domingo, 4 de maio de 2025

MÊS DE MARIA – Terça-feira da 3ª semana da Páscoa

São Pedro Nolasco, presbítero
São Domingos Sávio, leigo
 
ORAÇÂO
Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
 
LECTIO DIVINA
 
1ª Leitura (At 7,51–8,1): Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos escribas: «Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre resistis ao Espírito Santo. Como foram os vossos antepassados, assim sois vós também. A qual dos Profetas não perseguiram os vossos antepassados? Eles também mataram os que predisseram a vinda do Justo, do qual fostes agora traidores e assassinos, vós que recebestes a Lei pelo ministério dos Anjos e não a tendes cumprido». Ao ouvirem estas palavras, estremeciam de raiva em seu coração e rangiam os dentes contra Estêvão. Mas ele, cheio do Espírito Santo, de olhos fitos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus de pé à sua direita e exclamou: «Vejo o Céu aberto e o Filho do homem de pé à direita de Deus». Então levantaram um grande clamor e taparam os ouvidos; depois atiraram-se todos contra ele, empurraram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas colocaram os mantos aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito». Depois ajoelhou-se e bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas este pecado». Dito isto, expirou. Saulo estava de acordo com a execução de Estêvão.
 
Salmo Responsorial: 30
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
 
Sede a rocha do meu refúgio e a fortaleza da minha salvação; porque Vós sois a minha força e o meu refúgio, por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
 
Em vossas mãos entrego o meu espírito, Senhor, Deus fiel, salvai-me. Em Vós, Senhor, ponho a minha confiança: hei de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia.
 
Fazei brilhar sobre mim a vossa face, salvai-me pela vossa bondade. Como é grande, Senhor, a vossa bondade, que tendes reservada para os que Vos temem.
 
Aleluia. Eu sou o pão da vida, diz o Senhor; quem vem a Mim nunca mais terá fome. Aleluia.
 
Evangelho (Jo 6,30-35): Eles perguntaram: «Que sinais realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Que obras fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: ‘Deu-lhes a comer o pão do céu’». Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu. É meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo». Eles então pediram: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!». Jesus lhes disse: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede».
 
«É meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu»
 
Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Rubí, Barcelona, Espanha)
 
Hoje, nas palavras de Jesus podemos constatar a contraposição e a complementaridade entre o Antigo e o Novo Testamento: o Antigo é a figura do Novo e, no Novo as promessas feitas por Deus aos pais no Antigo chegam a sua plenitude. Assim, o maná que os israelitas comeram no deserto não era o autêntico pão do céu, e sim a figura do verdadeiro pão que Deus, nosso Pai, nos deu na pessoa de Jesus Cristo, a quem enviou como Salvador do mundo. Moisés solicitou a Deus, a favor dos israelitas, um alimento material; Jesus Cristo, em troca, se dá a si mesmo como alimento divino que outorga a vida.
 
«Eles perguntaram: «Que sinais realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Que obra realizas?» (Jo 6,30), exigem incrédulos e impertinentes os judeus. Pareceu-lhes pouco o sinal da multiplicação dos pães e dos peixes feita por Jesus no dia anterior? Por que ontem queriam proclamar rei a Jesus e hoje já não acreditam nele? Que inconstante é frequentemente o coração humano! Diz são Bernardo de Claraval: «Os incrédulos andam em volta, porque naturalmente, querem satisfazer o apetite, e desprezar o modo de conseguir o fim». Assim sucedia com os judeus: submergidos em uma visão materialista, pretendiam que alguém lhes alimentasse e solucionasse seus problemas, mas não queriam acreditar; isso era tudo o que lhes interessava de Jesus. Não é esta a perspectiva de quem deseja uma religião cômoda, feita sob medida e sem compromisso?
 
«Senhor, dá-nos sempre desse pão!» (Jo 6,34): que estas palavras, pronunciadas pelos judeus desde seu modo materialista de ver a realidade, sejam ditas por mim com a sinceridade que me proporciona a fé; que expressem realmente um desejo de alimentar-me com Jesus Cristo e de viver unidos a Ele para sempre.
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Na nova aliança, temos um pão celestial e uma bebida de salvação que santificam alma e corpo. Porque do mesmo modo que o pão é conveniente para a vida do corpo, assim o Verbo o é para a vida da alma» (São Cirilo de Jerusalém)
 
«O homem tem fome de algo mais que do maná do deserto. Como os que escutavam a Jesus seguiam sem o entender, Ele o repete de um modo inequívoco: “Eu sou o pão da vida. O que vem a mim não passara fome, e o que acredita em mim não passara nunca sede” (Jo 6,35)» (Bento XVI)
 
«O dilúvio e a arca de Noé prefiguravam a salvação pelo Baptismo, tal como a nuvem, a travessia do Mar Vermelho e a água do rochedo eram figura dos dons espirituais de Cristo; e o maná do deserto prefigurava a Eucaristia, “o verdadeiro Pão do céu” (Jo 6,32)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1094)
 
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
 
* O Discurso do Pão da Vida não é um texto para ser discutido e dissecado, mas sim para ser meditado e ruminado.
Por isso, caso você não entender logo tudo, não se preocupe. Este texto do Pão da Vida exige toda uma vida para meditá-lo e aprofundá-lo. Um texto assim, a gente deve ler, meditar, rezar, pensar, ler de novo, repetir, ruminar, como se faz com um doce gostoso na boca. Vai virando e virando, até se gastar. Quem lê o Quarto Evangelho superficialmente pode ficar com a impressão de que João repete sempre a mesma coisa. Lendo com mais atenção, você perceberá que não se trata de repetição. O autor do Quarto Evangelho tem um jeito próprio de repetir o mesmo assunto, mas num nível cada vez mais alto ou mais profundo. Parece uma escada em caracol. Girando você volta ao mesmo lugar, mas num nível mais alto ou mais profundo.
 
* João 6,30-33: Que sinal realizas para que possamos crer?  O povo tinha perguntado: O que devemos fazer para realizar a obra de Deus? Jesus respondeu: “A obra de Deus é acreditar naquele que ele enviou”, isto é, crer em Jesus. Por isso o povo formula nova pergunta: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Qual é a tua obra?” Isto significa que eles não entenderam a multiplicação dos pães como um sinal da parte de Deus para legitimar Jesus junto ao povo como o enviado de Deus! E eles continuam argumentando: No passado, nossos pais comeram o maná que foi dado por Moisés! Eles o chamavam de “pão do céu” (Sb 16,20), ou seja, “pão de Deus”. Moisés continua sendo o grande líder, no qual acreditam. Se Jesus quer que o povo acredite nele, deve fazer um sinal maior que o de Moisés. “Qual a tua obra?”
 
* Jesus responde que o pão dado por Moisés não era o pão verdadeiro do céu.
Veio do alto, sim, mas não era o pão de Deus, pois não garantiu a vida para ninguém. Todos eles morreram no deserto (Jo 6,49). O pão do céu verdadeiro, o pão de Deus, é aquele que vence a morte e traz vida! É aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. É o próprio Jesus! Jesus tenta ajudar o povo a se libertar dos esquemas do passado. Para ele, fidelidade ao passado não significa fechar-se nas coisas de antigamente e recusar a renovação. Fidelidade ao passado é aceitar o novo que chega como fruto da semente plantada no passado.
 
* João 6,34-35: Senhor, dá-nos sempre desse pão! Jesus responde claramente: "Eu sou o pão da vida!" Comer o pão do céu é o mesmo que crer em Jesus e aceitar o caminho que ele ensinou, a saber: "O meu alimento é fazer a vontade do Pai que está no céu!" (Jo 4,34). Este é o alimento verdadeiro que sustenta a pessoa, dá rumo e traz vida nova. Este último versículo do evangelho de hoje (Jo 6,35) será retomado como primeiro versículo do evangelho de amanhã (Jo 6,35-40).
 
Para um confronto pessoal
1) Fome de pão, fome de Deus. Qual dos dois predomina em mim?
2) Jesus disse: “Eu sou o pão da vida”. Ele mata a fome e a sede. Qual a experiência que tenho neste ponto?
 
ORAÇÃO
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
 
LADAINHA DE NOSSA SENHORA
 

Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
 
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
 
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
 
Santa Maria,  rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,...
Santa Virgem das virgens,...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança,...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada,...
Mãe sempre virgem,...
Mãe amável,...
Mãe admirável,...
Mãe do bom conselho,...
Mãe do Criador,...
Mãe do Salvador,...
Virgem prudentíssima,...
Virgem digna de honra,...
Virgem digna de louvor,...
Virgem poderosa,...
Virgem clemente,...
Virgem fiel,...
Espelho de justiça,...
Sede da sabedoria,...
Causa da nossa alegria,...
Templo do Espírito Santo,...
Tabernáculo da eterna glória,...
Moradia consagrada a Deus,...
Rosa mística,...
Torre de Davi,...
Fortaleza inexpugnável,...
Santuário da divina presença,...
Arca da Aliança,...
Porta do Céu,...
Estrela da Manhã,...
Saúde dos enfermos,...
Refúgio dos pecadores,...
Conforto dos migrantes,...
Consoladora dos aflitos,...
Auxílio dos cristãos,...
Rainha dos anjos,...
Rainha dos patriarcas,...
Rainha dos profetas,...
Rainha dos apóstolos,...
Rainha dos mártires,...
Rainha dos confessores da fé,...
Rainha das virgens,...
Rainha de todos os santos,...
Rainha concebida sem pecado,...
Rainha assunta ao céu,...
Rainha do sacratíssimo Rosário,...
Rainha das famílias,...
Rainha da paz,...
 
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
 
V. Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
 
“LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.

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