ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade
e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias
deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós
nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois
que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos
motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos
prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso
amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José
como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela
vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas
fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do
Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes
devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Evangelho (Mt 21,33-43.45-46): Naquele tempo, dirigindo-se aos chefes dos
sacerdotes e aos anciãos dos povo, disse-lhes: «Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs
uma cerca em volta, cavou nela um lagar para pisar as uvas e construiu uma
torre de guarda. Ele a alugou a uns agricultores e viajou para o estrangeiro.
Quando chegou o tempo da colheita, ele mandou os seus servos aos agricultores
para receber seus frutos. Os agricultores, porém, agarraram os servos,
espancaram a um, mataram a outro, e a outro apedrejaram. Ele ainda mandou
outros servos, em maior número que os primeiros. Mas eles os trataram do mesmo
modo. Por fim, enviou-lhes o próprio filho, pensando: ‘A meu filho
respeitarão’. Os agricultores, porém, ao verem o filho, disseram entre si:
‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e tomemos posse de sua herança! ’ Então o
agarraram, lançaram-no fora da vinha e o mataram. Pois bem, quando o dono da
vinha voltar, que fará com esses agricultores?». Eles responderam: «Dará triste fim a esses
criminosos e arrendará a vinha a outros agricultores, que lhe entregarão os
frutos no tempo certo». Então, Jesus lhes disse: «Nunca lestes nas Escrituras:
‘A pedra que os construtores rejeitaram, esta é que se tornou a pedra angular.
Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável aos nossos olhos’? Por isso vos digo:
o Reino de Deus vos será tirado e entregue a um povo que produza frutos». Os sumos sacerdotes e os fariseus ouviram as
parábolas de Jesus e entenderam que estava falando deles. Procuraram prendê-lo,
mas ficaram com medo das multidões, pois elas o tinham na conta de profeta.
«A pedra que os
construtores rejeitaram, esta é que se tornou a pedra angular»
Rev. D. Melcior QUEROL i Solà (Ribes de
Freser, Girona, Espanha)
Hoje, Jesus, por meio da parábola dos
vinhateiros homicidas, fala-nos da infidelidade; compara a vinha com Israel e
os vinhateiros com os chefes do povo escolhido. Foi a estes e a toda a
descendência de Abraão que tinha sido confiado o Reino de Deus, mas tinham
maltratado esta herança: «Por isso vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e
entregue a um povo que produza frutos» (Mt 21,43).
No início do Evangelho segundo São Mateus, a
Boa Nova parece ser dirigida unicamente a Israel. O povo escolhido, já na
Antiga Aliança, tem a missão de anunciar e de levar a salvação a todas as
nações. Mas Israel não foi fiel à sua missão. Jesus, o mediador da Nova
Aliança, congregará à sua volta os doze Apóstolos, símbolo do “novo” Israel,
chamado a dar frutos de vida eterna e a anunciar a todos os povos a salvação.
Este novo Israel é a Igreja, todos os
batizados. Nós temos recebido, na pessoa de Jesus e na Sua mensagem, uma graça
única que temos que fazer frutificar. Não podemos conformar–nos com uma
vivência individualista e fechada à nossa fé; há que comunicá-la e oferecê-la a
cada pessoa que está próxima de nós. Daqui decorre que o primeiro fruto é viver
a nossa fé no calor da nossa família, bem como no da comunidade cristã. Tal
será simples, pois «onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou
no meio deles» (Mt 18,20).
Mas trata-se de uma comunidade cristã aberta,
o que quer dizer que é eminentemente missionária (segundo fruto). Pela força e
pela beleza do Ressuscitado “no meio de nós”, a comunidade atrai através todos
os seus gestos e atos, e cada um dos seus membros goza da capacidade de
envolver homens e mulheres na nova vida do Ressuscitado. E um terceiro fruto
consiste em que vivamos na convicção e na certeza de que no Evangelho
encontramos a solução para todos os problemas.
Vivamos no santo temor de Deus, para que não
aconteça que o Reino de Deus nos seja tirado e dado a outros.
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm
São Patrício, Bispo |
* O texto do
evangelho de hoje faz parte de um conjunto mais amplo que engloba Mateus
21,23-46. Os chefes dos sacerdotes e os anciãos tinham perguntado a Jesus com
que autoridade ele fazia as coisas (Mt 21,23). Eles se consideravam os donos de
tudo e achavam que ninguém podia fazer nada sem a licença deles. A resposta de
Jesus consta de três partes: 1) Ele faz uma contra-pergunta e quer saber deles
se João Batista era do céu ou da terra (Mt 21,24-27). 2) Conta a parábola dos
dois filhos (Mt 21,28-32). 3) Conta a parábola da vinha (Mt 21,33-46) que é o
evangelho de hoje.
* Mateus
21,33-40: A parábola da vinha.
Jesus
começa assim: "Escutem essa outra parábola: Certo proprietário plantou uma
vinha, cercou-a, fez um tanque para pisar a uva, e construiu uma torre de
guarda”. A parábola é um resumo bonito da história de Israel, tirado do profeta
Isaías (Is 5,1-7). Jesus se dirige aos chefes dos sacerdotes, aos anciãos (Mt
21,23) e aos fariseus (Mt 21,45) e dá uma resposta à pergunta que eles tinham
feito sobre a origem da sua autoridade (Mt 21,23). Por meio desta parábola,
Jesus esclarece várias coisas:
(1) Revela qual a
origem da sua autoridade: ele é o filho, o herdeiro.
(2) Denuncia o abuso
da autoridade dos vinhateiros, isto é, dos sacerdotes e anciãos que não
cuidavam do povo de Deus.
(3) Defende a
autoridade dos profetas, enviados por Deus, mas massacrados pelos sacerdotes e
anciãos.
(4) Desmascara as
autoridades que manipulam a religião e matam o filho, porque não querem perder
a fonte de renda que conseguiram acumular para si, ao longo dos séculos.
* Mateus 21,41: A
sentença dada por eles mesmos. No fim da parábola, Jesus pergunta:
“Pois bem: quando o dono da vinha voltar, o que irá fazer com esses
agricultores?” Eles não se deram conta de que a parábola estava falando deles
mesmos. Por isso, pela resposta dada eles decretaram sua própria condenação:
“Os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: É claro que mandará
matar de modo violento esses perversos, e arrendará a vinha a outros
agricultores, que lhe entregarão os frutos no tempo certo". Várias vezes
Jesus usa esse mesmo método. Ele leva a pessoa a dizer a verdade sem ela se dar
conta de que está se condenando-se a si mesma. Por exemplo, no caso do fariseu
que condenou a moça como pecadora (Lucas 7,42-43) e no caso da parábola dos
dois filhos Mt 21,28-32).
* Mateus
21,42-46: A sentença dada por eles mesmos é confirmada pelo comportamento
deles. Pelo esclarecimento de Jesus, os sacerdotes,
os anciãos e os fariseus entenderam que a parábola falava deles mesmos, mas
eles não se converteram. Pelo contrário! Mantiveram o seu projeto de matar
Jesus. Rejeitaram “a pedra fundamental”. Mas não tiveram a coragem de fazê-lo
abertamente porque tinham medo do povo.
* Os vários
grupos no poder no tempo de Jesus. No evangelho de hoje apareceram
alguns dos grupos que, naquele tempo, exerciam o poder junto ao povo:
sacerdotes, anciãos e fariseus. Segue aqui uma breve informação sobre o poder
de cada um destes e de alguns outros grupos:
1.
Sacerdotes: Eram os encarregados do culto no Templo. Era para o Templo que
o povo levava o dízimo e as outras taxas e ofertas para pagar suas promessas. O
sumo sacerdote ocupava um lugar muito importante na vida da nação, sobretudo
depois do exílio. Era escolhido ou nomeado entre as três ou quatro famílias
aristocratas, que detinham mais poder e maior riqueza.
2. Anciãos ou
Chefes do povo: Eram os líderes locais nas várias aldeias e
cidades. Sua origem vinha das chefias das tribos de antigamente.
3. Saduceus: Eram a elite
leiga aristocrata da sociedade. Muitos deles eram ricos comerciantes ou
latifundiários. Do ponto de vista religioso eram conservadores. Não aceitavam
as mudanças defendidas pelos fariseus, como por exemplo, a fé na ressurreição e
a existência de anjos.
4. Fariseus: Fariseu significa: separado. Eles
lutavam para que, através da observância perfeita da lei da pureza, o povo
chegasse a ser puro, separado e santo como o exigiam a Lei e a Tradição! Por
causa do testemunho exemplar da sua vida dentro das normas da época, eles
tinham uma liderança moral muito grande nas aldeias da Galileia.
5. Escribas ou doutores da lei: Eram os
encarregados do ensino. Dedicavam sua vida ao estudo da Lei de Deus e ensinavam
ao povo como fazer para observar em tudo a Lei de Deus. Nem todos os escribas
eram da mesma linha. Uns estavam ligados aos fariseus, outros, aos saduceus.
Para um confronto
pessoal
1. Alguma vez, você
já se sentiu controlada, indevidamente, em casa, no trabalho, na igreja? Qual
foi a sua reação? Como Jesus?
2. Se Jesus
voltasse hoje e contasse a mesma parábola, como eu iria reagir?
ORAÇÃO - Ó glorioso S.
José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a
piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas
mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos
da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu
primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos
invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante
vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO
JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade
de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas
possessões.
ORAÇÃO: Deus, que por
vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para
Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter
como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor.
Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo. Amém.
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