ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor,
todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem
todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os
exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para
vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de
santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos
olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos
efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos
do céu, dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao
abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa
bênção. Amém.
LECTIO
DIVINA:
Evangelho (Jo
6,44-51): Naquele tempo, disse Jesus às multidões: «Ninguém pode vir a mim,
se o Pai que me enviou não o atrair. E eu o ressuscitarei no último dia. Está
escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que
escutou o ensinamento do Pai e o aprendeu vem a mim. Ninguém jamais viu o Pai,
a não ser aquele que vem de junto de Deus: este viu o Pai. Em verdade, em
verdade, vos digo: quem crê, tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos
pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Aqui está o pão que desce
do céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do
céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha
carne, entregue pela vida do mundo».
«Eu sou o pão vivo
que desceu do céu»
Rev. D.
Pere MONTAGUT i Piquet (Barcelona, Espanha)
Hoje cantamos ao
Senhor de quem recebemos a glória e o triunfo. O Ressuscitado se apresenta
perante sua Igreja com aquele «Sou o que sou» que o identifica como fonte de
salvação: «Eu sou o pão da vida» (Jo 6,48). Em ação de graça, a comunidade
reunida em torno ao Vivente o conhece amorosamente e aceita a instrução de
Deus, reconhecida agora como o ensino do Pai. Cristo, imortal e glorioso, nos
faz lembrar de novo que o Pai é o autêntico protagonista de tudo. Os que o
escutam e nele acreditam, vivem em comunhão com o que vem de Deus, com o único
que o tem visto e, assim, a fé é o começo da vida eterna.
O pão vivo é
Jesus. Não é um alimento que assimilemos, senão que pelo contrário nos
assimila. Ele nos faz ter fome de Deus, sede de escutar sua Palavra que é gozo
e alegria do coração. A Eucaristia é antecipação da glória celestial: «Partimos
um mesmo pão, que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, para
viver por sempre em Jesus Cristo» (Santo Inácio de Antioquia). A comunhão com a
carne de Cristo ressuscitado nos faz acostumar com tudo aquilo que desce do
céu, quer dizer, receber e assumir nossa verdadeira condição: Estamos feitos
para Deus e somente Ele sacia plenamente nosso espírito.
Mas esse pão vivo
não nos fará viver um dia mais além da morte física, senão que nos foi dado
agora «pela vida do mundo» (Jo 6,51). O desígnio do Pai, que não nos criou para
morrer, está ligado à fé e ao amor. Quer uma resposta atual, livre e pessoal, a
sua iniciativa. Cada vez que comemos esse pão, adentremo-nos no Amor mesmo! Já
não vivemos para nós mesmos, já não vivemos no erro. O mundo ainda é precioso
porque há quem continua amando-o até o extremo, porque há um Sacrifício do qual
se beneficiam até os que o ignoram.
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm
Bto Eliseu Maneus, Presbitero e Mártir de nossa Ordem e companheiros |
* Até agora, o diálogo era entre Jesus e o
povo. Daqui para frente, os líderes judeus começam a
entrar na conversa, e a discussão se torna mais tensa.
* João 6,44-46: Quem se abre para Deus,
aceita Jesus e a sua proposta. A conversa torna-se mais exigente. Agora são
os judeus, os líderes do povo, que murmuram: "Esse não é Jesus, o filho de
José, cujo pai e mãe conhecemos? Como é que ele pode dizer que desceu do
céu?" (Jo 6,42) Eles pensavam conhecer as coisas de Deus. Na realidade,
não as conheciam. Se fossem realmente abertos e fiéis a Deus, sentiriam dentro
de si o impulso de Deus atraindo-os para Jesus e reconheceriam que Jesus vem de
Deus, pois está escrito nos Profetas: 'Todos serão instruídos por Deus'. Todo
aquele que escuta o Pai e recebe sua instrução vem a mim.
* João 6,47-50: Vossos pais comeram o maná
e morreram. Na celebração da páscoa, os judeus lembravam o pão
do deserto. Jesus os ajuda a dar um passo. Quem celebra a páscoa, lembrando só
o pão que os pais comeram no passado, vai acabar morrendo como todos eles! O
verdadeiro sentido da Páscoa não é lembrar o maná que caiu do céu, mas sim
aceitar Jesus como o novo Pão da Vida e seguir pelo caminho que ele ensinou.
Agora já não se trata de comer a carne do cordeiro pascal, mas sim de comer a
carne de Jesus, para que não pereça quem dele comer, mas tenha a vida eterna!
* João 6,51: Quem comer deste pão viverá eternamente. E Jesus termina dizendo: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem
come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria
carne, para que o mundo tenha a vida." Em vez do maná e em vez do cordeiro
pascal do primeiro êxodo, somos convidados e comer o novo maná e o novo
cordeiro pascal que é o próprio Jesus que se entregou na Cruz pela vida de
todos.
* O novo Êxodo. A multiplicação dos pães aconteceu perto da Páscoa (Jo 6,4). A festa da
páscoa era a memória perigosa do Êxodo, a libertação do povo das garras do
faraó. Todo o episódio narrado neste capítulo 6 do evangelho de João tem um
paralelo nos episódios relacionados com a festa da páscoa, tanto com a
libertação do Egito quanto com a caminhada do povo no deserto em busca da terra
prometida. O Discurso do Pão da Vida, feito na sinagoga de Cafarnaum, está
relacionado com o capítulo 16 do livro do Êxodo que fala do Maná. Vale a pena
ler todo este capítulo 16 de Êxodo. Percebendo as dificuldades do povo no
deserto, podemos compreender melhor os ensinamentos de Jesus aqui no capítulo 6
do evangelho de João. Por exemplo, quando Jesus fala de “um alimento que
perece” (Jo 6,27) ele está lembrando o maná que estragava e perecia (Ex 16,20).
Da mesma forma, quando os judeus “murmuram” (Jo 6,41), eles fazem a mesma coisa
que os israelitas faziam no deserto, quando duvidavam da presença de Deus no
meio deles durante a travessia (Ex 16,2; 17,3; Nm 11,1). A falta de alimentos
fazia com que o povo duvidasse de Deus e começasse a murmurar contra Moisés e
contra Deus. Aqui também os judeus duvidam da presença de Deus em Jesus de
Nazaré e começam a murmurar (Jo 6,41-42).
Para um confronto pessoal
1) A Eucaristia me
ajuda a viver em estado permanente de Êxodo? Estou conseguindo?
2) Quem é aberto
para a verdade encontra em Jesus a resposta. Hoje, muita gente se afasta e já
não encontra a resposta. Culpa de quem? Das pessoas que não quer escutar? Ou de
nós cristãos que não sabemos apresentar o evangelho como uma mensagem de vida?
ORAÇÃO (COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE
LIGÓRIO):
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo,
pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos
oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período
de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre
rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por
vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a
morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida,
participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus
Cristo atendei-nos.
Deus Pai dos Céus tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Santa Maria rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe imaculada,
Mãe intacta,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Mãe da Igreja,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem benigna,
Virgem fiel,
Espelho de justiça,
Sede da sabedoria,
Causa da nossa alegria,
Vaso espiritual,
Vaso honorífico,
Vaso insigne de devoção,
Rosa mística,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Esperança dos carmelitas,
Rainha dos anjos,
Rainha dos patriarcas,
Rainha dos profetas,
Rainha dos apóstolos,
Rainha dos mártires,
Rainha dos confessores,
Rainha das virgens,
Rainha de todos os santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha das famílias,
Rainha da paz,
Rainha e esplendor do Carmelo,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
tende misericórdia de nós.
V. – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R.
– Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
OREMOS
Infundi,
Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela
anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso
Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da
ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
“LEMBRAI-VOS”
DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria,
que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado
vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado.
Animado de igual confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso
dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis
as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e
dignai-vos atender-me. Amém.
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