmelitas,
Rainha dos anjos,
Rainha dos patriarcas,
Rainha dos profetas,
Rainha dos apóstolos,
Rainha dos mártires,
Rainha dos confessores,
Rainha das virgens,
Rainha de todos os santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha das famílias,
Rainha da paz,
Rainha e esplendor do Carmelo,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
tende misericórdia de nós.
V. – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R.
– Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
OREMOS
Infundi,
Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela
anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso
Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da
ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
“LEMBRAI-VOS”
DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria,
que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado
vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado.
Animado de igual confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso
dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis
as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e
dignai-vos atender-me. Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO