quinta-feira, 17 de julho de 2014

Sexta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Evangelho (Mt 12,1-8): Naquele tempo, num dia de sábado, Jesus passou pelas plantações de trigo. Seus discípulos estavam com fome e começaram a arrancar espigas para comer. Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: «Olha, os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!». Jesus respondeu: «Nunca lestes o que fez Davi, quando ele teve fome e seus companheiros também? Ele entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda, que nem a ele, nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e não são culpados? Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o templo. Se tivésseis chegado a compreender o que significa, ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios’, não condenaríeis inocentes. De fato, o Filho do Homem é Senhor do sábado».

Comentário: Rev. D. Josep RIBOT i Margarit (Tarragona, Espanha)

Misericórdia eu quero, não sacrifícios.

Hoje, o Senhor se aproxima do campo cultivado da sua vida, para recolher frutos de sua santidade. Encontrará caridade, amor a Deus e aos demais? Jesus, que corrige a casuística meticulosa dos rabinos que tornava insuportável a lei do descanso sabático, por acaso terá que lhe lembrar que a ele só interessa o seu coração, a sua capacidade de amar?

«Olha, os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!» (Mt 12,2). Disseram-Lhe isto convencido, isso é o que é incrível. Como proibir alguém de fazer o bem sempre? Alguma coisa deve-lhe lembrar que nada o desculpa de não ajudar aos demais. A caridade verdadeira respeita as exigências da justiça, evitando a arbitrariedade ou o capricho, mas impede o rigorismo, que mata o espírito da lei de Deus, que é um convite contínuo a amar, a dar-se aos demais.

«Misericórdia eu quero, não sacrifícios» (Mt 12,7). Repete-o muitas vezes, para gravá-lo em teu coração: Deus, rico em misericórdia, nos quer misericordiosos. «Que próximo Deus está de quem confessa sua misericórdia! Sim, Deus não anda longe dos contritos de coração» (Santo Agostinho). E quão longe estamos de Deus quando permitimos que o nosso coração se endureça como uma pedra!

Jesus Cristo acusou os fariseus de condenar os inocentes. Grave acusação. E você? Você se interessa de verdade pelas coisas dos demais? Os julga com carinho, com simpatia, como quem julga a um amigo ou a um irmão? Procure não perder o norte da sua vida.

Peça à Virgem que o faça misericordioso, que saiba perdoar. Seja benévolo. E se descobre na sua vida algum detalhe que destoe dessa disposição de fundo, agora é um bom momento para retificar, formulando algum propósito eficaz.

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