ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos,
ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a
confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos
revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos
seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de
Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Setenário das Dores de Nossa Senhora |
Evangelho (Jo
8,31-42): Jesus, então, disse aos judeus
que acreditaram nele: «Se permanecerdes em minha palavra, sereis
verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos
tornará livres». Eles responderam: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca
fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis livres’?» Jesus
respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: todo aquele que comete o pecado é
escravo do pecado. O escravo não permanece para sempre na casa, o filho nela
permanece para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente
livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão. No entanto, procurais
matar-me, porque minha palavra não encontra espaço em vós. Eu falo do que vi
junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai». Eles responderam:
«Nosso pai é Abraão». Jesus, então, lhes disse: «Se fôsseis filhos de Abraão,
praticaríeis as obras de Abraão! Agora, no entanto, procurais matar-me, porque
vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto Abraão não fez. Vós fazeis as obras
do vosso pai». Eles disseram então a Jesus: «Nós não nascemos da prostituição.
Só temos um pai: Deus». Jesus respondeu: «Se Deus fosse vosso pai, certamente
me amaríeis, pois é da parte de Deus que eu saí e vim. Eu não vim por conta
própria; foi ele quem me enviou».
«Se Deus fosse vosso pai, certamente me
amaríeis»
Pe. Givanildo dos
SANTOS Ferreira (Brasília, Brasil)
Hoje, o Senhor
dirige duras palavras aos judeus. Não a quaisquer judeus, mas, precisamente,
àqueles que abraçaram a fé: Jesus falou «aos judeus que acreditaram nele» (Jn
8,31). Sem dúvida, este diálogo de Jesus reflete o início daquelas dificuldades
causadas pelos cristãos judaizantes na primeira hora da Igreja.
Como descendiam
de Abraão segundo a carne, esses tais discípulos de Jesus consideravam-se acima
não somente dos gentios que viviam longe da fé, mas também acima de qualquer
discípulo não judeu partícipe da mesma fé. Diziam eles: «Nós somos descendentes
de Abraão» (Jn 8,33); «nosso pai é Abraão» (v. 39); «só temos um pai, Deus» (v.
41). Apesar de serem discípulos de Jesus, temos a impressão de que Jesus nada
representava para eles, nada acrescentava ao que já possuíam. Mas é aí mesmo
que se encontra o grande erro de todos eles. Os verdadeiros filhos não são os
descendentes segundo a carne, mas os herdeiros da promessa, isto é, aqueles que
creem (cf. Rom 9,6-8). Sem a fé em Jesus não é possível que alguém alcance a
promessa de Abraão. Assim sendo, entre os discípulos, "não há judeu ou
grego; não há escravo ou livre; não há homem ou mulher", porque todos são
irmãos pelo batismo (cf. Gal 3,27-28).
Não nos deixemos
seduzir pelo orgulho espiritual. Os judaizantes se consideravam superiores aos
outros cristãos. Não é necessário falar, aqui, dos irmãos separados. Mas
pensemos em nós mesmos. Quantas vezes alguns católicos se consideram melhores
do que os outros católicos porque seguem este ou aquele movimento, porque
observam esta ou aquela disciplina, porque obedecem a este ou àquele uso
litúrgico. Uns, porque são ricos; outros, porque estudaram mais. Uns, porque
ocupam cargos importantes; outros, porque vêm de famílias nobres. «Gostaria que
cada um sentisse a alegria de ser cristão... Deus guia a sua Igreja, a apoia
mesmo e sobretudo nos momentos difíceis» (Bento XVI).
«Conhecereis a verdade, e a verdade vos
tornará livres»
Rev. D. Iñaki
BALLBÉ i Turu (Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje quando estão
faltando poucos dias para a Semana Santa, o Senhor pede-nos que lutemos para
viver coisas concretas, pequenas, mas às vezes, não fáceis. Ao longo da
reflexão as iremos explicando: basicamente trata-se de perseverar na sua
palavra. Que importante é referir nossa vida sempre no Evangelho! Podemo-nos
perguntar: que faria Jesus nesta situação que devo afrontar? Como trataria a
esta pessoa que me custa especialmente? Qual seria a sua reação ante esta
circunstancia? O cristão deve ser — segundo São Paulo— “outro Cristo”: «Eu
vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim» (Gl 2,20). O reflexo do
Senhor na nossa vida de cada dia, Como é? Sou seu espelho?
O Senhor assegura-nos
que se perseveramos na sua palavra, conheceremos a verdade e, a verdade nos
fará livres (cf. Jo 8,32). Dizer a verdade não sempre é fácil. Quantas vezes se
nos escapam pequenas mentiras, dissimulamos, fazemos como se não ouvíssemos?
Não podemos enganar a Deus. Ele vê-nos, nos contempla, nos ama e nos acompanha
no nosso dia-a-dia. No oitavo mandamento ensina-nos que não podemos fazer
falsos testemunhos, nem dizer mentiras, por pequenos que sejam, ainda que podem
parecer insignificantes. Tampouco tem cabimento as mentiras “de piedade”. «Seja
o vosso sim, sim, e o vosso não, não» (Mt 5,37), nos diz Jesus em outro
momento. A liberdade, esta tendência ao bem, está muito relacionada com a
verdade. Algumas vezes não somos suficientes livres porque na nossa vida há
como um duplo fundo, não somos claros. Temos de ser contundentes. O pecado da
mentira nos escraviza.
«Se Deus fosse
vosso Pai, certamente me amaríeis» (Jo 8,42), diz o Senhor. Como se concreta
nosso interesse diário por conhecer o Mestre? Com que devoção lemos o
Evangelho, por pouco que seja o tempo de que dispomos? Que posso deixar na
minha vida, no meu dia? Os que me veem poderiam dizer que leio a vida de
Cristo?
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.
* No evangelho de
hoje, continua a reflexão sobre o capítulo 8 de João. Em forma de círculos
concêntricos, João vai aprofundando o mistério de Deus que envolve a pessoa de
Jesus. Parece repetição, pois ele sempre torna a falar do mesmo assunto. Na
realidade, é o mesmo assunto, mas é cada vez num nível mais profundo. O
evangelho de hoje aborda o tema do relacionamento de Jesus com Abraão, o Pai do
povo de Deus. João procura ajudar as comunidades a compreender como Jesus se
situa dentro do conjunto da história do Povo de Deus. Ajuda-as a perceber a
diferença que existe entre Jesus e os judeus, pois também os judeus e aliás
todos nós somos filhos e filhas de Abraão.
* João 8,31-32: A liberdade que nasce da
fidelidade à palavra de Jesus. Jesus afirma aos
judeus: "Se vocês guardarem a minha palavra, vocês de fato serão meus
discípulos; conhecerão a verdade, e a verdade libertará vocês". Ser
discípulo de Jesus é o mesmo que abrir-se para Deus. As palavras de Jesus são
na realidade palavras de Deus. Elas comunicam a verdade, pois fazem conhecer as
coisas do jeito que elas são aos olhos de Deus e não aos olhos dos fariseus.
Mais tarde, durante a última Ceia, Jesus ensinará a mesma coisa aos discípulos.
* João 8,33-38: O que é ser filho e filha de
Abraão? A reação dos judeus é imediata:
"Nós somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém. Como
podes dizer: 'vocês ficarão livres'?” Jesus rebate fazendo uma distinção entre
filho e escravo e diz: "Quem comete o pecado, é escravo do pecado. O
escravo não fica para sempre na casa, mas o filho fica aí para sempre. Por
isso, se o Filho os libertar, vocês realmente ficarão livres”. Jesus é o filho
e vive na casa do Pai. O escravo não vive na casa. Viver fora de casa, fora de
Deus, é viver em pecado. Se eles aceitarem a palavra de Jesus poderão tornar-se
filhos e terão a liberdade. Deixarão de ser escravos. E Jesus continua: “Eu sei
que vocês são descendentes de Abraão; no entanto, estão procurando me matar,
porque minha palavra não entra na cabeça de vocês”. Em seguida aparece bem
clara a distinção: “Eu falo das coisas que vi junto do Pai; vocês também devem
fazer aquilo que ouvem do pai de vocês”. Jesus lhes nega o direito de dizer que
são filhos de Abraão, pois as obras deles dizem o contrário.
* João 8,39-41a: Um filho de Abraão pratica as
obras de Abraão. Eles insistem em
afirmar: “Nosso Pai è Abraão!” como se quisessem apresentar a Jesus o documento
de sua identidade. Jesus rebate: "Se vocês são filhos de Abraão, façam as
obras de Abraão. Agora, porém, vocês querem me matar, e o que eu fiz, foi dizer
a verdade que ouvi junto de Deus. Isso Abraão nunca fez. Vocês fazem a obra do
pai de vocês”. Nas entrelinhas, ele sugere que o pai deles é satanás (Jo 8,44).
Sugere que são filhos da prostituição.
* João 8,41b-42: Se Deus fosse pai de vocês,
vocês me amariam, porque eu saí de Deus.
Usando palavras diferentes, Jesus repete a mesma verdade: “Quem é de Deus
escuta as palavras de Deus”. A origem desta afirmação vem de Jeremias que
disse: “Colocarei minha lei em seu peito e a escreverei em seu coração; eu
serei o Deus deles, e eles serão o meu povo. Ninguém mais precisará ensinar seu
próximo ou seu irmão, dizendo: "Procure conhecer a Javé". Porque
todos, grandes e pequenos, me conhecerão - oráculo de Javé. Pois eu perdoo suas
culpas e esqueço seus erros” (Jr 31,33-34). Mas eles não se abriram para esta
nova experiência de Deus, e por isso não reconhecem Jesus como o enviado do
Pai.
Para um confronto pessoal
1) Liberdade que se
submete totalmente ao Pai. Existe algo assim em você? Conhece pessoas assim?
2) Qual a
experiência mais profunda em mim que me leva a reconhecer Jesus como o enviado
de Deus?
ORAÇÃO
- Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e
neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se
abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os
dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro;
Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos
possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se
apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e
morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo
de Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ
Senhor tende
piedade de nós.
Jesus Cristo
tende piedade de nós.
Senhor tende
piedade de nós.
Jesus Cristo,
ouvi-nos.
Jesus Cristo,
escutai-nos.
Deus Pai do Céu,
tende piedade de nós.
Deus Filho,
Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito
Santo, tende piedade de nós.
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai
por nós.
São José,
Ilustre Filho de
Davi,
Luz dos
Patriarcas,
Esposo da mãe de
Deus,
Guarda da
puríssima Virgem,
Sustentador do
Filho de Deus,
Zeloso defensor
de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada
Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José
prudentíssimo,
José fortíssimo,
José
obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de
paciência,
Amante da
pobreza,
Modelo dos
operários,
Honra da vida de
família,
Guarda das
virgens,
Amparo das
famílias,
Alívio dos
sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos
aflitos,
Patrono dos
moribundos,
Terror dos
demônios,
Protetor da Santa
Igreja,
Patrono da Ordem
Carmelita,
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o
constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo
príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus,
que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São
José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.
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