Santa
Teresa Benedita da Cruz
Mártir e Virgem de nossa
Ordem
Comum de um
Mártir ou Comum das Santas (Religiosas)
Santa Teresa Benedita
da Cruz (Edith Stein) é, com Santa Brígida e Santa Catarina de Sena, Padroeira
da Europa. Filha de judeus, nasceu em Breslau (Alemanha), a 12 de outubro de
1891. Procurando ansiosamente a verdade, dedicou-se ao estudo da Filosofia até
que encontrou a fé católica e se converteu. Muito a ajudou a leitura da
autobiografia de Santa Teresa de Jesus: “Esta é a verdade!”, exclamou. Fez-se
batizar em janeiro de 1922. Prosseguiu o estudo e o ensino da Filosofia,
procurando encontrar o modo de unir ciência e fé. Em 1933, entrou para o
convento das Carmelitas de Colônia, passando a chamar-se Teresa Benedita da
Cruz e servindo os seus irmãos judeus e alemães. Em 1938 foi transferida para a
Holanda, por causa da perseguição nazi. Acabou por ser presa, a 2 de agosto de
1942, pela Gestapo, em represália a um comunicado dos Bispos dos Países Baixos
contra as deportações dos judeus. Foi morta nas câmaras de gás, em Auschwitz-Birkenau
(Polónia), a 9 de agosto do mesmo ano. Assim, recebeu a coroa do martírio. Foi
canonizada pelo Papa João Paulo II, em 1998.
ORAÇÃO
Senhor, Deus dos
nossos pais, que conduzistes a mártir
Teresa Benedita ao conhecimento do vosso Filho crucificado e à sua imitação até
à morte, concedei, pela sua intercessão, que todos os homens conheçam o Salvador,
Jesus Cristo, e por Ele cheguem à perpétua visão da vossa face. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Para a meditação:
Do livro «A
ciência da cruz» de Santa Teresa Benedita da Cruz
Para
os que crêem no Crucificado abre-se a porta da vida
Para nós,
evidentemente, esta vida atingirá a sua plenitude no Dia do Senhor. Contudo, já
desde agora – «na carne» – participamos da sua vida quando acreditamos:
acreditamos que Cristo morreu por nós para nos dar a sua vida. É esta fé que
nos permite ser uma só realidade com Ele, como os membros com a cabeça, e nos
abre a torrente da sua vida. Assim, esta fé no Crucificado – a fé viva, que
está associada ao vínculo do amor – constitui para nós a entrada na vida e o
princípio da futura glorificação. Por isso a cruz é o nosso único título de
glória: Longe de mim gloriar-me, senão na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo,
pelo qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Quem decidiu
aderir a Cristo morreu para o mundo e o mundo para ele. Leva no seu corpo os
estigmas do Senhor. É débil e desprezado perante os homens; mas por isso mesmo
é forte, porque na fraqueza se manifesta o poder de Deus.
Tendo consciência
disto, o discípulo de Jesus aceita não somente a cruz que lhe é imposta, mas
crucifica-se a si mesmo: Os que são de Cristo crucificaram a sua carne com as
suas paixões e concupiscências. Suportaram um combate implacável contra a sua
natureza, a fim de que morra neles a vida do pecado e dê lugar à vida do
espírito. Porque é esta que importa.
Contudo a cruz não é
um fim em si mesma: ela eleva nos para as alturas e revela-nos as realidades
superiores. Por isso ela não é somente um símbolo; ela é a arma poderosa de
Cristo; é o cajado de pastor com que o divino David sai ao encontro do David
infernal e com o qual bate fortemente à porta do Céu e a abre. Então brotam as
torrentes da luz divina que envolvem todos aqueles que seguem o Crucificado.
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