Textos: Eclesiástico 3, 2-6.12-14;
Colossenses 3, 12-21; Mateus 2, 13-15.19-23
Evangelho (Mt
2,13-15.19-23): Depois que os magos se
retiraram, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: «Levanta-te,
toma o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise,
porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo». José levantou-se, de noite,
com o menino e a mãe, e retirou-se para o Egito; e lá ficou até à morte de
Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor tinha dito pelo profeta: «Do Egito
chamei o meu filho». Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho
a José, no Egito, e lhe disse: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e volta
para a terra de Israel; pois já morreram aqueles que queriam matar o menino».
Ele levantou-se, com o menino e a mãe, e entrou na terra de Israel. Mas quando
soube que Arquelau reinava na Judéia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de
ir para lá. Depois de receber em sonho um aviso, retirou-se para a região da Galileia
e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que
foi dito pelos profetas: «Ele será chamado nazareno».
«Levanta-te, toma o
menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel»
Rev. D. Joan Ant. MATEO i García (La Fuliola, Lleida,
Espanha)
Hoje
contemplamos o mistério da Sagrada Família. O Filho de Deus inicia sua andança
entre os homens no seio de uma família. São os desígnios do Pai. A família será
sempre o habitat humano insubstituível. Jesus tem um pai legal que o “leva” e
uma Mãe que não se separa Dele. Deus se serviu em todo momento de São José,
homem justo, esposo fiel e pai responsável para defender à Família de Nazaré:
«Depois de sua partida, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse:
Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te
avise, porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo. » (Mt 2,13).
Hoje, mais
que nunca, a Igreja está chamada a proclamar a boa nova do Evangelho da Família
e a vida. Hoje más que nunca, uma cultura profundamente inumana tenta impor um
anti-evangelho de confusão e de morte. João Paulo II nos lembrava em sua
exortação Ecclesia in Europa: «A Igreja deve propor com fidelidade a verdade
sobre o matrimonio e a família. É uma necessidade que sente de maneira urgente,
porque sabe que esta tarefa lhe compete pela missão evangelizadora que seu
Esposo e Senhor lhe confiou e que hoje se expressa com especial urgência. O
valor da indissolubilidade matrimonial se corrompe cada vez mais; se reclamam
formas de reconhecimento legal das convivências de fato, equiparando-as ao
matrimonio legítimo...».
«Depois de
sua partida, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: Levanta-te,
toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise,
porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo. » (Mt 2,13). Herodes ataca
novamente, mas não temamos, porque a ajuda de Deus não nos faltará. Vamos a
Nazaré! Redescubramos a verdade da família e da vida. Vivamos gozosamente e
anunciemos aos nossos irmãos sedentos de luz e esperança. O Papa nos convoca a
isso: «É preciso reafirmar tais instituições [o matrimonio e a família] como
provenientes da vontade de Deus. Além disso, é necessário servir ao Evangelho
da vida».
Novamente,
«Com a morte de Herodes, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egito,
e disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e retorna à terra de Israel,
porque morreram os que atentavam contra a vida do menino. » (Mt 2,19-20). O
retorno de Egito é iminente!
Esse Menino que nasce em
Belém nasce numa família humana, que é modelo para todas as famílias.
P. Antonio Rivero, L.C.
Em primeiro
lugar, nos perguntemos como vivia esta família humana de Jesus. Unidos na
oração e na obediência a Deus: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para
o Egito … retorna à terra de Israel”. Unidos no amor mútuo: “levantou-se
durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito”. Unidos no
trabalho, na dor e nas provações: “…porque Herodes vai procurar o menino para o
matar” (Evangelho). Um programa para as famílias de hoje.
Em segundo
lugar, nos perguntemos como vivem algumas das nossas famílias hoje. Umas,
unidas na oração, no amor e na dor. Outras, nem tanto, experimentando a
separação, o divórcio, vivendo como se Deus não existisse e se deixando levar
pelo canto das sereias, deixando as janelas da afetividade abertas de par em
par aos novos ares de libertação, ou abrindo a porta do coração a piratas
intrusos que pretendem somente destroçar a barca matrimonial e familiar.
Famílias que vivem por motivos de interesse, ou de mera convivência civilizada,
e não na fé, na oração e na certeza de saber que são amadas e abençoadas por
Deus com um santo Sacramento.
Finalmente,
nos perguntemos como deveriam viver as nossas famílias, seguindo o exemplo da
Sagrada Família de Nazaré. Deus no centro. O amor como motivação e coroa. A dor
como prova para exercitar as virtudes teologais e olhar para o alto. Os filhos
honrando os seus pais, não lhes causando tristezas, obedecendo-lhes (segunda
leitura) e cuidando deles na velhice (primeira leitura). Os pais revestidos de
respeito e amor entre eles, e de bondade, humildade, mansidão, paciência,
perdão, amor para com os filhos e piedade e gratidão com Deus (segunda
leitura).
Para refletir:
Pais de
família: parecem com José? Mães, parecem com Maria? Filhos, parecem com o
Menino Jesus?
Meditam
juntos sobre o Quarto Mandamento da lei de Deus, tão bem explicado no Catecismo
da Igreja Católica nos números 2217-2218?
Para qualquer sugestão
ou dúvida, podem se comunicar com o padre Antônio neste e-mail:
arivero@legionaries.org
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