sexta-feira, 17 de junho de 2016

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – Domingo XII do Tempo Comum

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.

Textos:  Zac 12, 10-11; Gal 3, 26-29; Lc 9, 18-24

Evangelho (Lc 9,18-24): Jesus estava orando, a sós, e os discípulos estavam com ele. Então, perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; outros ainda acham que algum dos antigos profetas ressuscitou». Mas Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que eu sou?». Pedro respondeu: «O Cristo de Deus». Mas ele advertiu-os para que não contassem isso a ninguém.  E explicou: «É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar». Depois, Jesus começou a dizer a todos: «Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a salvará».

«E vós, quem dizeis que eu sou?»

Rev. D. Ferran JARABO i Carbonell (Agullana, Girona, Espanha)

Hoje, no Evangelho, Jesus situa-nos ante uma pergunta fundamental. Da sua resposta depende a nossa vida: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Lc 9,20). Pedro respondeu em nome de todos: «O Cristo de Deus». Qual a nossa resposta? Conhecemos suficientemente Jesus para poder responder? A oração, a leitura do Evangelho, a vida sacramental, e a Igreja são as fontes que os levam a conhecê-lo e "vive-lo". Até que não podamos responder com Pedro com todo o coração e a mesma humildade..., com certeza ainda não deixaremos nos transformar por Ele. Devemos sentir como Pedro, temos que lograr sentir como a Igreja para poder responder satisfatoriamente à pergunta de Jesus!

Mas o Evangelho de hoje acaba com uma exortação a seguir ao Senhor desde a humildade, desde a negação e a cruz. Seguir a Jesus deste jeito apenas pode dar salvação, liberdade. «O que acontece com o ouro puro, também acontece com a Igreja; ou seja, quando passar pelo fogo, não fica ruim, ao contrario, acrescenta o seu esplendor» (Santo Ambrosio). Nem a contrariedade, nem a perseguição por causa do Reino, devem-nos dar receio, mas devem ser motivo de esperança e, inclusive da alegria. Dar a vida por Cristo não é perdê-la, é ganhá-la para toda a eternidade. Jesus pede nos humilharmos totalmente por fidelidade ao Evangelho, Ele quer que, livremente, demos-lhe a nossa existência toda. Vale a pena dar a vida pelo Reino!

Seguir, imitar, viver a vida da graça, em fim, permanecer em Deus é o objetivo da nossa vida cristã: «Deus se fez homem para que imitando o exemplo de um homem, o que é possível, cheguemos a Deus, o que antes era impossível» (Santo Agostinho). Que Deus, com a força do seu Espírito Santo, ajude-nos com isso!

Seguir a Cristo nunca é fácil.

Pe. Antonio Rivero, L.C.

São João Batista
Síntese da mensagem: Seguir a Cristo requer levar a sério as condições que hoje Cristo nos coloca: “Se alguém quiser vir detrás de mim, que não se busque a si, que tome a sua cruz de cada dia e me siga”. Não buscarmos a nós mesmos, que é egoísmo, mas a vontade de Deus. Pegar cada um a sua própria cruz de cada dia, participação de alguma farpa da cruz de Cristo: cruz física, cruz psicológica, cruz moral, cruz espiritual. Seguir a Cristo, pois Ele deixou bem nítidas as pegadas no evangelho, no Sacrário e no pobre necessitado.

Em primeiro lugar, não foi fácil seguir a Cristo durante a sua vida terrena. Perguntemos a esse jovem rico do evangelho que deu as costas a Cristo (cf. Mc 10, 17-30). Perguntemos a esses escribas e fariseus, que embora escutavam, não se abriram à fé Nele e preferiram seguir atados aos seus pergaminhos, tradições e sobretudo, à sua soberba. Perguntemos a quantos Cristo deu de comer e encheu o estômago deles de pão material, mas quando lhes vaticinou o outro Pão, o Pão do seu Corpo (cf. Jo 6), retiraram-se muitos e o abandonaram. Perguntemos a Pedro que quando Cristo fez o se anúncio da paixão e morte, quis dissuadi-lo para mudar de ideia; e Cristo somente lhe disse bem firme: “Afasta-te de mim, Satanás, pensas como os homens e não como Deus”. Perguntemos aos mesmos apóstolos, escolhidos por Cristo, que demoraram tanto em entender a mensagem de Jesus, e falharam justamente na hora da Paixão, deixando-o sozinho, a exceção de João. Perguntemos a quantos escutaram aquelas palavras: “Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, pegue a sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24); fizeram como que não ouviram e seguiram outro caminho, em busca talvez de um profeta que lhes prometa a felicidade sem cruz e sem renúncia. Com quantos amigos terminou Cristo na sua vida terrena? Podemos contar com os dedos das mãos. Sim, seguir a Cristo é difícil, porque é subida, o caminho é espinhoso em muitas ocasiões, poucos momentos de oásis e muito suor e lágrimas. Mas a presença de Cristo consola, anima, fortalece e fortifica a nossa alma e o nosso corpo. E hoje encontramos essa presença especialmente na oração, nos sacramentos e na caridade com o pobre, onde Ele se faz também carne necessitada de um gole de água, de um pedaço de vestido, de um teto para abrigar-se. 

Em segundo lugar, não foi fácil seguir a Cristo durante os primeiros séculos do Cristianismo, quando Jesus subiu ao céu. “Crucifica-o”. Este grito dos judeus contra Jesus continua sendo escutado durante três primeiros séculos contra os cristãos. “Christiani ne sint” (morram os cristãos), reza o edito imperial. Mas os discípulos de Cristo crucificado, sem outras armas que a sua paciência e a sua verdade, superam todas as ciladas. Até o governo de Nero a Igreja pôde se propagar com certa liberdade. Deste este imperador até o século IV se perseguiu à morte os cristãos, procurando aniquilá-los por todos os meios. Eles mantiveram firmes a sua fé até a morte, com o auxílio divino: homens, mulheres e crianças sofreram alegres os tormentos e a morte por se confessarem cristãos. Muitos pagãos se converteram ao ver o seu valor nos tormentos e o exemplo na sua vida impecável: Quantas perseguições? Houve 10 perseguições gerais, que se estendiam por todo o Império; e muitas perseguições locais que afetavam só tal o qual província. Que tormentos? Às vezes serviam de espetáculo à plebe ávida de sangue e emoções fortes: crucifixão, bestas no circo, fogo lento, tochas… Estes tormentos foram sem dúvida terríveis nas últimas perseguições, nas que se pretendia quebrantar a vontade e conseguir a sua apostasia: fome, dentes de ferro, flagelação até deixar descobertos os ossos, azeite fervendo e pele derretendo, etc. Como sofriam e morriam os primeiros cristãos? Serenos e em paz, com ânsias de se unirem a Cristo. Humildes e caridosos, perdoando os seus verdugos e rogando pela sua salvação. Às vezes discutiam com os seus juízes demonstrando-lhes a verdade da religião. O Espírito que neles habitava colocava na boca deles as palavras que tinha que responder. Causas das perseguições? A verdadeira causa era que a vida exemplar dos cristãos constituía uma constante repreensão dos vícios pagãos. Jesus tinha anunciado claramente: “Sereis perseguidos porque não sois do mundo”. Os pretextos que punham os perseguidores eram: são inimigos do estado, poia não acatam às ordens do imperador, são ímpios e atraem as maldições dos deuses, não querem tributar-lhes culto. Tertuliano lhes respondeu: “Ide aos vossos cárceres e vede quantos pagãos criminais há neles e quantos criminais cristãos: depois julgai vós”. Outros pretextos: cometem crimes tremendos na celebração dos seus mistérios: p.e., comem crianças… São causa de divisão dentro do império.      

Finalmente, não será fácil para cada um de nós, os seus seguidores. Seguir a Cristo na política não é fácil. Como acabou sir Thomas Moro, primeiro ministro, na Inglaterra do século XVI, com o rei adúltero Henrique VIII? Seguir a Cristo na medicina não é fácil. Quantos médicos diante da objeção de consciência, por não aceitar o aborto, foram despedidos das clínicas! Seguir a Cristo na economia não é fácil. Como acabam os economistas que fazem luz às corrupções? Seguir a Cristo no meio pagão e descristianizado, não é fácil; esses cristãos honestos não conseguem postos e são marginalizados e humilhados. Seguir a Cristo no matrimônio e na família, não é fácil. Seguir a Cristo como jovem que não se deixa levar por esses ambientes que oferecem “pão e circo”, não é fácil. Seguir a Cristo como religiosas e freiras, não é fácil. Seguir a Cristo como sacerdotes fiéis ao celibato, não é fácil. Seguir a Cristo cuidando e dedicando-se aos pobres, enfermos e anciãos, não é fácil.     

Para refletir: Penso seguir a Cristo desde a comodidade? Levo a minha cruz com serenidade e amor, unida à cruz de Cristo? Já coloquei os meus pés nas pegadas que Cristo deixou no evangelho?

Para rezar: Nem sempre sois o meu tesouro, Senhor. Nem sempre tenho-vos no centro da minha vida. Porém, quero lutar para optar cada vez mais por Vós. Quero descobrir-vos e ter-vos como o único e mais prezado tesouro da minha vida. Nem sempre sois o meu Senhor. As riquezas, o ter, o consumo… me atraem demais e me acostumam ao cômodo, ao que é fácil. Sei que seguir-vos exige sacrifício, que deixar-me levar por esses senhores, afastar-me-á irremediavelmente de Vós. Quero ser livre e ter-vos como o meu único Senhor.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:  arivero@legionaries.org

LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
Coração de Jesus, de majestade infinita,
Coração de Jesus, templo santo de Deus,
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu,
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade,
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor,
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes,
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor,
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações,
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência,
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências,
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos,
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,
Coração de Jesus, paciente e misericordioso,
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade,
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados,
Coração de Jesus, saturado de sofrimentos,
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,
Coração de Jesus, feito obediente até a morte,
Coração de Jesus, atravessado pela lança,
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição,
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação,
Coração de Jesus, vítima dos pecadores,
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam,
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram,
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.

CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta Margarida Maria)
Eu...(nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para honrá-lo, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer, nem me separar de Vós. Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.


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