ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor,
todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem
todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os
exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para
vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de
santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada,
minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me
sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do
céu dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo
das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção.
Amém.
«Com que autoridade
fazes essas coisas?»
Mn. Antoni BALLESTER i Díaz (Camarasa, Lleida, Espanha)
Hoje,
o Evangelho pede-nos que pensemos com que intenção vemos Jesus. Há quem vá sem
fé, sem reconhecer sua autoridade: por isso, «os sumos sacerdotes, os escribas
e os anciãos, lhe perguntaram: “Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te
deu autoridade para fazer isso?”(Mc 11,27-28).
Se
não tratamos a Deus na oração, não teremos fé. Mas, como diz São Gregório
Magno, «quando insistimos na oração com toda veemência, Deus se detém no nosso
coração e recobramos a vista perdida». Se tivermos boa disposição, apesar de
estar no erro, vendo que a outra pessoa tem razão, acolheremos suas palavras.
Se tivermos boa intenção, apesar de arrastar o peso do pecado, quando façamos
oração Deus nos fará compreender nossa miséria, para que nos reconciliemos com
Ele, pedindo perdão de todo coração e, por meio do sacramento da penitência.
A
fé e a oração vão juntas. Diz-nos Santo Agostinho que, «se a fé falta, a oração
é inútil. Depois, quando oremos, criemos e oremos para que não falte a fé. A fé
produz a oração e, a oração produz também a firmeza da fé». Se tivermos boa intenção
e, acudimos a Jesus, descobriremos quem é e, entenderemos sua palavra, quando
nos pergunte: «O batismo de João era do céu ou dos homens?» (Mc 11,30). Pela
fé, sabemos que era do céu e, que sua autoridade vem-lhe do seu Pai, que é Deus
e, Dele mesmo porque é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
Porque
sabemos que Jesus é o único salvador do mundo, acudimos a sua Mãe que também é
nossa Mãe, para que desejando acolher a palavra e a vida de Jesus, com boa
intenção e boa vontade, para ter a paz e a alegria dos filhos de Deus.
Reflexão de Frei
Carlos Mesters OCarm
* "Com que
autoridade?" A
palavra "autoridade" é central nesta passagem. Contém o segredo do
caminho de fé e do crescimento espiritual que podemos percorrer, se nos
deixamos guiar pela Palavra, na meditação deste Evangelho. A pergunta
provocadora dirigida a Jesus por seus adversários leva imediatamente a entender
a distância que há entre ele e os outros, por isso não pode haver uma resposta.
"Autoridade", nas palavras dos sacerdotes e dos escribas, indica o
"poder", "força", "domínio", "capacidade de
fazer cumprir as leis e julgar". Para Jesus, no entanto,
"autoridade" significa outra coisa, como podemos entender se termos
presente que em hebraico esta palavra vem da raiz que significa "fazer-se
igual a". Na verdade, Jesus manifesta imediata e claramente em que o
horizonte Ele se move, para onde está indo e para onde quer nos conduzir: para
ser iguais, para ser como o Pai, para manter uma relação de amor com Ele, como
entre Pai e filho. Não é por acaso que Ele imediatamente mencione o batismo de
João ...
* "O batismo de
João ...".
Jesus nos leva rapidamente e com clareza ao ponto de partida, à fonte, lá onde
podemos reencontrar conosco mesmos, no encontro com Deus. Às margens do rio
Jordão, onde ele foi batizado, é preparado um lugar para nós, porque, porque, como
Ele, descemos às águas, no fogo do amor e nos deixamos marcar com o selo do
Espírito Santo, nos deixamos encontrar, visitar e envolver por estas palavras:
"Tu és o meu Filho amado" (Mc 1, 11). Jesus nos ensina que não há
nenhuma outra autoridade, outra grandeza ou outra riqueza, mas apenas esta.
* "Do céu ou dos
homens?".
Queremos estar com Deus e com os homens, seguir a Ele ou a eles, entrar na luz
do céu aberto (Mc 1, 10) ou permanecer na trevas da nossa solidão?
*
"Respondei-me."
É belíssima esta palavra de Jesus, repetida com ênfase duas vezes (vv. 29 e
30). Jesus pede uma escolha precisa, uma decisão clara, sincera e autêntica,
até o fim. O verbo "responder", em grego, expressa justamente esta
atitude, esta capacidade de distinguir e separa bem as coisas. O Senhor quer
nos convidar para entra no mais profundo de nós mesmos para nos deixar penetrar
por suas palavras e que, dessa forma, aprendemos cada vez mais e melhor, em
estreita relação com Ele, a tomar as decisões importantes de nossa vida e até mesmo
a todos os dias.
Mas
esse verbo simples e bonito indica todavia algo mais. A raiz hebraica expressa
resposta e, ao mesmo tempo, a miséria, a pobreza, tristeza e humildade. Isto é,
não pode haver uma verdadeira resposta senão na humildade, no ouvir. Jesus pede
aos sacerdotes e escribas, e também a nós, de entrar nesta dimensão da vida,
nesta atitude da alma: fazer-se humilde diante dEle, reconhecer a nossa pobreza
e a necessidade que temos Dele, porque esta
é a única possível resposta para suas perguntas.
* "Discutiam
entre si".
Estamos diante de outro verbo importante que nos ajuda a compreender melhor o
nosso mundo interior. Este discutir, de fato, é um "falar através
de", como se deduz da tradução literal do verbo grego usado por Marcos. As
pessoas desta passagem estão quebradas por dentro, atravessadas por uma ferida;
diante de Jesus, não são de uma peça. Entre eles falam por diversas razões e
considerações, ao invés de entrar naquele relacionamento e diálogo com o Pai,
que foi inaugurado no batismo de Jesus, continuam de fora, à distância, como o
filho da parábola, que se recusa a entrar no banquete do amor cf . Lc 15, 28).
Eles também não acreditam que a Palavra do Pai, que repete mais uma vez:
"Tu és o meu Filho muito amado: em ti me comprazo" (Mc 1, 11), por
isso continuam procurando e querendo a força da autoridade e do poder em vez da
fraqueza do amor.
Para um confronto
pessoal
1) O Senhor me ensina que a sua
autoridade, também em minha existência, não é domínio nem força de opressão,
mas é amor, capacidade de se assemelhar, de se fazer próximo. Eu quero aceitar essa autoridade de
Jesus na minha vida, desejo realmente entrar nesta relação de semelhança a Ele?
Estou disposto a tomar as medidas que esta escolha comporta? Estou determinado
a ir até o fim por este caminho?
2) Ao avizinhar-me desta passagem do
Evangelho, talvez não suspeitasse que seria levado à passagem do Batismo e a esta experiência
tão fundamental e motora de relacionamento com Deus Pai. No entanto, o Senhor
quis revelar mais uma vez seu grande amor, ele não recuar diante de qualquer
fadiga ou obstáculo, para me alcançar.
Mas e o meu coração como está, neste momento, diante Dele? Consigo escutar a
voz do Pai falando comigo e me chama de "filho", pronunciando o meu
nome? Consigo acolher esta sua
declaração de amor? Confio, creio, me entrego a Ele? Eu escolho o céu ou ainda
a terra?
3) Eu acho que deveria acabar com essa
meditação, sem dar minha resposta. Jesus me pede especificamente: aquele
"Respondei-me" hoje é dirigido a mim. Eu aprendi que não pode haver
verdadeira resposta, sem uma verdadeira escuta, e que a verdadeira escuta só
pode nascer da humildade ... Desejo dar este passo? Desejo, pelo contrário,
continuar a responder guiado apenas por minhas convicções, por meus velhos
modos de pensar e sentir, por minha presunção e auto-suficiência?
4) Uma pergunta final. Olhando meu coração por
dentro, eu também me vejo um pouco dividido, como os adversários de Jesus?
Tenho em mim alguma ferida que me atravessa e não me permite ser um cristão por
inteiro, amigo de Cristo, um seguidor seu?
ORAÇÃO
COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO
Ó
Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os
meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no
templo! Mas é já passado esse período de minha vida!
Todavia,
antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje,
oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão
alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que,
depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da
felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo ouvi-nos.
Jesus
Cristo atendei-nos.
Deus
Pai dos céus tende piedade de nós.
Deus
Filho, Redentor do mundo,
Deus
Espírito Santo,
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus,
Santa
Maria rogai por nós.
Santa
Mãe de Deus,
Santa
Virgem das virgens,
Mãe
de Jesus Cristo,
Mãe
da divina graça,
Mãe
puríssima,
Mãe
castíssima,
Mãe
imaculada,
Mãe
intacta,
Mãe
amável,
Mãe
admirável,
Mãe
do bom conselho,
Mãe
do Criador,
Mãe
do Salvador,
Mãe
da Igreja,
Virgem
prudentíssima,
Virgem
venerável,
Virgem
louvável,
Virgem
poderosa,
Virgem
benigna,
Virgem
fiel,
Espelho
de justiça,
Sede
da sabedoria,
Causa
da nossa alegria,
Vaso
espiritual,
Vaso
honorífico,
Vaso
insigne de devoção,
Rosa
mística,
Torre
de Davi,
Torre
de marfim,
Casa
de ouro,
Arca
da aliança,
Porta
do Céu,
Estrela
da manhã,
Saúde
dos enfermos,
Refúgio
dos pecadores,
Consoladora
dos aflitos,
Auxílio
dos cristãos,
Esperança
dos carmelitas,
Rainha
dos anjos,
Rainha
dos patriarcas,
Rainha
dos profetas,
Rainha
dos apóstolos,
Rainha
dos mártires,
Rainha
dos confessores,
Rainha
das virgens,
Rainha
de todos os santos,
Rainha
concebida sem pecado original,
Rainha
assunta ao céu,
Rainha
do sacratíssimo Rosário,
Rainha
das famílias,
Rainha
e esplendor do Carmelo,
Rainha
da paz,
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
misericórdia de nós.
V.
– Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. – Para que sejamos
dignos das promessas de Cristo.
OREMOS - Infundi, Senhor, como vos pedimos,
vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao
conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e
morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus
Cristo, nosso Senhor. Amém.
O
“LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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