sexta-feira, 24 de junho de 2016

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – XIII Domingo do Tempo Comum

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.

Textos: 1 Re 19, 16b.19-21; Gal 5, 1.13-18; Lc 9, 51-62

Evangelho (Lc 9,51-62): Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então, ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém, e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos para conseguir alojamento para Jesus. Mas, os samaritanos não o receberam, porque Jesus dava a impressão de quem se dirigia para Jerusalém. Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para acabar com eles? »  Jesus, porém, voltou-se e os repreendeu. E partiram para outro povoado. Enquanto iam andando, alguém no caminho disse a Jesus: «Eu te seguirei para onde quer que fores». Mas Jesus lhe respondeu: «As raposas têm tocas, e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça». Jesus disse a outro: «Siga-me». Esse respondeu: «Deixa primeiro que eu vá sepultar meu pai».  Jesus respondeu: «Deixe que os mortos sepultem seus próprios mortos; mas, você, vá anunciar o Reino de Deus».  Outro ainda lhe disse: «Eu te seguirei, Senhor, mas deixa primeiro que eu vá me despedir do pessoal de minha casa».  Mas Jesus lhe respondeu: «Quem põe a mão no arado e olha para trás não serve para o Reino de Deus».

O risco da rejeição do Evangelho

Com base nos textos de Bento XVI

Hoje, ao nosso redor vemos todos os dias que muitos permanecem indiferentes. A confiança na ação do Espírito Santo deve impelir-nos sempre a ir e anunciar o Evangelho, ao testemunho corajoso da fé; mas para além da possibilidade de uma resposta positiva ao dom da fé há inclusive o risco da rejeição do Evangelho, do não-acolhimento do encontro vital com Cristo.

Já santo Agostinho apresentava este problema num seu comentário à parábola do semeador: «Nós falamos — dizia — lançamos a semente, espalhamos a semente. Há aqueles que desprezam, aqueles que repreendem, aqueles que zombam. Se os tememos, não teremos mais nada para semear, e no dia da ceifa permaneceremos sem colheita»

A rejeição não nos pode desencorajar. Como cristãos, somos testemunhas deste terreno fértil: apesar dos nossos limites, a nossa fé demonstra que existe a terra boa, onde a semente da Palavra de Deus produz frutos abundantes de justiça. E toda a história da Igreja, com todos os problemas, demonstra também que existe a terra boa, que existe a semente boa, e dá fruto.

Deus pede radicalidade.

Pe. Antonio Rivero, L.C.

S. Josemaria Escrivá, presbítero
Terceiro Carmelita
Se no domingo passado Cristo anunciava a sua Paixão e convidava os seus seguidores a carregar também eles a sua cruz cada dia, agora se aproxima a hora da verdade e se encaminha com decisão à Jerusalém, dando por terminada a sua pregação em terras de Galileia. A Eliseu custou seguir Elias, despedir-se dos seus pais e sacrificar a sua junta de bois, que era o que tinha (1ª leitura). Este desprendimento radical e seguimento de Cristo tem que ser na liberdade e desde a liberdade (2ª leitura).

Em primeiro lugar, Deus pediu radicalidade aos profetas. Abramos a Bíblia. Hoje mesmo na primeira leitura. Elias no campo, viu Eliseu com os bois que aravam, tirou o manto e se lançou sobre os seus ombros. “Deixa-me dizer adeus aos meus pais”, pediu-lhe. “Vai e volta”, disse-lhe Elias. Quando voltou, sacrificou os seus dois bois, assou-os no fogo dos instrumentos de lavoura, celebrou com os seus trabalhadores a ceia do adeus e foi embora com o profeta (cf. 1 Re 19, 16-21). A permissão que pede para se despedir dos seus pais não tem como finalidade procrastinar a sua decisão, mas servirá precisamente para mostrar a sua radicalidade. A Abraão mandou sair da sua terra e ir a outra que Deus lhe indicaria. A Moisés ordenou ir diante do faraó e dar um discurso que nada tinha de gelatina mole. E do mesmo jeito com Isaias, a quem um querubim purificou os lábios com uma brasa do altar (cf. Is 6, 6-7); a Jeremias o mesmo Deus tocou os lábios (cf. Jer 1,9); a Ezequiel deu para comer um livro enrolado que tinha gosto de méis (cf. Ez 3, 1-3); a Jonas, que mandou pregar uma dura mensagem de conversão ao povo de Nínive. Deus foi radical com os profetas. Ninguém pode negar isso. Ele é o Senhor, o Criador. Nós, as suas criaturas e os seus servos. Sim, também será Pai. Mas teve que vir Cristo para revelá-lo.

Em segundo lugar, Cristo pediu radicalidade aos apóstolos. Porque cristão é mais do que profeta. O evangelho é mais exigente que o Antigo Testamento. Abramos o evangelho de hoje. Jesus, a um que pedia a permissão do adeus aos seus pais que Eliseu fez a Elias, respondeu-lhe que “o que põe a sua mão no arado e continua olhando para trás, não serve para o Reino de Deus”. É ou não é exigente e radical este Jesus? E à pressa que seguia: sabes que se as raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, tu não terás nem sequer um travesseiro para recostar a cabeça. De outro não aceita a desculpa dilatória de que tem que enterrar o seu pai: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos”. Outra vez radicalidade, porque tem muito trabalho e não podemos nos entreter em coisas secundárias. No primeiro caso, vemos que não por ser bons cristãos, ou por seguir a vocação religiosa ou ministerial, prometem-se vantagens temporais. Com a segunda resposta, Jesus não desautoriza certamente a boa obra de enterrar os mortos. O que temos que ver é que não podemos procrastinar o nosso seguimento e o nosso trabalho pelo Reino. Tem que renunciar os laços da família se nos pede a missão evangelizadora, como fazem tantos cristãos quando se sentem chamados à vocação religiosa ou ministerial…, e tantos missionários, também leigos, que decidem trabalhar por Cristo deixando tudo. Não podemos fazer uma cirurgia estética no evangelho por respeito ao Respeitável. Estes do evangelho de hoje, seguiram Jesus diante de tanta radicalidade, ou resolveram “picar a mula”, isto é, fugir e não voltar a saber mais nada de Jesus?     

Bta Mª Josefina de Jesus Crucificado
Virgem de nossa Ordem
Finalmente, Cristo nos pede e nos pedirá radicalidade a todos nós, isso está claro. Portanto, diante do evangelho temos que escolher: radicalidade ou frivolidade; radicalidade ou evangelho para colocar no bolso e com edição reduzida; radicalidade ou evangelho light. Pois parece que o homem atual sim está para radicalismos religiosos! Boa está a religião e a Igreja para exigir deles! O radicalismo que pede o evangelho é a fé ou aceitação radical de Jesus como Filho de Deus, a esperança ou confiança radical em Jesus como salvador do mundo e a caridade ou entrega radical à vontade de Deus. A radicalidade do evangelho está em pensar como Jesus pensava, taxar e valorizar as coisas como Ele fazia, trabalhar como Ele trabalhou e amar como Ele amou, adorar como Ele adorava, chorar e perdoar como Ele fazia, morrer como Ele morria para ressuscitar. A radicalidade evangélica é triple: a disponibilidade sem condições a Deus; a entrega a Deus sem contemplações, e a vida consequente e sem exceções. É a exigência de Jesus aos seus, aos cristãos. Esta radicalidade se concretiza na vivência dos mandamentos, na moral matrimonial, na moral sexual e na doutrina social da Igreja. Quem não entender esta radicalidade, sempre estará pondo “almofadas” às exigências de Cristo e tentará aguar a radicalidade evangélica. Quem se entregar a esta radicalidade, será livre no seu interior, sobretudo será livre do egoísmo e viverá segundo o Espírito (2ª leitura).

Para refletir: Aceitamos ou não esta radicalidade de Jesus? Por que? Por medo do inferno ou por amor e santo temor de Deus? Trato de viver esta radicalidade no meu matrimônio, na minha família? Os apóstolos deixaram os seus barcos e as suas redes; Eliseu, os seus bois e a sua família… o que sou capaz de sacrificar para ser fiel à minha vocação cristã no meio do mundo que tem outro estilo de vida?

Para rezar: Rezemos com Santo Inácio de Loiola.
Tomai, Senhor, e recebei
Toda a minha liberdade,
A minha memória,
O meu entendimento
E toda a minha vontade;
Tudo o que tenho e tudo o que sou.
Destes-me tudo,
A Vós, Senhor, devolvo.
Tudo é vosso:
Disponde de tudo
Segundo a vossa Vontade.
Dai-me o vosso Amor e Graça,
Que isto me basta.
Amém.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:  arivero@legionaries.org

LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
Coração de Jesus, de majestade infinita,
Coração de Jesus, templo santo de Deus,
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu,
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade,
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor,
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes,
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor,
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações,
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência,
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
Coração de Jesus, no qual o Pai Celeste põe as suas complacências,
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos,
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,
Coração de Jesus, paciente e misericordioso,
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade,
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados,
Coração de Jesus, saturado de sofrimentos,
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,
Coração de Jesus, feito obediente até a morte,
Coração de Jesus, atravessado pela lança,
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição,
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação,
Coração de Jesus, vítima dos pecadores,
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam,
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram,
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.

CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta Margarida Maria)
Eu... (Nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar. É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós. Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

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