domingo, 1 de abril de 2012

M E D I T A Ç Õ E S    Q U A R E S M A I S
7ª Palavra de Jesus na cruz.
     
       Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou (Lucas 23.46).
      Estas palavras revelam a glória de Cristo. Sua primeira palavra na cruz foi: Pai...! Sua última palavra é novamente: Pai...! Após tanto sofrimento, ele ainda consegue orar e invocar seu Pai.
   Jesus tinha dito: Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai (João 10.18). Sim, ele tem poder de entregar sua vida e reavê-la. Ele não faleceu por exaustão de suas forças físicas, apesar dos muitos sofrimentos. Ele era Deus. Ele entregou sua alma por livre vontade nas mãos do Pai. E é preciso lembrar que sua divindade permaneceu unida tanto à sua alma como ao seu corpo, e ele tinha o poder de unir os dois novamente, quando o quisesse. Ele não exclamou essas palavras vendo a morte se aproximar como fazem os cristãos, como Elias o fez ao exclamar: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais (1Reis 19.4).
    Ele o exclamou para mostrar seu poder aos inimigos e consolar os fiéis. Sim, a todos os que nele crêem e têm sua vida oculta em Cristo (Colossenses 3.3).
    Agora não precisamos temer a morte. Ela foi vencida. Cristo a transformou em porta para o céu. O que ele disse ao malfeitor do seu lado vale para todos os fiéis: Hoje estarás comigo no paraíso.
     O grande imperador, Carlos Magno, antes de falecer tomou em suas mãos uma cruz, e a apertou contra seu rosto e peito, então disse: “Pai, nas tuas mãos me entrego”. Após algumas horas ele veio a falecer. O mártir, João Hus, fiel servo de Cristo, que foi acusado pela Igreja Católica como herege e queimado, pouco antes de expirar disse: “Tenho a ordem de entregar minha alma em tuas mãos, meu Salvador Jesus, e assim o faço”, então faleceu. Assim muitos outros mártires procederam e morreram bem-aventurados. Martinho Lutero, pouco antes de falecer orou: “Amado Pai celestial, visto ter que deixar este corpo, sendo arrancado desta vida, sei que estarei para toda a eternidade em tuas mãos, das quais ninguém me poderá arrancar”.
     Assim muitos outros piedosos entregaram sua alma às mãos de Jesus, confiantes em sua graça. Lembramos as palavras de Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14.6). E: Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai (1 João 2.23). Nesta fé queremos partir também.

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