Eliana
Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
Ó Adonai
guia da casa de Israel, (1)
que aparecestes a Moisés na chama do fogo
no meio da sarça ardente (2) e lhe deste a lei no
Sinai:
Vinde resgatar-nos pelo poder do Vosso braço.
Referências
Bíblicas:
(1) Deus falou a Moisés e lhe disse: ‘Eu sou o Senhor.
Apareci a Abraão, a Isaac e a Jacó como El Shaddai; (“Quando Abraão completou
noventa anos, Deus lhe apareceu e lhe disse: ‘Eu sou El Shaddai (Deus da
Estepe), anda na minha presença e sê perfeito’” – Gn 17,1) mas pelo meu nome,
Adonai (Senhor), não lhes fui conhecido...Eu sou o Senhor; e vos farei sair
debaixo das cargas do Egito, vos libertarei da sua escravidão...com mão estendida
e com grandes julgamentos. Tomar-vos-ei por meu povo, e serei o vosso Deus’ (Ex
6,2-7).
(2) O Anjo do Senhor apareceu a Moisés numa chama de
fogo, do meio de uma sarça. Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a
sarça não se consumia... O Senhor disse : ‘Não te aproximes daqui; tira as
sandálias dos pés porque o lugar em que estás é uma terra santa. Eu sou o Deus
de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’.
Então Moisés cobriu o rosto, porque temia olhar para
Deus (Ex 3,2-6).
Deus
concede a Moisés, ao revelar seu nome, ‘poder’ sobre Ele - assim era percebido
pelo povo semita. A revelação do nome de ‘Adonai’ (o Senhor), como sendo guia
da casa de Israel, significará para o povo eleito o ‘memorial’ de sua
libertação (da saída do Egito até a Terra prometida).
Esta
antífona evoca o ciclo pascal. Se Adonai é o Senhor, Ele também é o Cristo. A
vinda de Jesus está colocada em relação com a sua obra de salvação.
As
teofanias do Antigo Testamento, para os Santos Padres, foram consideradas como
as aparições pessoais do Verbo de Deus. Participando da liturgia do Tríduo
Pascal, podemos perceber o cumprimento desta identificação: ‘A mão direita do
Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do
Senhor fez maravilhas (Sl 117,16)’.
O
‘vinde resgatar-nos pelo poder do Vosso braço’ é extremamente rico. Aquele que
há de vir é o rebento do qual Isaías fala (Is 11,1), é o Messias que vai dar de
novo a vida a seu povo; é também o poder, o apoio e a ajuda.
Da
tradição oriental: ‘Virgem, no teu seio foi concebido nosso Deus pelo Espírito
Santo, permanecendo inconsumível apesar do fogo ardente; então o Senhor foi a
sarça ardente sem ser consumida que Mosiés, o legislador, tinha visto
prefigurada’.
‘A
sarça ardente nos revela que Deus será como imergido na humanidade, sem por
isso a destruir. É Maria que vai cumprir esta união no seu seio, na hora em que
ela aceita o anúncio do anjo Gabriel. Com efeito, Maria recebeu no seu seio o
fogo da divindade no momento em que o Anjo falou com ela (tal qual a madeira da
sarça). Maria concebeu o Menino e permaneceu pura. Maria é santa como a terra
ao redor da sarça era santa’.
Da
tradição ocidental: ‘Na sarça que Moisés via arder sem consumir-se,
reconhecemos o sinal da vossa admirável virgindade. Santa Mãe de Deus, rogai
por nós!’.
LEIA,
ABAIXO A LECTIO DIVINA DO DIA 18 DE DEZEMBRO
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