ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade
e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias
deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós
nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois
que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos
motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos
prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso
amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José
como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela
vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas
fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do
Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes
devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Evangelho (Jo 5,17-30): Jesus, porém, deu-lhes esta resposta: «Meu Pai trabalha sempre, e eu
também trabalho». Por isso, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, pois, além
de violar o sábado, chamava a Deus de Pai, fazendo-se assim igual a Deus. Jesus então deu-lhes esta resposta: «Em
verdade, em verdade, vos digo: o Filho não pode fazer nada por si mesmo; ele
faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o Pai faz, o Filho o faz igualmente. O
Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras
maiores ainda, de modo que ficareis admirados. Assim como o Pai ressuscita os
mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer. Na verdade,
o Pai não julga ninguém, mas deu ao Filho o poder de julgar, para que todos
honrem o Filho assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, também não
honra o Pai que o enviou. Em verdade, em verdade, vos digo: quem escuta a minha
palavra e crê naquele que me enviou possui a vida eterna e não vai a
julgamento, mas passou da morte para a vida.
Em verdade, em verdade, vos digo: vem a hora, e é agora, em que os
mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão. Pois assim como
o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo concedeu ao Filho possuir a vida
em si mesmo. Além disso, deu-lhe o poder de julgar, pois ele é o Filho do
Homem. Não fiqueis admirados com isso, pois vem a hora em que todos os que
estão nos túmulos ouvirão sua voz, e sairão. Aqueles que fizeram o bem
ressuscitarão para a vida; e aqueles que praticaram o mal, para a condenação.
Eu não posso fazer nada por mim mesmo. Julgo segundo o que eu escuto, e o meu
julgamento é justo, porque procuro fazer não a minha vontade, mas a vontade
daquele que me enviou».
«Em verdade, em
verdade, vos digo: quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou
possui a vida eterna »
Rev. D. Francesc PERARNAU i Cañellas (Girona,
Espanha)
Hoje, o Evangelho fala-nos da resposta de
Jesus aos que viam mal que Ele tivesse curado um paralítico num Sábado. Jesus
Cristo aproveita essas críticas para manifestar a Sua condição de Filho de Deus
e, como tal, Senhor do Sábado. Essas palavras serão motivo de condenação, no
dia do julgamento em casa de Caifás. Com efeito, quando Jesus se reconheceu
como Filho de Deus, o grande sacerdote exclamou: «Blasfemou! Que necessidade
temos, ainda, de testemunhas? Acabais de ouvir a blasfêmia. Que vos parece?»
(Mt 26,65).
Por muitas vezes, Jesus tinha feito
referências ao Pai, mas sempre marcando uma distinção: a Paternidade de Deus é
diferente, caso falemos de Cristo ou dos homens. E os judeus que o escutavam
entendiam-no muito bem: não é Filho de Deus como os outros, mas a filiação que
reclama para Si mesmo é uma filiação natural. Jesus afirma que a sua natureza e
a natureza do Pai são iguais, apesar de serem pessoas distintas. Manifesta
assim, dessa maneira, a sua divindade. Esse fragmento do Evangelho é muito
interessante para a revelação do mistério da Santíssima Trindade.
Entre as coisas que hoje diz o Senhor, há
algumas que fazem especial referência a todos aqueles que, ao longo da
história, acreditaram Nele: escutar e crer em Jesus é ter já a vida eterna (cf.
Jo 5,24). Certamente, não é ainda a vida definitiva, mas é já participar da sua
promessa. Convém que o tenhamos bem presente, e que façamos o esforço de
escutar a palavra de Jesus, como o que ela realmente é: a Palavra de Deus que
salva. A leitura e a meditação do Evangelho devem fazer parte das nossas
práticas religiosas habituais. Nas páginas reveladas, ouviremos as palavras de
Jesus, palavras imortais que nos abrem as portas da vida eterna. Com efeito,
como ensinava Santo Efrém, a Palavra de Deus é uma fonte inesgotável de vida.
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm.
S. Bertoldo, eremita 1º Prior Geral de nossa Ordem |
* O Evangelho de
João é diferente dos outros três. Ele revela uma dimensão mais profunda
que só a fé consegue perceber nas palavras e gestos de Jesus. Os Padres da
Igreja diziam que o Evangelho de João é “espiritual”, revela aquilo que o
Espírito faz descobrir nas palavras de Jesus (cf. Jo 16,12-13). Um exemplo
bonito desta dimensão espiritual do evangelho de João é o trecho que meditamos
hoje.
* João 5,17-18: Jesus
explicita o significado profundo da cura do paralítico. Criticado pelos
judeus por ter feito uma cura em dia de sábado, Jesus responde: “Meu Pai
trabalha até agora e por isso eu também trabalho!”. Os judeus ensinavam que em
dia de sábado não se podia trabalhar, pois até o próprio Deus descansou e não
trabalhou no sétimo dia da criação (Ex 20,8-11). Jesus afirma o contrário. Ele
diz que o Pai não parou de trabalhar até agora. Por isso, ele, Jesus, também
trabalha, mesmo em dia de sábado. Ele imita o Pai! Para Jesus, a obra criadora
não terminou. Deus continua trabalhando, sem cessar, dia e noite, sustentando o
universo e a todos nós. Jesus colabora com o Pai dando continuidade à obra da
criação, para que um dia todos possam entrar no repouso prometido. A reação dos
judeus foi violenta. Querem matá-lo por dois motivos: por negar o sentido do
sábado e por se dizer igual a Deus.
* João 5,19-21: É
o amor que deixa transparecer a ação criadora de Deus. Estes versículos
revelam algo do mistério do relacionamento entre Jesus e o Pai. Jesus, o filho,
vive em atenção permanente diante do Pai. Aquilo que vê o Pai fazer, ele também
faz. Jesus é o reflexo do Pai. É a cara do Pai! Esta atenção total do Filho ao
Pai, faz com que o amor do Pai possa entrar totalmente no Filho e, através do
Filho, realizar a sua ação no mundo. A grande preocupação do Pai é vencer a
morte e fazer viver. A cura do paralítico foi uma forma de tirar as pessoas da
morte e fazê-las viver. É uma forma de dar continuidade à obra criadora do Pai.
* João 5,22-23: O
Pai não julga, mas confiou o julgamento ao filho. O decisivo na
vida é a maneira como nós nos situamos frente ao Criador, pois dele dependemos
radicalmente. Ora, o Criador se faz presente para nós em Jesus. Em Jesus habita
a plenitude da divindade (cf. Col 1,19). Por isso, é na maneira como nos
definimos diante de Jesus, que expressamos nossa posição frente ao Deus Criador.
O que o Pai quer é que o conheçamos e honremos na revelação que Ele fez de si
mesmo em Jesus.
* João 5,24: A
vida de Deus em nós através de Jesus. Deus é vida, é força criadora. Onde
ele se faz presente, a vida renasce. Ele se faz presente através da Palavra de
Jesus. Quem escuta a palavra de Jesus como sendo de Deus já está ressuscitado.
Já recebeu o toque vivificante que o leva para além da morte. Já passou da
morte para a vida. A cura do paralítico é a prova disso.
* João 5,25-29: A
ressurreição já está acontecendo. Os mortos somos todos nós que ainda
não nos abrimos para a voz de Jesus que vem do Pai. Mas “vem a hora, e é agora,
em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que o ouvirem viverão”.
Com a palavra de Jesus, vinda do Pai, iniciou-se a nova criação. Ela já está em
andamento. A palavra criadora de Jesus vai atingir a todos, mesmo os que já
morreram. Eles ouvirão e viverão.
* João 5,30:
Jesus é o reflexo do Pai. “Por mim mesmo nada posso fazer, eu julgo
segundo o que ouço, e meu julgamento é justo, porque não procuro fazer a minha
vontade, mas sim a vontade daquele que me enviou”. Esta frase final é o resumo
de tudo que foi refletido anteriormente. Esta era a compreensão que as
comunidades da época de João tinham e irradiavam a respeito de Jesus.
Para um confronto
pessoal
1) Como você
imagina o relacionamento entre Jesus e o Pai?
2) Como você vive a
fé na ressurreição?
ORAÇÃO - Ó glorioso S.
José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a
piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas
mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos
da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu
primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos
invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante
vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO
JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade
de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas
possessões.
ORAÇÃO: Deus, que por
vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para
Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter
como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor.
Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo. Amém.
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