Embora, aos domingos, não sejam celebradas as memórias dos santos, não podemos deixar de lembrar que hoje é o dia do nosso Patrono. Que o seu exemplo nos fortaleça em nossa vocação de leigos carmelitas.
12
de Agosto
Beato
Isidoro Bakanja,
leigo carmelita, mártir
Patrono
do Laicato Carmelita
ORAÇÃO
Deus
Pai todo-poderoso,
que
chamastes o bem-aventurado Isidoro à luz do Evangelho,
e
dele fizeste uma testemunha de Jesus Cristo,
concedei-nos,
por seus méritos e intercessão,
a
graça de amarmos a todos
e
de intercedermos pelos que nos perseguem.
Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Isidoro
Bakanja, um dos mais pequeninos irmãos de Jesus (Mt. 25, 40), nasceu no
nordeste do Zaire, atual Congo Belga, por volta dos anos de 1885 e 1890. Seu
registro de batismo e o primeiro documento sobre ele, que foi atraído para
Cristo quando estava por volta de seus dezoito anos de idade. Na época,
trabalhava para colonizadores brancos como assistente de pedreiro. Ele jamais
esqueceu as lições ensinadas pelos Missionários Trapistas da abadia de Westmalle, na Bélgica: um seguidor de
Jesus deve se caracterizar pela oração e pelo testemunho. Ele deve ser
reconhecido pela oração do terço e por usar o escapulário, chamado por eles
carinhosamente de Bonkoto Malia, hábito de Maria.
Terno,
honesto, respeitoso por natureza, Isidoro trabalhava dedicadamente e rezava com
fé, como é atestado pelo testemunho de muitos não-cristãos. Geralmente com o
terço na mão, procurava oportunidades para partilhar sua fé recém descoberta
com os outros, na medida que muitos pensavam que ele fosse um catequista. Ele definitivamente
deixou seu vilarejo natal porque nenhum de seus companheiros eram seguidores de
Cristo lá. Numa outra colônia, começou a trabalhar para um agente de uma
companhia belga que controlava a produção de borracha na região. Foi contratado para fazer serviços
domésticos. Muitos dos agentes belgas se
declavam ateus e detestavam os missionários. A causa desse ódio é que nas
missões eles defendiam os direitos dos nativos e denunciavam as injustiças que
os admistradores faziam contra seus empregados. “Mon pere” era o nome
pejorativo que era dado aos padres e para todos os conectados com a religião.
Isidoro
logo experienciou o ódio dos agentes pelo catolicismo. Ele pediu para deixá-lo
voltar para casa: a permissão foi negada. Foi-lhe pedido para que parasse de
ensinar seus companheiros de trabalho como rezar. “Você vai ter uma vila toda
rezando e ninguém para trabalhar” gritou um dos agentes para Isidoro.
Foi
dito para Isidoro deixar de usar seu escapulário. Como ele não o fez, foi
chicoteado duas vezes. Na segunda vez, o agente estava realmente furioso.
Atirou-se sobre Isidoro, arrancou o escapulário de seu pescoço e empurrou o
jovem fazendo-o cair no chão. O malvado administrador tinha três outros
empregados, dois para segurar Isidoro pelas suas mãos e pés e o terceiro para
chicoteá-lo. O chicote era feito de couro de elefante com pregos pendurados na
ponta. O indefeso Isidoro pedia por
compaixão. “Meu Deus, estou morrendo!” – exclamava ele gemendo. Mas o administrador
continuava dando pontapés na cabeça e no pescoço de Isidoro e ordenando aos
outros empregados para açoitá-lo ainda mais forte. Depois de cem, seus
serventes perderam a conta do número das chicotadas. Uma grande lesão foi
formada nas costas de Isidoro; alguns de seus ossos ficaram expostos. Depois da
tortura, suas pernas foram acorrentadas e ele foi jogado numa cabana de
processamento de borracha. Ele não podia nem ao menos se movimentar, tamanha a
dor.
Uma vez que um inspetor da Bélgica estava de visita às colônias, Isidoro foi obrigado a dirigir-se para outro povoado. Entretanto, como ele mal podia andar, acabou caindo à beira da estrada e se escondeu numa floresta. Quando avistou o inspetor, arrastou-se diante dele. Ele ficou horrizado ao ver a condição desse Jó dos tempos modernos. O próprio inspetor escreveu sobre sua impressão diante da situação: “Eu vi um homem vindo da floresta com suas costas profundamente dilaceradas, putrificando, cheirando mal, imundo, com moscas voando sobre ele. Ele apoiava-se em dois pedaços de madeira para tentar se aproximar de mim – ele não estava caminhando, ele estava se arrastando”. O administrador insolente ainda apareceu no lugar e tentou matar Isidoro, “esse animal dos mon pere”, mas o inspetor, mesmo fisicamente, o impediu. Ele levou Isidoro para sua própria colônia com esperança de ajudá-lo na recuperação. Mas jovem rapaz já sentia que a morte se aproximava. Ele disse a um de seus visitantes que o olhava com clemência: “Se você encontrar minha mãe, ou se você procurar o juiz, ou encontrar algum padre, diga-lhes que eu estou morrendo porque eu sou cristão”.
Uma vez que um inspetor da Bélgica estava de visita às colônias, Isidoro foi obrigado a dirigir-se para outro povoado. Entretanto, como ele mal podia andar, acabou caindo à beira da estrada e se escondeu numa floresta. Quando avistou o inspetor, arrastou-se diante dele. Ele ficou horrizado ao ver a condição desse Jó dos tempos modernos. O próprio inspetor escreveu sobre sua impressão diante da situação: “Eu vi um homem vindo da floresta com suas costas profundamente dilaceradas, putrificando, cheirando mal, imundo, com moscas voando sobre ele. Ele apoiava-se em dois pedaços de madeira para tentar se aproximar de mim – ele não estava caminhando, ele estava se arrastando”. O administrador insolente ainda apareceu no lugar e tentou matar Isidoro, “esse animal dos mon pere”, mas o inspetor, mesmo fisicamente, o impediu. Ele levou Isidoro para sua própria colônia com esperança de ajudá-lo na recuperação. Mas jovem rapaz já sentia que a morte se aproximava. Ele disse a um de seus visitantes que o olhava com clemência: “Se você encontrar minha mãe, ou se você procurar o juiz, ou encontrar algum padre, diga-lhes que eu estou morrendo porque eu sou cristão”.
Dois
missionários passaram muitos dias com ele. O jovem mártir devotamente recebeu a
unção dos enfermos. Ele os disse a razão pela qual apanhou: “o homem branco não
gosta dos cristãos... Ele não queria que eu usasse o escapulário... Ele brigava
comigo quando eu fazia minhas orações”. Os missionários orientaram Isidoro para
perdoar o agente. Ele, porém, os assegurava que já o tinha feito e que não
nutria nenhum ódio contra ele. Esse “animal dos mon pere,” esse
recém-convertido de dois anos e meio provou que sabia o que significava seguir
Jesus – mesmo ao extremo de ser flagelado como Ele, mesmo ao extremo de
carregar a cruz, mesmo ao extremo de morrer. Quando os missionários pediam que
ele rezasse pelo agente, ele dizia: “certamente eu irei rezar por ele. Quando
eu estiver no céu rezarei bastante por ele”.
Sua
agonia durou seis meses. Ele morreu entre oito e quinze de agosto de 1909. O
terço estava na mão e o escapulário de Nossa Senhora do Carmo no seu pescoço.
O
mártir Isidoro Bakanja foi beatificado pelo papa João Paulo II como leigo
Carmelita no dia 24 de 1994. Sua memoria é celebrada no dia 12 de agosto.
Estamos
trabalhando pela causa da canonização de Isidoro. Se você souber de qualquer
milagre por meio de sua intecessão, não deixe de nos contactar.
Beato Isidoro Bakanja:
Rogai por nós!
Leia, abaixo, a Lectio Divina para o XIX Domingo do Tempo Comum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO