Reflexão para o VII domingo do tempo comum
Pe. Antonio Rivero, L.C.
O
único e novo mandamento que Cristo nos deixou foi a caridade.
Nisto julgamos nossa santidade e a perfeição (primeira leitura e Evangelho). No
Antigo Testamento o amor ao próximo tinha uma medida: "como a ti
mesmo". A motivação profunda do nosso amor cristão ao próximo é porque o
Espírito de Deus habita no irmão, no próximo (segunda leitura), redimido por
Cristo. Para Cristo este mandamento da caridade vai mais além da justiça humana
equilibrada ou da lei do talião, até o paradoxo de "apresentar a outra
face, amar o inimigo e rezar pelos que nós perseguem" (Evangelho). Cristo
é o espelho onde olharmos para viver a caridade.
Em
primeiro lugar, para poder viver
esta caridade temos
que olhar o primeiro modelo, o Deus cheio de misericórdia, encarnado em Cristo,
que entregou nada mais e nada menos que Sua própria vida como mostra do Seu
amor por nós. Deus em Cristo amou a todos, sem distinção de raças, língua e
cor. Deus já desde o Antigo Testamento é um Deus paciente e misericordioso com
seu povo infiel à aliança, idólatra. E no Novo Testamento esse Deus se fez
homem em Cristo, para revestir-nos da nossa carne e assim nós possamos
"tocar sua carne" na pessoa do pobre e necessitado, como nos diz o
Papa Francisco. Essa caridade foi infundida por Deus no dia do
Batismo, como semente que devemos regar, cuidar e fazer frutificar.
Em
segundo lugar,
vivendo está caridade imitamos em certo sentido a
santidade de Deus (primeira leitura). Vivendo a caridade, construímos a
comunidade que é um templo Dus, como nos diz São Paulo na segunda leitura,
unidos em Cristo. Vivendo esta caridade saberemos também corrigir fraternalmente
á nosso irmão quando queira ir por maus caminhos (primeira leitura) e
oferecer-lhe uma palavra oportuna, não desde a agressividade, se não desde o
amor. Amar não significa ficar de braços cruzados.
Finalmente, essa caridade começa na nossa casa, com os
mais próximos, que são os que mais motivos e ocasiões nos dão de praticá-la: na
família, no grupo de trabalho, na comunidade religiosa e paroquial. Não dar
importância as coisas bobas, sobre as que discutimos as vezes perdendo o humor
e a paz. Essa caridade não com palavras bonitas ou com
teorias, se não com gestos concretos (Evangelho). Também caridade com os
pobres, os débeis, os pecadores, os que estão nas periferias, como tantas vezes
nos diz o Papa Francisco. E o cume: caridade para perdoar os inimigos e os que
nos maltratam, oferecendo a outra face. O cristão saúda os adversários, dá
atenção gratuitamente, não responde com contra-ataques, está pronto à
reconciliação sem guardar sentimentos de repressão e cortando as mágoas de
rancor no nosso trato com os demais.
Para
reflexão:
A caridade é uma utopia? Assinatura pendente em
alguns cristãos?
Entendemos
a difícil mensagem de Jesus?
A
praticamos?
Somos
cientes do que o perdão ao próximo é questão de vida ou morte como cristãos?
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