quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sexta-feira da 25ª semana do Tempo Comum


  Evangelho (Lc 9,18-22): Jesus estava orando, a sós, e os discípulos estavam com ele. Então, perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; outros ainda acham que algum dos antigos profetas ressuscitou». Mas Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que eu sou?». Pedro respondeu: «O Cristo de Deus». Mas ele advertiu-os para que não contassem isso a ninguém. E explicou: «É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar».

Comentário: Rev. D. Pere OLIVA i March (Sant Feliu de Torelló, Barcelona, Espanha)

Quem dizem as multidões que eu sou?(...) E vós, quem dizeis que eu sou?

     Hoje, no Evangelho, há dois interrogantes que o mesmo Maestro formula a todos. O primeiro interrogante pede uma resposta estatística, aproximada: «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18). Faz que giremos ao redor e contemplemos como resolvem a questão os outros: os vizinhos, os colegas de trabalho, os amigos, os familiares mais próximos... Olhamos o entorno e sentimo-nos mais ou menos responsáveis ou próximos -depende dos casos- de algumas dessas respostas que formulam quem têm relação conosco e com nosso âmbito, as pessoas... E a resposta diz-nos muito, informa-nos, situa-nos e faz que tomemos consciência daquilo que desejam, precisam, buscam os que vivem ao nosso lado. Ajuda-nos a sintonizar, a descobrir com o outro, um ponto de encontro para ir além...
     Há uma segunda interrogação que pede por nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Lc 9,20). É uma questão fundamental que chama à porta, que mendiga a cada um de nós: uma adesão ou uma rejeição; uma veneração ou uma indiferença; caminhar com Ele e Nele ou finalizar numa aproximação de simples simpatia... Esta questão é delicada, é determinante porque nos afeta. Que dizem nossos lábios e nossas atitudes? Queremos ser fiéis àquele que é e dá sentido ao nosso ser? Há em nós uma sincera disposição a seguí-lo nos caminhos da vida? Estamos dispostos a acompanhá-lo à Jerusalém da cruz e da glória?
    «É um caminho de cruz e ressurreição (...). A cruz é exaltação de Cristo. Disse-o Ele mesmo: Quando seja levantado, atrairei a todos para mim. (...) A cruz, pois, é glória e exaltação de Cristo» (São André de Creta). Dispostos para avançar para Jerusalém? Somente com Ele e Nele, verdade?

Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm

Reflexão   Lucas 9,18-22  (Mc 8,27-29)
    *  O evangelho de hoje retoma o mesmo assunto do evangelho de ontem: a opinião do povo sobre Jesus. Ontem, era a partir de Herodes. Hoje, é o próprio Jesus que faz um levantamento da opinião púbica e os apóstolos respondem dando a mesma opinião de ontem. Em seguida, vem o primeiro anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus.

*  Lucas 9,18: A pergunta de Jesus depois da oração.
    “Certo dia, Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou: Quem dizem as multidões que eu sou?". No evangelho de Lucas, em várias oportunidades importantes e decisivas Jesus aparece rezando: no batismo quando assume sua missão (Lc 3,21); nos 40 dias no deserto, quando vence as tentações do diabo com a luz da Palavra de Deus (Lc 4,1-13); na noite antes de escolher os doze apóstolos (Lc 6,12); na transfiguração, quando com Moisés e Elias conversa sobre a paixão em Jerusalém (Lc 9,29); no horto, quando enfrenta a agonia (Lc 22,39-46); na cruz, quando pede perdão pelo soldado (Lc 23,34) e entrega o espírito a Deus (Lc 23,46).

*  Lucas 9,19: A opinião do povo sobre Jesus
    “Eles responderam: "Alguns dizem que tu és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que tu és algum dos antigos profetas que ressuscitou."   Como Herodes, muitos achavam que João Batista tivesse ressuscitado em Jesus. Era crença comum que o profeta Elias devia voltar (Mt 17,10-13; Mc 9,11-12; Ml 3,23-24; Eclo 48,10). E todos alimentavam a esperança da vinda do profeta prometido por Moisés (Dt 18,15). Resposta insuficientes.

*  Lucas 9,20: A pergunta de Jesus aos discípulos.
    Depois de ouvir as opiniões dos outros, Jesus perguntou: “E vocês, quem dizem que eu sou?”. Pedro respondeu: “O Messias de Deus!”  Pedro reconhece que Jesus é aquele que o povo está esperando e que vem realizar as promessas. Lucas omite a reação de Pedro tentando dissuadir Jesus de seguir pelo caminho da cruz e omite também a dura crítica de Jesus a Pedro (Mc 8,32-33; Mt 16,22-23).

*  Lucas 9,21: A proibição de revelar que Jesus é o Messias de Deus
    “Então Jesus proibiu severamente que eles contassem isso a alguém”. Eles estão proibidos de revelar ao povo que Jesus é o Messias de Deus. Por que Jesus proibiu? É que naquele tempo, como já vimos, todos esperavam a vinda do Messias, mas cada um do seu jeito: uns como rei, outros como sacerdote, outros como doutor, guerreiro, juiz, ou profeta! Ninguém parecia estar esperando o messias servidor, anunciado por Isaías (Is 42,1-9). Quem insiste em manter a idéia de Pedro, isto é, do Messias glorioso sem a cruz, nada vai entender e nunca chegará a tomar a atitude do verdadeiro discípulo. Continuará cego, como Pedro, trocando gente por árvore (cf. Mc 8,24). Pois sem a cruz é impossível entender quem é Jesus e o que significa seguir Jesus. Por isso, Jesus insiste novamente na Cruz e faz o segundo anúncio da sua paixão, morte e ressurreição.

*  Lucas 9,22: O segundo anúncio da paixão
    E Jesus acrescentou: "O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no terceiro dia". A compreensão plena do seguimento de Jesus não se obtém pela instrução teórica, mas sim pelo compromisso prático, caminhando com ele no caminho do serviço, desde a Galiléia até Jerusalém. O Caminho do seguimento é o caminho da entrega, do abandono, do serviço, da disponibilidade, da aceitação do conflito, sabendo que haverá ressurreição. A cruz não é um acidente de percurso, mas faz parte deste caminho. Pois num mundo, organizado a partir do egoísmo, o amor e o serviço só podem existir crucificados! Quem faz da sua vida um serviço aos outros, incomoda os que vivem agarrados aos privilégios, e sofre. 

Para um confronto pessoal
1) Acreditamos todos em Jesus. Mas um entende Jesus de um jeito, outro o entende de outro jeito. Qual é, hoje, o Jesus mais comum no modo de pensar do povo?
2) Como a propaganda interfere no meu modo de ver Jesus? O que faço para não cair na arapuca da propaganda? O que, hoje, nos impede de reconhecer e de assumir o projeto de Jesus?

PREPARANDO-NOS PARA A FESTA DE
SANTA TERESA DO MENINO JESUS

SEXTA-FEIRA Uma só Missão não basta

1. Motivação
   "Queria ser missionária não só por alguns anos, mas quisera sê-lo desde a criação do mundo, e sê-lo até a consumação dos séculos". (Santa Teresinha)
   Neste dia, contemplamos a Padroeira Universal das Missões, mensageira do amor, que permanece na Igreja como um modelo, lembrando-nos nosso dever de anunciar a Salvação a todos. A tarefa missionária deve envolver a todos os cristãos que, em decorrência da graça batismal, são chamados a evangelizar e a anunciar o nome de Jesus Cristo. E nós, temos testemunhado nossa fé através de nossas atitudes e palavras? Preocupo-me em ser missionário de Cristo em todos os ambientes nos quais me encontro?

2. Leitura Bíblica: (Jo 17,4-11)
   Na quinta-feira Santa Jesus orou pelos discípulos dizendo: Pai, eu te glorifiquei na terra, conclui a obra que me encarregaste de realizar. E, agora, glorifica-me, Pai, junto de ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e mos deste e eles guardaram a tua palavra. Agora reconheceram que tudo quanto me deste vem de ti, porque as palavras que me deste eu lhas dei, e eles as acolheram e reconheceram verdadeiramente que saí de ti e creram que me enviaste. Por eles eu rogo; não rogo pelo mundo, mas pelos que me deste, porque são teus e tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu, e neles sou glorificado. Já não estou no mundo; mas eles permanecem no mundo e eu volto a ti. Pai Santo, guarda-os em teu nome - este nome que me deste! - para que sejam um como nós.

3. Oração
    Ó Deus todo-poderoso, que nos dais Santa Teresinha como modelo, vede nossos esforços em viver os nossos compromissos batismais e ponde em nossos corações o mesmo ardor de santidade que marcou a vida de Santa Teresa do Menino Jesus. Vós que cumulastes de graças vossa serva Santa Teresinha, derramai vossas bênçãos sobre todos nós, que exaltamos vossa misericórdia. Nós vos pedimos, atendei-nos em nossas necessidades e socorrei-nos, ouvindo-nos de modo especial na graça que esperamos alcançar de vós.... (faz-se o pedido). Isso vos pedimos por Cristo nosso Senhor. Amém.

4. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai

5. Ladainha
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós
Santa Maria, Rainha e Esplendor do Carmelo,
São José,
Santa Teresa, Estrela luminosa do Carmelo, rogai por nós
Santa Teresa, Doutora da Pequena Via,
Santa Teresa, perfeição de fé,
Santa Teresa, pequena fortaleza de Deus,
Santa Teresa, vocação para o amor,
Santa Teresa, asceta e mística,
Santa Teresa, de confiança obstinada,
Santa Teresa, de confiança invencível,
Santa Teresa, de confiança heroica,
Santa Teresa, de confiança na própria fraqueza,
Santa Teresa, do desejo de santidade,
Santa Teresa, do desejo de amor,
Santa Teresa, do desejo de virtudes,
Santa Teresa, do desejo de renúncia,
Santa Teresa, do desejo de retidão,
Santa Teresa, do desejo de fidelidade
Santa Teresa, do desejo de perfeição,
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos Senhor
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós, Senhor.
Rogai por nós, Santa Teresa do Menino Jesus da Santa Face, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos
Ó Deus Todo-poderoso e eterno, que abris as portas do Vosso Reino aos pequeninos e aos humildes. Concedei-nos a graça de seguirmos os passos da nossa irmã S. Teresa do Menino Jesus e da Santa Face pelo caminho pequenino da confiança que ela nos assinalou e pelo qual ele nos deseja conduzir. E assim, pela sua oração e pela sua sabedoria alcançaremos a revelação da Vossa glória. Por Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

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