quinta-feira, 24 de maio de 2012


MÊS DE MARIA

MEDITAÇÃO – 25º dia
Novena de Pentecostes 8º dia

     A docilidade é um sinal de predestinação. Pelo contrário, é indício de obstinação no mal, como os réprobos, não querer escutar os avisos e conselhos daqueles que são animados dum zelo prudente, e não se deixam dirigir por aqueles a quem Deus confiou esta missão. Temos nós o sincero desejo de ser dirigidos em tudo o que diz respeito à nossa salvação? Damos o respeito devido à santidade da casa de Deus? Demo-nos a conhecer plena e inteiramente ao nosso diretor espiritual?... Somos sensíveis às inspirações da graça e aos bons exemplos? Se, pelo contrário, encontrarmos resistência em nossa alma, trabalhemos por torná-la dócil à ação da graça e repitamos amiúde esta oração do sábio: "Senhor, dai ao vosso servo um coração dócil".
Nestes dias é que o céu abrasa a terra no fogo do divino amor. O mundo cristão está como engolfado nas chamas da caridade que o Espírito Santo derrama nos corações dos fiéis: seríamos nós tão insensíveis, que no meio deste grande incêndio ficássemos, senão frios, ao menos indiferentes ao serviço do Senhor? Assim acontecerá se não prepararmos nossa alma. Ora, como a lenha verde não se pode queimar se não perder a umidade, é mister também arrancar do nosso coração todos os afetos terrestres e desordenados, que só servem para apagar o fogo do divino amor. Por isso preparem-nos: o Senhor vai chegar! Imitemos os Santos nos quais admiramos os efeitos desse foto sagrado.
O mais deplorável engano em que posso cair é o de errar na escolha de um estado de vida. Dele depende minha salvação eterna. Praza a Deus que nas minhas resoluções sobre o futuro, eu já não me tenha afastado do caminho que a Providência me indicou, guiando-me pelos caprichos de minha vontade, pelos desejos da ambição, ou por qualquer outro mau conselho. É sobretudo neste ponto que eu devo protestar ao Espírito Santo não querer outro guia, a não ser Ele. Vou implorar instantemente nestes dias de graças, o socorro de suas luzes, pedindo-lhe que me indique o caminho que devo trilhar. Mas Ele exige que eu humildemente peça os avisos e as luzes dos que me dirigem.

Oitavo Exame: Obstáculo aos Dons do Espírito Santo - A presunção
1- Não me acontece que, contando com minhas forças, eu me exponho à ocasião do pecado, sem temer nem sua funesta influência, nem minha própria fraqueza?
2- Toda minha virtude não consiste só em certas práticas exteriores de devoção, como se minha salvação dependesse unicamente delas sem que eu me corrija de meus defeitos, arranque os maus hábitos e vença as paixões?
3- Presumindo demais da paciência e misericórdia de Deus, não tenho recaído nos mesmos pecados sem temer que a medida já esteja cheia e que, cansado com minhas ingratidões, o Senhor me abandone?

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