Textos:
Ap 11, 19; 12, 1-6.10; 1 Cor 15, 20-27; Lc 1, 39-56
Pe. Antonio Rivero, L.C.
Hoje
celebramos a festa do primeiro ser humano - Maria - que, depois de Cristo seu
Filho, experimentou a vitória total contra a morte, também corporalmente. Não
estamos feitos para a morte, mas para a vida, para a ressurreição (segunda
leitura).
Este
foi o último dogma proclamado pelo Papa Pio XII em 1º novembro de 1950:
“Pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a
Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida
terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. Depois de ter lutado
contra todos os inimigos da nossa alma (primeira leitura) e graças a que Cristo
venceu o último inimigo - a morte - (Segunda leitura), Deus nos concederá a
ressurreição do nosso corpo.
Em
primeiro lugar, o que significa que Maria foi elevada al céu em corpo e alma?
Maria, como primeira seguidora de Jesus, é a primeira cristã e a primeira
salvada pela Páscoa do seu Filho; participa já da vitória do seu Filho, e é
elevada à glória definitiva em corpo e alma. O motivo deste privilégio formula
bem o prefácio de hoje: “com razão não quisestes, Senhor, que conhecesse a
corrupção do sepulcro a mulher que, por obra do Espírito, concebeu no seu seio
o autor da vida, Jesus Cristo”. Por que este privilégio? Porque Ela foi
radicalmente dócil na sua vida respondendo com um “sim” total à sua vocação,
desde a humildade radical (evangelho). Ela esteve presente com Jesus, até o
final, lutando contra o dragão que queria devorar o seu Filho (primeira
leitura).
Em
segundo lugar, o que significa para nós esta festa? Em Maria se condensa o
nosso destino. Da mesma maneira que o seu “sim” foi representante do nosso,
também o “ sim” de Deus para Ela, glorificando-a, é um “sim” para todos nós,
que somos os seus filhos. Sinala o destino que Ele nos prepara, se vencermos os
dragões do mal que nos cercam (segunda leitura) e se caminharmos na fé e na
humildade como Maria (evangelho). O nosso destino é a ressurreição final em
corpo e alma, como Maria que a obteve antes, como prêmio pela sua fé, humildade
e pela sua vida sem pecado, e para poder abraçar o seu querido Filho e preparar
junto como Ele um lugar para nós.
Finalmente,
esta festa nos infunde esperança e otimismo na nossa vida. O destino da nossa
vida não é a morte, porém a vida. Toda a pessoa humana, corpo e espírito, está
destinada à vida. O nosso corpo tem, pois, uma grandíssima dignidade; não
podemos profaná-lo nem manchá-lo. O que Deus fez em Maria, fará também em nós.
Cremos nisso. Esperamos. Desejamos. A nossa história terá um final feliz. Não
terminamos no sepulcro, mas na ressurreição do nosso corpo. E a Eucaristia que
recebemos semanalmente ou diariamente é a antecipação do que será a nossa
glória futura: “quem come a minha Carne e bebe o meu Sangre, tem vida eterna e
eu o ressuscitarei no último dia”. A Eucaristia é como a semente e a garantia
da vida imortal para os seguidores de Jesus. O que Maria conseguiu- a
glorificação definitiva-, nós também conseguiremos, como fruto da Páscoa de
Cristo.
Para refletir:
1.
Ao pensar na ressurreição final, encho-me de alegria e otimismo por
saber pela fé que o meu destino é a vida e não a morte no sepulcro?
2. Já aqui na terra estou semeando as
sementes da imortalidade e da ressurreição no meu corpo, comungando o Corpo de
Cristo na Eucaristia?
3. Esta festa de Maria me convida a levar
uma vida de santidade, de fé, de humildade e de amor?
Qualquer
sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:
arivero@legionaries.org
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