terça-feira, 17 de maio de 2016

MÊS DE MARIA – Quarta-feira da 7ª semana do Tempo Comum

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.

Evangelho (Mc 9,38-40): João disse a Jesus: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco». Jesus, porém, disse: «Não o proibais, pois ninguém que faz milagres em meu nome poderá logo depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, está a nosso favor».

«Quem não é contra nós, está a nosso favor»

Rev. D. David CODINA i Pérez (Puigcerdà, Gerona, Espanha)

Hoje escutamos uma recriminação ao apóstolo João, que vê a gente fazer o bem no nome de Cristo sem formar parte do grupo de seus discípulos: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco» (Mc 9,38). Jesus nos dá a visão adequada que devemos ter diante destas pessoas: acolhê-las e aumentar essa visão, com humildade respeito a nós mesmos, compartilhando sempre um mesmo nexo de comunhão, uma mesma fé, uma mesma orientação, ou seja, caminhar juntos à perfeição do amor a Deus e ao próximo.

Este modo de viver nossa vocação de “Igreja” nos convida a revisar com paz e seriedade a coerência com que vivemos esta abertura de Jesus Cristo. Enquanto houver “outros” que nos “incomodem” porque fazem o mesmo que nós, isto é um claro indício de que o amor de Cristo ainda não nos impregna em toda sua profundidade, e nos pedirá a “humildade” de aceitar que não esgotamos “toda a sabedoria e o amor de Deus”. Definitivamente, aceitar que somos aqueles que Cristo escolhe para anunciar a todos como a humildade é o caminho para aproximar-nos a Deus.

Jesus agiu assim desde sua Encarnação, quando nos aproxima ao máximo a majestade de Deus na insignificância dos pobres. Diz são João Crisóstomo: «Cristo no se contentou em padecer na cruz e com a morte, e quis também fazer-se pobre e peregrino, ir errante e nu, quis ser jogado no cárcere e sofrer as debilidades, para conseguir a tua conversão». Se Cristo não deixou passar nenhuma oportunidade para que possamos viver o amor com os demais, tampouco deixemos passar a ocasião de aceitar ao que é diferente a nós no modo de viver sua vocação a formar parte da Igreja, porque «Quem não é contra nós, está a nosso favor» (Mc 9,40).


Reflexão de Frei Carlos Mesters, OCarm.

* O evangelho de hoje traz um exemplo muito bonito e atual da pedagogia de Jesus. Mostra como ele ajudava seus discípulos a perceber e a superar o “fermento dos fariseus e de Herodes”.

* Marcos 9,38-40: A mentalidade do fechamento: “ele não anda conosco”.
Alguém que não era da comunidade usava o nome de Jesus para expulsar os demônios. João, o discípulo, vê e proíbe: "Impedimos, porque ele não anda conosco". Em nome da comunidade ele impede que o outro possa fazer uma ação boa! Por ser discípulo, ele pensa ter o monopólio sobre Jesus e, por isso, quer proibir que outros usem o nome de Jesus para realizar o bem. Era a mentalidade fechada e antiga de “Povo eleito, Povo separado!”. Jesus responde: "Não lhe proíbam, pois ninguém faz um milagre em meu nome e depois pode falar mal de mim. Quem não está contra nós, está a nosso favor”. (Mc 9,40). Dificilmente você pode encontrar uma afirmação mais ecumênica do que esta afirmação de Jesus. Para Jesus, o que importa não é se a pessoa faz ou não faz parte da comunidade, mas sim se ela faz ou não o bem que a comunidade deve realizar.

* Um retrato de Jesus como formador dos seus discípulos.
Jesus, o Mestre, é o eixo, o centro e o modelo da formação dada aos discípulos. Pelas suas atitudes, ele é uma amostra do Reino, encarna o amor de Deus e o revela (Mc 6,31; Mt 10,30; Lc 15,11-32). Muitos pequenos gestos refletem este testemunho de vida com que Jesus marcava presença na vida dos discípulos e das discípulas, preparando-os para a vida e a missão. Era a sua maneira de dar forma humana à experiência que ele mesmo tinha de Deus como Pai. Eis um retrato de Jesus como formador dos seus discípulos:
* ele os envolve na missão (Mc 6,7; Lc 9,1-2;10,1),
* na volta, faz revisão com eles (Lc 10,17-20),
* corrige-os quando erram e querem ser os primeiros (Mc 9,33-35; 10,14-15)
* aguarda o momento oportuno para corrigir (Lc 9,46-48; Mc 10,14-15),
* ajuda-os a discernir (Mc 9,28-29),
* interpela-os quando são lentos (Mc 4,13; 8,14-21),
* prepara-os para o conflito (Jo 16,33; Mt 10,17-25),
* manda observar a realidade (Mc 8,27-29; Jo 4,35; Mt 16,1-3),
* reflete com eles as questões do momento (Lc 13,1-5),
* confronta-os com as necessidades do povo (Jo 6,5),
* ensina que as necessidades do povo estão acima das prescrições rituais (Mt 12,7.12),
* tem momentos a sós para poder instruí-los (Mc 4,34; 7,17; 9,30-31; 10,10; 13,3),
* sabe escutar, mesmo quando o diálogo é difícil, (Jo 4,7-42).
* ajuda-os a se aceitar a si mesmos (Lc 22,32).
* é exigente e pede para deixar tudo por amor a ele (Mc 10,17-31).
* é severo com a hipocrisia (Lc 11,37-53).
* faz mais perguntas que respostas (Mc 8,17-21).
* é firme e não se deixa desviar do caminho (Mc 8,33; Lc 9,54).
* prepara-os para o conflito e a perseguição (Mt 10,16-25).

São Felix de Cantalice
Religioso capuchinho
* A formação não era, em primeiro lugar, a transmissão de verdades a serem decoradas, mas sim a comunicação da nova experiência de Deus e da vida que irradiava de Jesus para os discípulos e as discípulas. A própria comunidade que se formava ao redor de Jesus era a expressão desta nova experiência. A formação levava as pessoas a terem outros olhos, outras atitudes. Fazia nascer nelas uma nova consciência a respeito da missão e a respeito de si mesmas. Fazia com que fossem colocando os pés do lado dos excluídos. Produzia, aos poucos, a "conversão" como consequência da aceitação da Boa Nova (Mc 1,15).

Para um confronto pessoal
1) O que significa hoje, século XXI, para mim, para nós, a afirmação de Jesus que diz: Quem não está contra nós, está a nosso favor?”

2) Como acontece a formação de Jesus na minha vida?

ORAÇÃO COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida!
Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.

LADAINHA DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai dos céus tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,

Santa Maria rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe imaculada,
Mãe intacta,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Mãe da Igreja,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem benigna,
Virgem fiel,
Espelho de justiça,
Sede da sabedoria,
Causa da nossa alegria,
Vaso espiritual,
Vaso honorífico,
Vaso insigne de devoção,
Rosa mística,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Esperança dos carmelitas,
Rainha dos anjos,
Rainha dos patriarcas,
Rainha dos profetas,
Rainha dos apóstolos,
Rainha dos mártires,
Rainha dos confessores,
Rainha das virgens,
Rainha de todos os santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha das famílias,
Rainha e esplendor do Carmelo,
Rainha da paz,

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende misericórdia de nós.

V. – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. – Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

OREMOS - Infundi, Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

O “LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.

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