sábado, 18 de março de 2017

MÊS DE SÃO JOSÉ - III Domingo da Quaresma

ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.

LECTIO DIVINA - Êxodo 17, 3-7; Romanos 5, 1-2.5-8; João 4, 5-42
Evangelho (Jo 4,5-42): Chegou, pois, a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto da propriedade que Jacó tinha dado a seu filho José. Havia ali a fonte de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se junto à fonte. Era por volta do meio dia.  Veio uma mulher da Samaria buscar água. Jesus lhe disse: «Dá-me de beber!» Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar algo para comer. A samaritana disse a Jesus: «Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?» De fato, os judeus não se relacionam com os samaritanos. Jesus respondeu: «Se conhecesses o dom de Deus e quem é aquele que te diz: ‘Dá-me de beber’, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva». A mulher disse: «Senhor, não tens sequer um balde, e o poço é fundo; de onde tens essa água viva? Serás maior que nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual bebeu ele mesmo, como também seus filhos e seus animais?» Jesus respondeu: «Todo o que bebe desta água, terá sede de novo; mas quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede, porque a água que eu darei se tornará nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna».  A mulher disse então a Jesus: «Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem tenha de vir aqui tirar água”. Ele lhe disse: “Vai chamar teu marido e volta aqui!» — «Eu não tenho marido», respondeu a mulher. Ao que Jesus retrucou: «Disseste bem que não tens marido. De fato, tiveste cinco maridos, e o que tens agora não é teu marido. Nisto falaste a verdade».  A mulher lhe disse: «Senhor, vejo que és um profeta! Os nossos pais adoraram sobre esta montanha, mas vós dizeis que em Jerusalém está o lugar em que se deve adorar». Jesus lhe respondeu: «Mulher, acredita-me: vem a hora em que nem nesta montanha, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. Estes são os adoradores que o Pai procura. Deus é Espírito, e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade».  A mulher disse-lhe: «Eu sei que virá o Messias (isto é, o Cristo); quando ele vier, nos fará conhecer todas as coisas». Jesus lhe disse: «Sou eu, que estou falando contigo».  Nisto chegaram os discípulos e ficaram admirados ao ver Jesus conversando com uma mulher. Mas ninguém perguntou: «Que procuras?», nem: «Por que conversas com ela?». A mulher deixou a sua bilha e foi à cidade, dizendo às pessoas: «Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não será ele o Cristo?» Saíram da cidade ao encontro de Jesus. Enquanto isso, os discípulos insistiam com Jesus: «Rabi, come!» Mas ele lhes disse: «Eu tenho um alimento para comer, que vós não conheceis». Os discípulos comentavam entre si: “Será que alguém lhe trouxe alguma coisa para comer?» Jesus lhes disse: «O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e levar a termo a sua obra. Não dizeis vós: ‘Ainda quatro meses, e aí vem a colheita! ’? Pois eu vos digo: levantai os olhos e vede os campos, como estão dourados, prontos para a colheita! Aquele que colhe já recebe o salário; ele ajunta fruto para a vida eterna. Assim, o que semeia se alegra junto com o que colhe. Pois nisto está certo o provérbio ‘Um é o que semeia e outro é o que colhe’: eu vos enviei para colher o que não é fruto do vosso cansaço; outros se cansaram e vós entrastes no que lhes custou tanto cansaço». Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus por causa da palavra da mulher que testemunhava: «Ele me disse tudo o que eu fiz». Os samaritanos foram a ele e pediram que permanecesse com eles; e ele permaneceu lá dois dias. Muitos outros ainda creram por causa da palavra dele, e até disseram à mulher: «Já não é por causa daquilo que contaste que cremos, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo».

«Dá-me de beber!»

P. Júlio César RAMOS González SDB (Mendoza, Argentina)

Hoje, como naquele meio-dia em Samaria, Jesus aproxima-se da nossa vida, na metade de nosso caminho Quaresmal, pedindo-nos como à Samaritana: «Dá-me de beber!» (Jo 4,7) «Sua sede material — nos diz São João Paulo II — é signo de uma realidade muito mais profunda: manifesta o ardente desejo de que, tanto a mulher com a que fala como os demais samaritanos, abram-se a fé».

O Prefácio da celebração eucarística de hoje nos falará de que este diálogo termina com uma troca salvífica onde o Senhor, «(...) ao pedir água à Samaritana, já tinha infundido nela a graça da fé, e se quis estar sedento da fé daquela mulher, foi para acender nela o fogo do amor divino».

Esse desejo salvador de Jesus tornado “sede” é, hoje em dia também, “sede” de nossa fé, de nossa resposta de fé perante tantos convites quaresmais à conversão, à mudança, a nos reconciliar com Deus e os irmãos, a nos preparar o melhor possível para receber uma nova vida de ressuscitados na Páscoa que se nos aproxima.

«Sou eu, que estou falando contigo» (Jo 4,26): esta direta e manifesta confissão de Jesus sobre sua missão, coisa que não tinha feito com ninguém antes, mostra igualmente o amor de Deus que se faz mais procura do pecador e promessa de salvação que saciará abundantemente o desejo humano da Vida verdadeira. É assim que, mais para frente neste mesmo Evangelho, Jesus proclamará: «Se alguém tiver sede, venha a mim e beba, quem crê em mim, como diz a Escritura: ‘Do seu interior manarão rios de água viva’» (Jo 7,37b-38). Por isso, o teu compromisso é hoje sair de ti e dizer aos homens: « Vinde ver um homem que me disse tudo...» (Jo 4,29).

A Quaresma é um tempo para ter sede do Deus vivo. Deus oferece-nos a água restauradora e vivificante no Lado aberto do Salvador. E na Páscoa ficaremos saciados sem necessidade de ir a outras fontes.

Pe. Antonio Rivero, L.C.

No domingo passado Jesus nos convidava a subir ao Monte Tabor. Hoje nos oferece a água viva, que é Ele mesmo. Mas temos que lhe pedir, como fez o povo de Israel com Moisés (primeira leitura) e a samaritana (evangelho). Pedir com Fé e esperança (segunda leitura).  A Sua água, que brotará do Lado de Cristo aberto na Páscoa, sacia os nossos desejos de felicidade (evangelho).

Em primeiro lugar, a água é um dos símbolos que aparece com mais frequência na Sagrada Escritura, cuja contrapartida no homem é a sede. Símbolo um pouco difícil de perceber em toda a sua força, já que vivemos em um país que, em geral a água é abundante. Não é difícil obtê-la. Basta abrir a torneira. Na Palestina, ao contrário, quando havia escassez era um dos produtos mais apreciados, o primeiro e o mais fundamental para a sobrevivência do homem. A água é também a condição de fecundidade da terra. Sem ela, temos desertos áridos, zona de fome e de sede, e como consequência, se não há poços ou tanques, a morte de homens, animais e vegetais. Possuir fontes de água na Palestina é signo de riqueza e de benção divina.

Em segundo lugar, A Bíblia usa com frequência a imagem da água para expressar o mistério da relação entre Deus e o homem. Deus é a fonte da vida para o homem e lhe dá forças para florescer no amor e na fidelidade. Distanciar-se dele é morrer de sede. Perguntemos a Samaritana do evangelho de hoje. Longes de Deus, o homem não é senão terra árida, sem água, destinado a morrer. A alma sente saudades de Deus porque tem o jarro do coração vazio (evangelho). Mas se Deus está com o homem, este se transforma em um horto, possuindo em si a fonte mesma que lhe faz viver. A água é assim o símbolo do Espírito de Deus, capaz de transformar um deserto em um florescente pomar e um povo infiel em um verdadeiro Israel (primeira leitura). E com essa água poderemos regar também a nossa família e os nossos sonhos.

Finalmente, Jesus veio trazer-nos as suas águas vivificantes, como à samaritana. Ele é a rocha de onde sai essa água. O que nós temos que fazer é golpear com a fé e com a esperança essa rocha (primeira leitura). Essa rocha para nós é o lado aberto de Jesus que destila água viva e curadora nos sacramentos. Necessitamos levar o balde da nossa vida, mesmo que esteja furado e seco, e Jesus o concertará como fez com a samaritana (evangelho). Jesus, com ternura e delicadeza, foi elevando pouco a pouco esta mulher ao nível da fé, para que ela pudesse erguer-se até o seu lado aberto e beber.

Para refletir: Aonde posso encontrar a Jesus hoje como água viva? Tenho o balde preparado para receber essa água vivificante, santificadora e curadora? Aonde vou saciar a minha sede: nos poços contaminados deste mundo ou na fonte de Cristo que a Igreja conserva intacta e viva nos sacramentos e na piedade popular?     

Qualquer sugestão ou dúvida podem comunicar-se com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org

ORAÇÃO - Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! Que nem um só de vossos servos possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de Maria. Amém.

LADAINHA DE SÃO JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.

V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.

ORAÇÃO: Deus, que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo. Amém.

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