Beatos Luís Martin e Zélia Guérin
Leigos, pais de Sta. Teresa do Menino Jesus
Ambos
eram filhos de militares e foram educados num ambiente disciplinado, severo,
muito rigoroso. Os dois receberam uma educação de cunho religioso: nos Irmãos
das Escolas Cristãs, Luís; nas Irmãs da Adoração Perpétua, Zélia. Ao terminar
os estudos, no momento de escolher o próprio futuro, Luís orientou-se para a
aprendizagem do ofício de relojoeiro. Zélia, inicialmente, ajudava a mãe na
administração da loja de família. Depois, especializou-se no “ponto de Alençon”
na escola que ensina a tecer rendas. Em poucos anos os seus esforços foram
premiados: abriu uma modesta fábrica para a produção de rendas e obteve um
discreto sucesso.
Ambos
nutrem desde a adolescência o desejo de entrar numa comunidade religiosa. Ele
experimentou pedir para ser admitido entre os cônegos regulares de Santo
Agostinho do hospício do Grande São Bernardo nos Alpes suíços, mas não foi
aceito porque não conhecia o latim. Também ela tenta entrar nas Filhas da
Caridade de São Vicente de Paulo, mas compreende que não é a sua estrada.
Durante
três anos Luís vive em Paris, para aperfeiçoar a sua formação de relojoeiro.
Insatisfeito com o clima político que se respirava na capital, transferiu-se
para Alençon, onde iniciou a sua atividade. Zélia, com a receita da sua
empresa, manteve toda a família, vendendo rendas para a alta sociedade
parisiense. O encontro entre os dois acontece em 1858 na ponte de São Leonardo
em Alençon.
Após
poucos meses de noivado, casam. Conduzem uma vida conjugal no seguimento do
Evangelho, ritmada pela missa quotidiana, pela oração pessoal e comunitária,
pela confissão frequente, pela participação na vida paroquial. Da sua união
nascem nove filhos, quatro dos quais morrem prematuramente.
Entre
as cinco filhas que sobreviveram, está Teresa, a futura santa, que nasceu em
1873. As recordações da carmelita sobre os seus pais são uma fonte preciosa
para compreender a sua santidade. A família Martin educou as suas filhas a
tornarem-se não só boas cristãs mas também honestas cidadãs. Aos 45 anos Zélia
recebe a terrível notícia de que tinha um tumor no seio. Viveu a doença com
firme esperança cristã até à morte, ocorrida em agosto de 1877.
Com
54 anos, Luís teve que se ocupar sozinho da família. A primogênita tem 17 anos
e a última, Teresa, tem 4 e meio. Então, transferiu-se para Lisieux, onde
morava o irmão de Zélia. Deste modo, as filhas receberam os cuidados da tia
Celina. Entre os anos de 1882 e 1887 Luís acompanhou as três filhas ao carmelo.
O sacrifício maior para ele foi afastar-se de Teresa que entra para as
carmelitas com apenas 15 anos. Luís foi atingido por uma enfermidade que o
tornou inválido e que o levou à perda das faculdades mentais. Foi internado no
sanatório de Caen. Morreu em julho de 1894.
Do comum dos Santos Homens, exceto:
Oração:
Ó Deus, que destes aos bem-aventurados Luís e Zélia, a graça de caminhar na vida da santidade como esposos e pais cristãos; concedei-nos, por sua intercessão e exemplo, saber amar-vos e servir-vos fielmente respondendo dignamente, à nossa própria vocação. Por nosso Senhor Jeus Cristo ...
Ó Deus, que destes aos bem-aventurados Luís e Zélia, a graça de caminhar na vida da santidade como esposos e pais cristãos; concedei-nos, por sua intercessão e exemplo, saber amar-vos e servir-vos fielmente respondendo dignamente, à nossa própria vocação. Por nosso Senhor Jeus Cristo ...
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