ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos, ó
Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a
confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos
revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos
seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de
Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Textos: 1 Samuel 16, 1.
6-7.10-13; Efésios 5, 8-14; João 9, 1-41
Evangelho (Jo 9,1-41): Jesus ia passando, quando viu um cego de
nascença. Os seus discípulos lhe perguntaram: «Rabi, quem pecou para que ele
nascesse cego, ele ou seus pais?» Jesus respondeu: «Nem ele, nem seus pais
pecaram, mas é uma ocasião para que se manifestem nele as obras de Deus. É
preciso que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia. Vem a
noite, quando ninguém poderá trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do
mundo». Dito isso, cuspiu no chão, fez lama com a saliva e aplicou-a nos olhos
do cego. Disse-lhe então: «Vai lavar-te na piscina de Siloé» (que quer dizer:
Enviado). O cego foi, lavou-se e voltou enxergando. Os vizinhos e os que sempre viam o cego
pedindo esmola diziam: «Não é ele que ficava sentado pedindo esmola?» Uns
diziam: «Sim, é ele». Outros afirmavam: «Não é ele, mas alguém parecido com
ele». Ele, porém, dizia: «Sou eu mesmo». Então lhe perguntaram: «Como é que se
abriram os teus olhos?» Ele respondeu: “O homem chamado Jesus fez lodo, aplicou
nos meus olhos e disse-me: ‘Vai a Siloé e lava-te’. Eu fui, lavei-me e comecei
a ver». Perguntaram-lhe ainda: «Onde ele está?» Ele respondeu: «Não sei». Então levaram aos fariseus aquele que tinha
sido cego. Ora, foi num dia de sábado que Jesus tinha feito lodo, e abrira os
olhos do cego. Por sua vez, os fariseus perguntaram ao homem como tinha
recuperado a vista. Respondeu-lhes: «Ele aplicou lodo nos meus olhos, e eu fui
lavar-me e agora vejo!». Alguns dos fariseus disseram então: «Esse homem não
vem de Deus, pois não observa o sábado»; outros, no entanto, diziam: «Como pode
um pecador fazer tais sinais?» E havia divisão entre eles. Voltaram a
interrogar o homem que antes era cego: «E tu, que dizes daquele que te abriu os
olhos?» Ele respondeu: «É um profeta». Os judeus não acreditaram que ele
tivesse sido cego e que tivesse começado a ver, até que chamassem os pais dele.
Perguntaram-lhes: «Este é o vosso filho que dizeis ter nascido cego? Como é que
ele está enxergando agora?» Os seus pais responderam: «Sabemos que este é o
nosso filho e que nasceu cego. Como está enxergando, não sabemos. E quem lhe
abriu os olhos, também não sabemos. Perguntai a ele; é maior de idade e pode
falar sobre si mesmo». Seus pais disseram isso porque tinham medo dos judeus,
pois estes já tinham combinado expulsar da sinagoga quem confessasse que Jesus
era o Cristo. Foi por isso que os pais disseram: «Ele é maior de idade,
perguntai a ele». Os judeus, outra vez,
chamaram o que tinha sido cego e disseram-lhe: «Dá glória a Deus. Nós sabemos
que esse homem é um pecador». Ele respondeu: «Se é pecador, não sei. Só sei que
eu era cego e agora vejo». Eles perguntaram: «Que é que ele te fez? Como foi
que ele te abriu os olhos?». Ele respondeu: «Já vos disse e não me escutastes.
Por que quereis ouvir de novo? Acaso quereis tornar-vos discípulos dele?». Os
fariseus, então, começaram a insultá-lo, dizendo: «Tu, sim, és discípulo dele.
Nós somos discípulos de Moisés. Nós sabemos que Deus falou a Moisés; mas esse,
não sabemos de onde é». O homem respondeu-lhes: «Isto é de admirar! Vós não
sabeis de onde ele é? No entanto, ele abriu-me os olhos! Sabemos que Deus não
ouve os pecadores, mas se alguém é piedoso e faz a sua vontade, a este ele
ouve. Jamais se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de
nascença. Se esse homem não fosse de Deus, não conseguiria fazer nada». Eles
responderam-lhe: «Tu nasceste todo em pecado e nos queres dar lição?» E o
expulsaram. Jesus ficou sabendo que o
tinham expulsado. Quando o encontrou, perguntou-lhe: «Tu crês no Filho do
Homem?» Ele respondeu: «Quem é, Senhor, para que eu creia nele?» Jesus disse:
«Tu o estás vendo; é aquele que está falando contigo». Ele exclamou: «Eu creio,
Senhor!» E ajoelhou-se diante de Jesus. Então, Jesus disse: «Eu vim a este
mundo para um julgamento, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se
tornem cegos». Alguns fariseus que estavam com ele ouviram isso e lhe disseram:
«Porventura também nós somos cegos?» Jesus respondeu-lhes: «Se fôsseis cegos
não teríeis culpa; mas como dizeis: ‘Nós vemos’, o vosso pecado permanece».
«Vai lavar-te»
Rev.
D. Joan Ant. MATEO i García (La Fuliola, Lleida, Espanha)
Hoje, quarto domingo de Quaresma —chamado
domingo “alegrai-vos”— toda a liturgia nos convida a experimentar uma alegria
profunda, um grande gozo pela proximidade da Páscoa.
Jesus foi causa de uma grande alegria
para aquele cego de nascimento, a quem outorgou a vista corporal e a luz
espiritual. O cego acreditou e recebeu a luz de Cristo. Não assim, aqueles
fariseus que se achavam na sabedoria e na luz, permaneceram cegos pela sua
dureza de coração e pelo seu pecado. De fato, «Os judeus não acreditavam que
ele tivesse sido cego e que tivesse começado a ver, até que chamaram os pais
dele» (Jo 9,18).
Quão necessário se faz a luz de Cristo
para ver a realidade na sua verdadeira dimensão! Sem a luz da fé seríamos
praticamente cegos. Nós recebemos a luz de Jesus Cristo e faz falta que toda a
nossa vida seja iluminada por essa luz. Mais ainda, esta luz resplandecerá na
santidade da vida para que atraia a muitos que ainda a desconhecem. Tudo isso
supõe conversão e crescimento na caridade. Especialmente neste tempo de
Quaresma e nesta última etapa. São Leão Magno nos exorta: Mesmo que todo tempo
seja bom para se exercitar na virtude da caridade, estes dias de Quaresma nos
convidam a fazê-lo de uma forma mais urgente.
Somente uma coisa pode nos separar da luz
e da alegria que nos dá Jesus Cristo, e esta coisa é o pecado, o querer viver
longe da luz do Senhor. Desafortunadamente, muitos —as vezes, nós mesmos—
entramos neste tenebroso caminho e perdemos a luz e a paz. Santo Agostinho,
partindo da sua própria experiência, afirmava que não há nada mais infeliz do
que a felicidade daqueles que pecam.
A Páscoa está perto e o Senhor quer
comunicar-nos toda a alegria da Ressurreição. Disponhamo-nos para acolhê-la e
celebrá-la. «Vai lavar-te» (Jo 9,7), diz-nos Jesus... Lavemo-nos nas águas
purificadoras do sacramento da Penitencia! Aí encontraremos a luz e a alegria,
e realizaremos a melhor preparação para a Páscoa.
A cegueira do corpo e a cegueira da alma.
Cristo é a luz para ver.
Pe.
Antonio Rivero, L.C.
No seu encontro com a
samaritana, Jesus nos falou do mistério da vida sobrenatural por meio do
símbolo da água (domingo passado). Hoje nos fala da vitória da luz divina sobre
as trevas do pecado por meio do símbolo da doença e da cegueira (evangelho).
Somente assim, curados da cegueira, viveremos como filhos da luz e daremos
frutos de luz: bondade, justiça, pureza, caridade e verdade (segunda leitura).
Somente assim conservaremos a unção do nosso batismo, com a qual Deus nos fez
participar da sua graça e abriu os nossos olhos à sua luz, nos librando da
cegueira (primeira leitura)
Em primeiro lugar, a Quaresma é uma
chamada para fazer uma boa confissão dos nossos pecados, pois eles são a causa
da nossa cegueira espiritual. O pecado nubla e ofusca a nossa mente, mancha e
prostitui a nossa afetividade, debilita a nossa vontade. E assim adoecemos de
cegueira espiritual, de apatia anímica e de depressão, como este cego de
nascença (evangelho), que estava jogado fora do templo pedindo esmola. Jesus
exige que nos aproximemos d’Ele com fé, que gritemos com confiança e que
obedeçamos quando nos mande descer para nos banhar na piscina de Siloé da
confissão. Este cego, já curado da cegueira, tem um processo de visão
impressionante: primeiro confessa Jesus como “este homem”; depois o reconhece
como profeta; e, finalmente, como Deus. Se abriu ao dom da fé que Jesus lhe
ofereceu.
Em segundo lugar, Jesus apresenta a sua
missão salvífica como um dramático conflito entre a luz e as trevas. O mundo
malvado se esforça para apagar a Luz de Cristo, porque os homens que o integram
preferem as trevas à luz, já que as suas obras são más. A hora da paixão, que
vivemos na Semana Santa é a “hora das trevas” por excelência. Nós temos que ser
filhos da luz, e por isso, caminhar na luz (segunda leitura). Temos que
achegar-nos a essa piscina de Siloé que é a confissão, para que Cristo nos cure
da cegueira espiritual, que nos impede de ver as coisas da perspectiva de Deus
e como Deus as vê. Só os fariseus de coração continuarão cegos, porque não
querem aceitar Jesus. Altivos, não quiseram deixar-se iluminar por Jesus.
Creiam que viam, que possuíam o reto conhecimento de Deus; mas na realidade,
fecharam os olhos à luz, que é Cristo; vão à sua perdição. Ao contrário, o
cego, imagem do homem simples e reto, se abre à fé, recuperando a vista. Assim,
reconhece Jesus como salvador, e se salva.
Finalmente, cada um de nós deve se
aproximar de Cristo Luz, que quer iluminar a nossa vida, a nossa alma, os
nossos projetos, as nossas empresas. Cristo deseja me curar da minha
hipermetropia, da minha presbiopia, da minha miopia, do meu daltonismo. Somente
devo me aproximar da confissão, confessar os meus pecados, aceitar o seu perdão
e sair com uma vida nova, com os olhos curados. “Não existe pior cego do que
aquele que não quer ver”.
Para refletir: Deixamos
que a luz de Cristo nos penetre? Reconhecemos que somos cegos de nascença, por
culpa do pecado? Levamos a luz de Cristo aos nossos irmãos que ainda estão
cegos? Que frutos de luz estamos dando ao nosso redor?
Para qualquer sugestão ou dúvida,
podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org
ORAÇÃO - Ó glorioso S.
José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a
piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas
mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos
da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu
primeiro esmoler. Ah! Que nem um só de vossos servos possa dizer que vos
invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante
vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende
piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de
nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua
casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas
possessões.
ORAÇÃO: Deus, que por
vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para
Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter
como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor.
Vós que viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo. Amém.
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