Bta.
Beata Alexandrina Mª da Costa (de Balasar), virgem
1ª
Leitura (Sab 7,7-11): Orei e foi-me dada a prudência; implorei e veio a
mim o espírito de sabedoria. Preferi-a aos ceptros e aos tronos e, em sua
comparação, considerei a riqueza como nada. Não a equiparei à pedra mais
preciosa, pois todo o ouro, à vista dela, não passa de um pouco de areia e,
comparada com ela, a prata é considerada como lodo. Amei-a mais do que a saúde
e a beleza e decidi tê-la como luz, porque o seu brilho jamais se extingue. Com
ela me vieram todos os bens e, pelas suas mãos, riquezas inumeráveis.
Salmo
Responsorial: 89
R. Saciai-nos, Senhor, com a
vossa bondade e exultaremos de alegria.
Ensinai-nos a contar os nossos
dias, para chegarmos à sabedoria do coração. Voltai, Senhor! Até quando? Tende
piedade dos vossos servos.
Saciai-nos, desde a manhã, com a
vossa bondade, para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias. Compensai em
alegria os dias de aflição, os anos em que sentimos a desgraça.
Manifestai a vossa obra aos
vossos servos e aos seus filhos a vossa majestade. Desça sobre nós a graça do
Senhor. Confirmai em nosso favor a obra das nossas mãos.
2ª
Leitura (Heb 4,12-13): A palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante
que uma espada de dois gumes: ela penetra até ao ponto de divisão da alma e do
espírito, das articulações e medulas, e é capaz de discernir os pensamentos e
intenções do coração. Não há criatura que possa fugir à sua presença: tudo está
patente e descoberto a seus olhos. É a ela que devemos prestar contas.
Aleluia. Bem-aventurados os
pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus. Aleluia.
Evangelho
(Mc 10,17-30): Jesus saiu caminhando, quando veio alguém correndo, caiu
de joelhos diante dele e perguntou: Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a
vida eterna? Disse Jesus: Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais
ninguém. Conheces os mandamentos: não matarás, não cometerás adultério, não
roubarás, não levantarás falso testemunho, não prejudicarás ninguém, honra teu
pai e tua mãe! Ele então respondeu: Mestre, tudo isso eu tenho observado desde
a minha juventude. Jesus, olhando bem para ele, com amor lhe disse: Só te falta
uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um
tesouro no céu. Depois, vem e segue-me. Ao ouvir isso, ele ficou pesaroso por
causa desta palavra e foi embora cheio de tristeza, pois possuía muitos bens.
Olhando em volta, Jesus disse aos seus discípulos: Como é difícil, para os que
possuem riquezas, entrar no Reino de Deus. Os discípulos ficaram espantados com
estas palavras. E Jesus tornou a falar: Filhos, como é difícil entrar no Reino
de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico
entrar no Reino de Deus! Eles ficaram mais admirados e diziam uns aos outros:
Quem então poderá salvar-se? Olhando bem para eles, Jesus lhes disse: Para os
homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível! Pedro
começou a dizer-lhe: Olha, nós deixamos tudo e te seguimos. Jesus respondeu: Em
verdade vos digo: todo aquele que deixa casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e
campos, por causa de mim e do evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante
esta vida - casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições -, e
no mundo futuro, vida eterna.
«Foi embora cheio de tristeza,
pois possuía muitos bens»
Rev. D. Xavier SERRA i Permanyer (Sabadell,
Barcelona, Espanha)
Hoje vemos como Jesus, que nos
ama, quer que todos entremos no Reino dos céus. Daí esta advertência tão severa
aos ricos. Também eles estão chamados a entrar nele. Mas sim, eles têm uma
situação mais difícil para se abrir a Deus. As riquezas podem fazer crer que já
têm tudo; têm a tentação de pôr a própria segurança e a confiança em suas
possibilidades e riquezas, sem se dar conta de que a confiança e a segurança
deve-se pôr em Deus. Mas não somente de palavra: é fácil dizer Sagrado Coração
de Jesus, em vos confio, mas é difícil dizê-lo com a vida. Se somos ricos,
quando digamos essa jaculatória de coração, trataremos de fazer de nossas
riquezas um bem para os demais, nos sentiremos administradores dos bens que
Deus nos tem dado.
Acostumo ir à Venezuela em
missão, e ali realmente, na pobreza, ao não ter muitas seguranças humanas, as
pessoas se dão conta de que a vida pendura de um fio, que sua existência é
frágil. Essa situação lhes facilita ver que é Deus quem lhes dá consistência,
que suas vidas estão nas mãos de Deus. Ao contrário, aqui em nosso mundo
consumista, temos tantas coisas que podemos cair na tentação de crer que elas
nos outorgam segurança, que nos seguram com uma grande corda. Mas na realidade,
ao igual que os pobres, estamos pendurados por um fio. Dizia a Mãe Teresa: Deus
não pode encher o que está cheio de outras coisas; temos o perigo de ter a Deus
como um elemento mais em nossa vida, um livro a mais na biblioteca; importante,
sim, mas um livro a mais. E, portanto, não considerá-lo em verdade como nosso
Salvador.
Mas tanto os ricos como os
pobres, ninguém se pode salvar por si mesmo: Quem então poderá salvar-se? (Mc
10,26), exclamarão os discípulos. Para os homens isso é impossível, mas não
para Deus. Para Deus tudo é possível!(Mc 10,27), responderá Jesus. Confiemo-nos
todos e plenamente à Jesus, e que essa confiança se manifeste em nossas vidas.
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«A pobreza acompanhou Cristo na
cruz: com Cristo foi sepultada, com Cristo foi ressuscitada, com Cristo subiu
ao céu. As almas que se apaixonam pela pobreza recebem, ainda nesta vida, a
leveza para voar para o céu» (S. Francisco de Assis)
«O jovem não se deixou conquistar
pelo olhar amoroso de Jesus, e por isso não conseguiu mudar. Só acolhendo o
amor do Senhor com humilde gratidão é que nos libertamos da sedução dos ídolos:
eles prometem a vida, mas causam a morte» (Francisco)
«(...) Nos três evangelhos
sinópticos, o apelo de Jesus ao jovem rico, para O seguir na obediência de
discípulo e na observância dos preceitos, está associado ao apelo à pobreza e à
castidade. Os conselhos evangélicos são inseparáveis dos mandamentos» (Catecismo
da Igreja Católica, nº 2.053)
Jesus, fitando nele o olhar,
sentiu afeição por ele e disse: «... vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro
aos pobres ...; depois, vem e segue-me.»
Do site da Ordem do Carmo em
Portugal.
* O evangelho deste 28º
Domingo do Tempo Comum conta a história de um jovem que pergunta a Jesus qual é
o caminho para alcançar a vida eterna. Jesus dá-lhe uma resposta mas o
jovem não a aceita porque era muito rico. A riqueza oferece uma certa segurança
às pessoas que encontram dificuldade em privarem-se desta segurança. Ligados
aos benefícios dos seus bens, estas pessoas vivem preocupadas em defender os
seus próprios interesses. O pobre não tem esta preocupação e por isso acha-se
mais livre. Mas há pobres com mentalidade de rico. São pobres, mas não são
“pobres de espírito” (Mt 5, 3). Não só a riqueza mas também o desejo de riqueza
pode transformar a pessoa e torná-la escrava dos bens deste mundo. Terão
dificuldade em aceitar o convite de Jesus: “Vai, vende tudo o que tens e dá-lo
aos pobres e terás um tesouro no céu, e toma a tua cruz e segue-me” (Mc 10,
21). Não dará o passo que Jesus pede. E eu, sou capaz de deixar tudo pelo
Reino?
* O evangelho deste Domingo
descreve a conversão progressiva, que segundo o convite de Jesus, deve
acontecer na nossa relação com os bens materiais. Para se compreender
totalmente as instruções de Jesus é bom recordar o contexto mais amplo em que
Marcos coloca estes textos. Jesus caminha para Jerusalém onde será crucificado
(Mc 8, 27; 9, 30.33; 10, 1.17.32). Está para dar a sua vida. Sabe que vai ser
morto mas não recua. E diz: “O Filho do Homem não veio para ser servido mas
para servir e dar a sua vida em resgate por todos” (Mc 10, 45). Esta atitude de
fidelidade e de entrega à missão recebida do Pai dá-lhe as condições para
indicar o que é realmente importante na vida.
* As recomendações de
Jesus valem para todos os tempos, tanto para as pessoas do seu tempo e dos
tempos de Marcos, como para nós hoje, que vivemos no século XXI. São como
espelhos onde se reflete o que é verdadeiramente importante na vida, ontem e
hoje: recomeçar sempre de novo a construção do Reino, renovando as relações
humanas a todos os níveis, seja entre nós, de nós com Deus, como com os bens
materiais.
* Marcos 10, 17-19: Os
mandamentos e a vida eterna. Uma pessoa aproxima-se e pergunta: “Bom
mestre, que devo fazer para ter em herança a vida eterna?”. O evangelho de
Mateus diz que se trata de um jovem (Mt 19, 20-22). Jesus responde bruscamente:
“Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus”. Jesus desvia a atenção de si
mesmo e orienta-a para Deus porque interessa-lhe fazer a vontade do Pai,
revelar o Projeto do Pai. Em seguida Jesus diz: “Conheces os mandamentos: não
mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, honra
o teu pai e a tua mãe”. O jovem pedira o que fazer para ter como herança a vida
eterna. Queria viver junto a Deus! E Jesus recorda-lhe unicamente os
mandamentos que indicam uma vida de relação com o próximo. Para Jesus, estamos
bem com Deus se estivermos bem com o próximo. A porta para chegar a Deus é o
próximo. Não há outra!
* Marcos 10, 20: Para que
serve cumprir os mandamentos? O jovem responde que já observava os
mandamentos desde há muito tempo. O que é estranho é o que se segue. O jovem
queria saber qual é o caminho da vida eterna. Agora, o caminho da vida eterna
era e continua a ser fazer a vontade de Deus expressa nos mandamentos. Quer
dizer que aquele homem observava os mandamentos sem saber para que serviam. Não
sabia que a observância dos mandamentos que ele praticava desde a infância, era
o caminho para chegar a Deus, a vida eterna. É como muitos católicos de hoje que
não sabem para que serve ser católico. “Nasci em Portugal, nasci na Espanha,
nasci em Itália, por isso sou católico”. Um costume!
* Marcos 10, 21-22:
Compartilhar os bens com os pobres. “Jesus, fitando nele o olhar, sentiu
afeição por ele e disse: «Falta-te apenas uma coisa: vai, vende tudo o que
tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e
segue-me»”. Jesus não condena o jovem, não o critica, mas procura ajudá-lo a
dar um passo em frente. A conversão que Jesus quer é progressiva. A observância
dos mandamentos é somente o primeiro degrau de uma escada que vai mais longe e
leva cada vez mais alto. Jesus pede mais! A observância dos mandamentos prepara
a pessoa para poder chegar ao dom total de si mesma a favor do próximo. Os Dez
Mandamentos são o caminho para chegar à prática perfeita dos dois mandamentos:
do amor a Deus e do amor ao próximo (Mc 12, 29-31; Mt 7, 12). Jesus pede muito,
mas pede com muito amor. O jovem não aceita a proposta de Jesus e retira-se
“porque era muito rico”.
* Marcos 10, 23-27: O camelo e
o olho da agulha. Depois do jovem se retirar Jesus comenta a sua decisão: “
Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus!”. Os discípulos ficam estupefatos.
Jesus repete a mesma frase e acrescenta um provérbio que era usado para indicar
uma coisa que humanamente era impossível: “É mais fácil passar um camelo pelo
fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. Os discípulos
ficam admirados com a afirmação de Jesus, sinal de que não tinham entendido a
resposta de Jesus dada ao jovem rico: “Vai, vende tudo o que tens e dá-lo aos
pobres e vem e segue-me!”. O jovem cumpria os mandamentos mas sem entender
porque os observava. Algo parecido estava a acontecer com os discípulos. Para
seguir Jesus abandonaram tudo (Mc 1, 18-20) mas sem entender o porquê do
abandono. Porque se o tivessem entendido não teriam ficado assombrados com a
exigência de Jesus. Quando a riqueza ou o desejo de riqueza ocupa o coração e o
interesse da pessoa ela não consegue entender o sentido da vida e do Evangelho.
Só o próprio Deus a pode ajudar: “Para os homens isto é impossível, mas não
para Deus. Porque para Deus tudo é possível”.
* Quando Jesus fala da
quase impossibilidade do facto de que “um rico entre no Reino de Deus”,
refere-se, não em primeiro lugar à entrada no céu depois da morte, mas à
comunidade formada à volta de Jesus. Até hoje, é muito difícil um rico entrar
numa pequena comunidade eclesial de base e juntar-se aos pobres e sentar-se
junto deles, para assim seguir Jesus.
* Marcos 10, 28-30: O diálogo
entre Jesus e Pedro. Pedro cria que “entrar no reino de Deus” era o mesmo
que seguir Jesus na pobreza, pelo que pergunta: “Nós deixamos tudo e
seguimos-te. Qual será a nossa recompensa?”. Apesar do abandono, Pedro
continuava com a mentalidade inicial. Todavia não havia compreendido o sentido
do serviço e da gratuitidade. Ele e os seus companheiros abandonaram tudo para
receber qualquer coisa em troca. Qual será a nossa recompensa? A resposta de
Jesus é simbólica. Deixa entrever que não devem esperar nenhuma vantagem, nenhuma
segurança, nenhuma promoção. Receberão o cêntuplo, isto sim! Mas com
perseguições nesta vida. No mundo futuro terão a vida eterna de que falava o
jovem rico. “Em verdade vos digo: quem deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai,
filhos ou campos por minha causa e por causa do Evangelho, receberá cem vezes
mais agora, no tempo presente, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e
campos, juntamente com perseguições, e, no tempo futuro, a vida eterna”.
* Jesus e a preferência pelos
pobres. Uma dupla escravidão recaía sobre o povo da Galileia no tempo de
Jesus: 1) – a escravidão política de
Herodes, apoiada pelo império romano, mantinha por todo o lado um sistema bem-organizado
de violência e repressão. 2) – a escravidão da religião oficial, mantida pelas
autoridades religiosas da época. Devido a isto a família, a comunidade, o clã,
desintegravam-se pouco a pouco e uma grande parte das pessoas vivia
marginalizada, sem um lugar, uma religião e uma sociedade. Para combater esta
desintegração da vida comunitária e familiar, existiam diversos movimentos que,
como Jesus, procuravam um novo modo de viver e conviver em comunidade. Por
exemplo, os essênios, os fariseus, e mais tarde os zelotes, todos eles viviam
em comunidade. Na comunidade de Jesus, por exemplo, havia algo de novo que a
diferenciava dos outros grupos. Era a atitude em relação aos pobres e
marginalizados.
* As comunidades dos fariseus
viviam separadas. A palavra “fariseu” quer dizer “separado”. Viviam
separados do povo impuro. Muitos fariseus consideravam o povo ignorante e
maldito (Jo 7, 49), cheio de pecados (Jo 9, 34). Não aprendiam nada das pessoas
(Jo 9, 34). Jesus e a sua comunidade, pelo contrário, viviam misturados com os
marginalizados, considerados impuros: publicanos, pecadores, prostitutas,
leprosos (Mc 2, 16; 1, 41; Lc 7, 37). Jesus reconhece a riqueza e o valor que
possuem Mt 11, 25-26; Lc 21, 1-4). Proclama-os bem-aventurados porque o Reino
pertence aos pobres (Lc 6, 20); Mt 5, 3). Ele mesmo vive como um pobre. Não tem
nada próprio, nem sequer uma pedra para reclinar a cabeça (Lc 9, 58). E aos que
queriam segui-lo para viver com Ele em comunidade propõe-lhes a escolha: ou
Deus ou o dinheiro (Mt 6, 24)! Manda fazer esta escolha por causa dos pobres
(Mc 10, 21).
* A pobreza que caracterizava a vida de Jesus e
dos discípulos, caracterizava também a missão. Ao contrário dos outros
missionários (Mt 23, 25), os discípulos de Jesus não podiam levar nada consigo:
nem ouro, nem prata, nem duas túnicas, nem alforje, nem sandálias (Mt 10,
9-10). Deviam confiar na hospitalidade (Lc 9, 4; 10, 5-6). No caso de serem
acolhidos pelas pessoas, deveriam trabalhar como os outros e viver do que
tinham recebido em troca (Lc 10, 7-8). Deviam ocupar-se dos enfermos e
necessitados (Lc 10, 9; Mt 10, 8). E então podiam dizer às pessoas “O Reino de
Deus chegou” (Lc 10, 9).
* Por outro lado, quando
se trata de administrar os bens, o que chama a atenção nas parábolas de Jesus é
a seriedade que pede no uso destes mesmos bens (Mt 25, 21.26; Lc 19, 22-23).
Jesus quer que o dinheiro seja colocado ao serviço da vida (Lc 16, 9-13). Para
Jesus ser pobre não é sinónimo de ser preguiçoso e negligente.
* Este testemunho a favor dos
pobres era o passo que faltava no movimento popular da época dos fariseus, essênios e zelotes. Cada vez
que na Bíblia surge um movimento para renovar a Aliança, começa de novo a ser
estabelecido o direito dos pobres e marginalizados. Sem isto, a Aliança não é
possível. Assim faziam os Profetas, assim fazia Jesus. Denuncia o antigo
sistema que em nome de Deus excluía os pobres. Jesus anuncia um novo começo que
em nome de Deus acolhe os marginalizados. Este é o sentido e o motivo da
inserção e da missão da comunidade de Jesus no meio dos povos. Vai à raiz e
inaugura a Nova Aliança.
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