ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor,
todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem
todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os
exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para
vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de
santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada,
minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me
sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do
céu dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo
das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção.
Amém.
Textos: Prov 8, 22-31; Rom 5, 1-5; Jo 16,
12-15
Evangelho
(Jo 16,12-15): «Tenho ainda muitas
coisas a vos dizer, mas não sois capazes de compreender agora. Quando ele vier,
o Espírito da Verdade, vos guiará em toda a verdade. Ele não falará por si
mesmo, mas dirá tudo quanto tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele
me glorificará, porque receberá do que é meu para vos anunciar. Tudo que o Pai
tem é meu. Por isso, eu vos disse que ele receberá do que é meu para vos
anunciar».
«Quando ele vier, o
Espírito da Verdade, vos guiará em toda a verdade»
+ Cardeal Jorge MEJÍA Arquivista e Bibliotecário de la
S.R.I. (Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje,
celebramos a solenidade do mistério central da nossa fé, do qual tudo procede e
para o qual tudo se dirige. O mistério da unidade de Deus e, simultaneamente, a
sua subsistência em três Pessoas iguais e distintas. Pai, Filho e Espírito
Santo: a unidade na comunhão e a comunhão na unidade. É muito conveniente que
nós, os cristãos estejamos conscientes, neste grande dia, de que este mistério
está presente nas nossas vidas: desde o Batismo — que recebemos em nome da
Santíssima Trindade — até à nossa participação na Eucaristia, que se realiza
para glória do Pai, pelo Seu Filho Jesus Cristo, graças ao Espírito Santo. E é
o sinal pelo qual nos reconhecemos como cristãos: o Sinal da Cruz, em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A
missão do Filho, Jesus Cristo, consiste na revelação do Pai, do qual é imagem
perfeita, e no dom do Espírito, também revelado pelo Filho. A leitura do
Evangelho, hoje proclamada, no-lo mostra: o Filho tudo recebe do Pai em
perfeita unidade: «Tudo que o Pai tem é meu», e o Espírito recebe do Pai e do
Filho o que Ele é. «Por isso, eu vos disse — disse Jesus — ‘que ele receberá do
que é meu para vos anunciar’» (Jo 16,15). E noutra passagem deste mesmo
discurso (15,26): «Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o
Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim».
Aprendamos
esta grande e consoladora verdade: A Santíssima Trindade, longe de se colocar à
parte, distante e inacessível, vem até nós, habita em nós e transforma-nos em
seus interlocutores. E isto por meio do Espírito, que assim nos guia até à
verdade total (cf. Jo 16,13). A incomparável “dignidade do cristão”, da qual S.
Leão Magno fala várias vezes, é esta: possuir em si mesmo o mistério de Deus e,
então, ter já na terra a própria “cidadania” no céu, quer dizer, no seio da
Santíssima Trindade.
Quem é Deus?
Pe. Antonio Rivero, L.C.
Síntese
da mensagem: Toda a nossa vida cristã gira- ou deveria girar- ao redor da
Santíssima Trindade. Levantamo-nos e deitamos no nome da Trindade. Trabalhamos
e sofremos no nome da Trindade. Celebramos e participamos nos sacramentos e
fazemos oração no nome da Trindade. Comemos e compartilhamos o nosso pão no
nome da Trindade Santa. Toda a nossa vida deveria ser um diálogo entre nós e o
Pai, feito por meio de Jesus Cristo, à luz e com o sustento do Espírito Santo.
Em
primeiro lugar, um pouco de história. Conta São Gregório de Nisa, que nos seus
tempos do século IV era impossível ir à praça do mercado para comprar pão, às
termas para tomar uma sauna, aos cambistas para falar de dinheiro, etc., sem
agarrar-se uns e outros pelos cabelos ao tocar o tema do mistério da Trindade.
Informam os historiados que Constantino tinha o seu império em dois partidos
mal trilhados: os arianos, cujo chefe Arrio, clérigo sem mitra nem báculo,
dizia que o Pai é Deus, mas o Filho não; e os atanásios, cujo chefe, Atanásio,
clérigo também sem mitra nem báculo, dizia que o Filho é tão Deus como o Pai. E
aquilo era “guerra civil” à vista. Conta a história da Igreja que o imperador
Constantino, já suspeitoso e com um império desse jeito na boca da amargura,
convocou o primeiro concílio ecumênico para que os bispos da Igreja se batessem
o cobre pela Trindade e, para aproveitar, salvassem para ele o império. 20 de
maio do ano 325 na cidade de Niceia, na Turquia asiática: o imperador
Constantino- coroa imperial na cabeça, manto de rabo arrastando, como um
paquete oriental- entrou na sala conciliar por entre as 318 mitras e báculos
dos padres sinodais, subiu no estrado e parabenizou o legado do Papa Silvestre
I, que era espanhol: o grande Ósio, bispo de Córdoba. Ali, por conta da
Trindade, o Papa estava jogando a unidade da Igreja e Constantino a unidade do
império. Niceia, 19 de junho de 325: o grande Ósio saiu com essa palavra
mágica, luminosa e clave, e solucionou o problema: “homoúsious”
(=consubstancial). O Filho, pois, e consubstancial ao Pai e vice-versa, isto é,
o Filho é Deus igual que o Pai. Fim do Concílio. E diz que o historiador
eclesiástico, Eusébio de Cesareia, que Constantino deu aos bispos um banquete
imperial e aos seus súditos uma ordem imperial: ou aceitação do concilio ou
desterro para a vida inteira.
Sta Rita de Cascia Viúva e Religiosa |
Em
segundo lugar, como se aproximam os teólogos deste mistério da Trindade?
Observam pelas miragens que o Pai, em efeito, exerce autoridade sobre o Filho e
sobre os homens. Autoridade que não é autoritarismo. Paternidade que não é
paternalismo que mima, chateia e não faz crescer os filhos. E lhe diz ao Filho:
essa é a situação dos homens e este é o meu plano de redenção, e o redentor és
Tu. E nos diz: eu sou o Pai que os amo e quero a felicidade de todos vocês: mas
cumpram os meus mandados para sejam felizes e assim me façam feliz. Continuam
os teólogos e observam o Filho e a sua obediência, que è uma, grande e livre
(mas sem jugo nem flechas, como no escudo espanhol). E escutam o Filho dizer:
“Eu faço sempre a vontade do meu Pai” (Jo 8,29), “o Pai e eu somos um” (Jo
10,30), “… levo a tua lei no meu coração” (Heb 10,7 e Salmo 39,9). E não
cansados de refletir e meditar, os teólogos ouvem o barulho das asas em
movimento do Espírito, que no voo rasante sobrevoou o caos prévio à criação do
mundo, que falou a mesma coisa aos patriarcas nas grandes teofanias e aos
profetas e dirigentes de Israel, que desceu sobre Jesus e às águas do Jordão,
que chegou aos apóstolos no borde do furacão. O Espírito é energia, vitalidade,
atividade. É luz que nos guiará à verdade completa (evangelho).
Finalmente,
nós, por sermos batizados, somos portadores da Trindade. Rápido se percebe
quando uma pessoa está cheia desse Deus e valoriza o espiritual mais do que o
material, a alma mais do que o corpo, o céu mais do que a terra, o próximo como
a Deus e a Deus mais do que ninguém e sobre todas as coisas. Esse Deus Uno e
Trino devemos adorar com toda a alma; amar com todo o coração; agradecer com
todo o nosso ser e corresponder levando uma vida segundo o Espírito. Por ser
portadores da Trindade até nos gloriamos dos sofrimentos, pois sabemos que o
sofrimento gera a paciência, a paciência gera a virtude sólida, a virtude
sólida gera a esperança, pois Deus nos infundiu o amor nos nossos corações por
meio do Espírito (2ª leitura). E vivemos felizes, pois as delícias desse Deus
Uno e Trino são estar com os filhos dos homens (1 leitura).
Para
refletir: Aceito
Deus como mistério? Rezo a Deus em termos vagos, ou me relaciono de pessoa a
pessoa com o Pai, ou com Jesus, ou com o Espírito Santo? Faço tudo em nome da
Santíssima Trindade: trabalho, estudo, descanso, sofrimento, êxito e fracasso?
Sta Joaquina de Vedruna Viúva e Religiosa de nossa Ordem |
Para
rezar: Hino das
primeiras Vésperas da Solenidade da Santíssima Trindade:
Meu
Deus, Trindade a quem adoro!
A
Igreja nos submerge no vosso mistério;
Confessamos-vos
e vos bendizemos,
Senhor
Deus nosso.
Como um rio no mar da vossa grandeza,
O
tempo desemboca no hoje eterno,
O
pequeno se anega no infinito,
Senhor,
Deus nosso.
Ó, Palavra do Pai, vos escutamos;
Ó,
Pai, olhai o rosto do vosso Verbo;
Ó,
Espírito de amor, vinde a nós;
Senhor,
Deus nosso.
Meu
Deus, Trindade a quem adoro!
Fazei
das nossas almas vosso céu,
Levai-nos
ao lar onde Vós habitais,
Senhor,
Deus nosso.
Glória
ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito:
Fonte
de gozo pleno e verdadeiro,
Ao
Criador do céu e da terra,
Senhor,
Deus nosso. Amém.
Qualquer sugestão ou dúvida
podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org
ORAÇÃO
COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO
Ó
Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os
meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no
templo! Mas é já passado esse período de minha vida!
Todavia,
antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje,
oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão
alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que,
depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da
felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo ouvi-nos.
Jesus
Cristo atendei-nos.
Deus
Pai dos céus tende piedade de nós.
Deus
Filho, Redentor do mundo,
Deus
Espírito Santo,
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus,
Santa
Maria rogai por nós.
Santa
Mãe de Deus,
Santa
Virgem das virgens,
Mãe
de Jesus Cristo,
Mãe
da divina graça,
Mãe
puríssima,
Mãe
castíssima,
Mãe
imaculada,
Mãe
intacta,
Mãe
amável,
Mãe
admirável,
Mãe
do bom conselho,
Mãe
do Criador,
Mãe
do Salvador,
Mãe
da Igreja,
Virgem
prudentíssima,
Virgem
venerável,
Virgem
louvável,
Virgem
poderosa,
Virgem
benigna,
Virgem
fiel,
Espelho
de justiça,
Sede
da sabedoria,
Causa
da nossa alegria,
Vaso
espiritual,
Vaso
honorífico,
Vaso
insigne de devoção,
Rosa
mística,
Torre
de Davi,
Torre
de marfim,
Casa
de ouro,
Arca
da aliança,
Porta
do Céu,
Estrela
da manhã,
Saúde
dos enfermos,
Refúgio
dos pecadores,
Consoladora
dos aflitos,
Auxílio
dos cristãos,
Esperança
dos carmelitas,
Rainha
dos anjos,
Rainha
dos patriarcas,
Rainha
dos profetas,
Rainha
dos apóstolos,
Rainha
dos mártires,
Rainha
dos confessores,
Rainha
das virgens,
Rainha
de todos os santos,
Rainha
concebida sem pecado original,
Rainha
assunta ao céu,
Rainha
do sacratíssimo Rosário,
Rainha
das famílias,
Rainha
e esplendor do Carmelo,
Rainha
da paz,
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
misericórdia de nós.
V.
– Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. – Para que sejamos
dignos das promessas de Cristo.
OREMOS - Infundi, Senhor, como vos pedimos,
vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao
conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e
morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus
Cristo, nosso Senhor. Amém.
O
“LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos,
ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a
vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro,
tenha sido por vós abandonado. Animado de tal confiança, eu corro e venho a vós
e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem
das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas
ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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