quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

8 de dezembro: Imaculada Conceição da Virgem Maria

1ª Leitura (Gen 3,9-15.20):
Leitura do Livro do Génesis Depois de Adão ter comido da árvore, o Senhor Deus chamou-o e disse-lhe: «Onde estás?». Ele respondeu: «Ouvi o rumor dos vossos passos no jardim e, como estava nu, tive medo e escondi-me». Disse Deus: «Quem te deu a conhecer que estavas nu? Terias tu comido dessa árvore, da qual te proibira comer?». Adão respondeu: «A mulher que me destes por companheira deu-me do fruto da árvore e eu comi». O Senhor Deus perguntou à mulher: «Que fizeste?» E a mulher respondeu: «A serpente enganou-me e eu comi». Disse então o Senhor Deus à serpente: «Por teres feito semelhante coisa, maldita sejas entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selvagens. Hás de rastejar e comer do pó da terra todos os dias da tua vida. Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Esta te esmagará a cabeça e tu a atingirás no calcanhar». O homem deu à mulher o nome de ‘Eva’, porque ela foi a mãe de todos os viventes.
 
Salmo Responsorial: 97
R. Cantai ao Senhor um cântico novo: o Senhor fez maravilhas.
 
Cantai ao Senhor um cântico novo, pelas maravilhas que Ele operou. A sua mão e o seu santo braço Lhe deram a vitória.
 
O Senhor deu a conhecer a salvação, revelou aos olhos das nações a sua justiça. Recordou-Se da sua bondade e fidelidade em favor da casa de Israel.
 
Os confins da terra puderam ver a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor, terra inteira, exultai de alegria e cantai.
 
2ª Leitura (Ef 1,3-6.11-12): Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto dos Céus nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, em caridade, na sua presença. Ele nos predestinou, conforme a benevolência da sua vontade, a fim de sermos seus filhos adoptivos, por Jesus Cristo, para louvor da sua glória e da graça que derramou sobre nós, por seu amado Filho. Em Cristo fomos constituídos herdeiros, por termos sido predestinados, segundo os desígnios d’Aquele que tudo realiza conforme a decisão da sua vontade, para sermos um hino de louvor da sua glória, nós que desde o começo esperámos em Cristo.
 
Aleluia. Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres. Aleluia.
 
Evangelho (Lc 1,26-38): Quando Isabel estava no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: «Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo». Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse: «Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim». Maria, então, perguntou ao anjo: «Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?». O anjo respondeu: «O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril, pois para Deus nada é impossível». Maria disse: «Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo retirou-se».
 
«Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo»
 
Rev. D. David COMPTE i Verdaguer (Manlleu, Barcelona, Espanha)
 
Hoje, o Evangelho toca um acorde de três notas. Três notas, nem sempre bem afinadas na nossa sociedade: a do fazer, a da amizade e a da coerência de vida. Hoje em dia, fazemos muitas coisas, mas, temos um projeto? Hoje, que navegamos na sociedade da comunicação, cabe nos nossos corações a solidão? Hoje, na era da informação, esta permite-nos formar a nossa personalidade?
 
Um projeto. Maria, uma mulher «prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi» (Lc 1,28). Maria tem um projeto. Evidentemente, de proporções humanas. Porém, Deus irrompe na sua vida para apresentar-lhe outro projeto... de proporções divinas. Também hoje, quer entrar em nossa vida e dar proporções divinas ao nosso dia a dia humano.
 
Uma presença. «Não tenhas medo, Maria!» (Lc 1,30). Não construamos de qualquer jeito! Não seja que a adição ao “fazer” esconda um vazio. O matrimônio, a vida de serviço, a profissão não tem de ser uma fuga para diante. «Cheia de graça! O Senhor está contigo» (Lc 1,28). Presença que acompanha e dá sentido. Confiança em Deus, que — por conseguinte— nos leva à confiança com os outros. Amizade com Deus que revigora a amizade com os outros.
 
Formar-nos. Hoje, recebemos tantos estímulos muitas vezes opostos, que é preciso dar forma e unidade à nossa vida. Maria, diz São Luís Maria Grignion, «é o molde vivo de Deus». Existem duas maneiras de fazer uma escultura, expõe Grignion: uma, a mais difícil, à base de batidas de cinzel. A outra, usando um molde. Esta é mais simples do que a primeira. Mas o sucesso depende de que a matéria seja maleável e o molde desenhe com perfeição a imagem. Maria é o molde perfeito. Procuramo-la, sendo matéria maleável?
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Deus é o pai das coisas criadas; e Maria é a mãe das cosas recriadas. Pois Deus engendrou àquele por quem tudo foi feito; e Maria deu à luz àquele por quem tudo foi salvo» (São Anselmo)
 
«O cumprimento do anjo está entretecido com os fios do Antigo Testamento. Maria é o rebento que, na escura noite invernal da história, floresce do tronco abatido de David: de Ela germina a árvore da redenção. Deus não tem fracassado, como podia parecer no início da história: Deus salvou e salva o seu povo» (Bento XVI)
 
«Este esplendor de uma santidade de todo singular, com que foi enriquecida desde o primeiro instante da sua conceição (141), vem-lhe totalmente de Cristo: foi remida dum modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu Filho (142)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 492)
 
Reflexão de Frei Carlos Mesters, O.Carm.

* Hoje é a Solenidade da Imaculada Conceição.
O texto que meditamos no evangelho descreve a visita do anjo a Maria (Lc 1,26-38). A Palavra de Deus chega a Maria não através de um texto bíblico, mas através de uma experiência profunda de Deus, manifestada na visita do anjo. No AT, muitas vezes, o Anjo de Deus é o próprio Deus. Foi graças à ruminação da Palavra escrita de Deus na Bíblia, que Maria foi capaz de perceber a Palavra viva de Deus na visita do Anjo. Assim também acontece com a visita de Deus em nossas vidas. As visitas de Deus são frequentes. Mas por falta de ruminação da Palavra escrita de Deus na Bíblia, não percebemos a visita de Deus em nossas vidas. A visita de Deus é tão presente e tão contínua que, muitas vezes, já nem a percebemos e, por isso, perdemos uma grande oportunidade de viver na paz e na alegria.
 
*  Lucas 1,26-27: A Palavra faz a sua entrada na vida. Lucas apresenta as pessoas e os lugares: uma virgem chamada Maria, prometida em casamento a um homem, chamado José, da casa de Davi. Nazaré, uma cidadezinha na Galileia. Galileia era periferia. O centro era Judéia e Jerusalém. O anjo Gabriel é o enviado de Deus para esta moça virgem que morava na periferia. O nome Gabriel significa Deus é forte. O nome Maria significa amada de Javé ou Javé é o meu Senhor. A história da visita de Deus a Maria começa com a expressão “No sexto mês”. Trata-se do "sexto mês" da gravidez de Isabel, parenta de Maria, uma senhora já de idade, precisando de ajuda. A necessidade concreta de Isabel é o pano de fundo de todo este episódio. Encontra-se no começo (Lc 1,26) e no fim (Lc 1,36.39).
 
*  Lucas 1,28-29: A reação de Maria. Foi no Templo que o anjo apareceu a Zacarias. A Maria ele aparece na casa dela. A Palavra de Deus atinge Maria no ambiente da vida de cada dia. O anjo diz: “Alegra-te! Cheia de graça! O Senhor está contigo!” Palavras semelhantes já tinham sido ditas a Moisés (Ex 3,12), a Jeremias (Jr 1,8), a Gedeão (Jz 6,12), a Rute (Rt 2,4) e a muitos outros. Elas abrem o horizonte para a missão que estas pessoas do Antigo Testamento deviam realizar a serviço do povo de Deus. Intrigada com a saudação, Maria procura saber o significado. Ela é realista, usa a cabeça. Quer entender. Não aceita qualquer aparição ou inspiração.
 
*  Lucas 1,30-33: A explicação do anjo. “Não tenha medo, Maria!” Esta é sempre a primeira saudação de Deus ao ser humano: não ter medo! Em seguida, o anjo recorda as grandes promessas do passado que vão ser realizadas através do filho que vai nascer de Maria. Este filho deve receber o nome de Jesus. Ele será chamado Filho do Altíssimo e nele se realizará, finalmente, o Reino de Deus prometido a Davi, que todos estavam esperando ansiosamente. Esta é a explicação que o anjo dá a Maria para ela não ficar assustada.
 
*  Lucas 1,34: Nova pergunta de Maria. Maria tem consciência da missão importante que está recebendo, mas ela permanece realista. Não se deixa embalar pela grandeza da oferta e olha a sua condição: “Como é que vai ser isto, se eu não conheço homem algum?” Ela analisa a oferta a partir dos critérios que nós, seres humanos, temos à nossa disposição. Pois, humanamente falando, não era possível que aquela oferta da Palavra de Deus se realizasse naquele momento.
 
*  Lucas 1,35-37: Nova explicação do anjo. "O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Por isso, o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus”. O Espírito Santo, presente na Palavra de Deus desde o dia da Criação (Gênesis 1,2), consegue realizar coisas que parecem impossíveis. Por isso, o Santo que vai nascer de Maria será chamado Filho de Deus. Quando hoje a Palavra de Deus é acolhida pelos pobres sem estudo, algo novo acontece pela força do Espírito Santo! Algo tão novo e tão surpreendente como um filho nascer de uma virgem ou como um filho nascer de Isabel, uma senhora já de idade, da qual todo mundo dizia que ela não podia ter neném! E o anjo acrescenta: “E olhe, Maria! Isabel, tua prima, já está no sexto mês!”
 
*  Lucas 1,38:  A entrega de Maria. A resposta do anjo clareou tudo para Maria. Ela se entrega ao que Deus estava pedindo: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Maria usa para si o título de Serva, empregada do Senhor. O título vem de Isaías, que apresenta a missão do povo não como um privilégio, mas sim como um serviço aos outros povos (Is 42,1-9; 49,3-6). Mais tarde, Jesus, o filho que estava sendo gerado naquele momento, definirá sua missão:  “Não vim para ser servido, mas para servir!” (Mt 20,28). Aprendeu da Mãe!
 
*  Lucas 1,39:  A forma que Maria encontra para servir. A Palavra de Deus chegou e fez com que Maria saísse de si para servir aos outros.  Ela deixa o lugar onde estava e vai para a Judéia, a mais de quatro dias de viagem, para ajudar sua prima Isabel. Maria começa a servir e cumprir sua missão a favor do povo de Deus.
 
Para um confronto pessoal
1. Como você percebe a visita de Deus em sua vida? Você já foi visitada ou visitado? Você já foi uma visita de Deus na vida dos outros, sobretudo dos pobres? Como este texto nos ajuda a descobrir as visitas de Deus em nossa vida?
2. A Palavra de Deus se encarnou em Maria. Como a Palavra de Deus está tomando carne na minha vida pessoal e na vida da comunidade?
 
Meditações: Imaculada Conceição de Maria (do site opusdei.org/pt-br)
 
O dogma da Imaculada Conceição de Maria
 
“MARIA, glória do mundo, de graça é plena de luz: por culpa alguma atingida”[1]. Hoje, junto com toda a Igreja, celebramos a santidade de Maria, a mulher de Nazaré que recebeu todos os dons e frutos do Espírito Santo.
 
Desde os primeiros tempos, os escritores cristãos se referiram à Nossa Senhora como a nova Eva, reconhecendo que estava associada de modo particular a uma nova criação do mundo, a obra da redenção. O papa Pio IX definiu o dogma da Imaculada Conceição de Maria no dia 8 de dezembro de 1854 por meio da bula Ineffabilis Deus.
 
A fórmula central do documento, onde a fé da Igreja é claramente definida, diz: “A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis”[Beato Pio IX, Carta apostólica Ineffabilis Deus, n. 18.].
 
A primeira leitura da Missa apresenta um dos textos bíblicos que o Papa cita na bula: a história da expulsão dos nossos primeiros pais do paraíso, após o pecado original. No entanto, a narrativa também inclui um anúncio cheio de esperança. O Senhor dirige-se à serpente tentadora e diz: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3,15). Esta passagem é chamada protoevangelho porque é o primeiro anúncio de nossa salvação.
 
São João Paulo II observava que, tradicionalmente, o texto do Gênesis “inspirou muitas representações da Imaculada Conceição, que esmaga a serpente sob seus pés (...). Esta tradução não corresponde ao texto hebraico, em que quem pisa na cabeça da serpente não é a mulher, mas sim sua linhagem, seu descendente. Esse texto, portanto, não atribui a vitória sobre Satanás a Maria, mas a seu Filho. No entanto, dado que a concepção bíblica estabelece uma profunda solidariedade entre o progenitor e a descendência, a representação da Imaculada Conceição esmagando a serpente é coerente com o significado original da passagem, não em virtude própria, mas pela graça do Filho”[São João Paulo II, Audiência Geral, 29/05/1996.].
 
A beleza de uma vida santa
 
O PREFÁCIO da Missa considera o mistério que une Maria à origem da Igreja: “preservaste a Virgem Maria da mancha do pecado original, enriquecendo-a com a plenitude da vossa graça. Nela, nos destes as primícias da igreja, esposa de Cristo, sem ruga e sem mancha, resplandecente de beleza”. A partir da imaculada conceição de Maria, aquele momento da história que hoje recordamos com alegria, começa o tempo da Igreja, que é o nosso.
 
Todos nós somos chamados a imitar a santidade da nossa mãe. No entanto, ao considerar este convite, pode vir à mente “a suspeita de que uma pessoa que não peque de modo algum, no fundo, seja tediosa; que falte algo na sua vida: a dimensão dramática do ser autônomo”[Bento XVI, Homilia, 8/12/2005.]. Embora saibamos que não é verdade, podemos ter a tentação de pensar que, de certo modo, só nos tornemos plenamente humanos experimentando aquela tensão que parece estar ausente na vida da Virgem.
 
“Contudo, quando olhamos para o mundo à nossa volta, podemos ver que não é assim, ou seja, que o mal envenena sempre, que não eleva o homem, mas o rebaixa e humilha, que não o enobrece, não o torna mais puro nem mais rico, mas o prejudica e faz com que se torne menor. É sobretudo isto que devemos aprender no dia da Imaculada: o homem que se abandona totalmente nas mãos de Deus não se torna um fantoche de Deus, uma pessoa chata e conformista; ele não perde a sua liberdade. Somente o homem que confia totalmente em Deus encontra a verdadeira liberdade, a grande e criativa vastidão da liberdade do bem”[Bento XVI, Homilia, 8/12/2005.]. Enfim, o homem que segue os passos de nossa Mãe se encontra e pode se aproximar de cada pessoa.
 
Este é o sonho de Deus que se vislumbra no Evangelho de hoje, quando Maria recebe o anúncio da sua vocação (Lc 1,26-38). E é também a expressão do misterioso desígnio de Deus para cada pessoa. Como diz São Paulo na segunda leitura da Missa: “Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor” (Ef 1,4).
 
Chamados a uma vida de fé, esperança e caridade.

“O ANJO ENTROU onde ela estava e disse: Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lc 1,28). Conhecer os planos de Deus é motivo de alegria. Participar deles é o caminho para a felicidade na terra e no céu. Podemos dizer que existem dois aspectos essenciais desta saudação angélica: por um lado, o convite à alegria, porque o Filho de Deus anunciado no Gênesis está prestes a se encarnar; por outro lado, constatamos a plenitude da graça de Maria, onde nos é revelado que a Virgem é completamente santa, que nela se manifestaria uma plenitude de fé, esperança e caridade.
 
Nós também desejamos ter essa plenitude de fé e viver de acordo com os planos de Deus. Desejaríamos uma fé que permaneça para sempre e que se manifeste de forma fecunda também quando cheguem a dor e as dificuldades. Sabemos que “se, por um lado, Deus quis exaltar sua Mãe, por outro, não há dúvida de que, durante a sua vida terrena, Maria não foi poupada nem à experiência da dor, nem ao cansaço do trabalho, nem ao claro-escuro da fé”[São Josemaria, É Cristo que passa, n. 172.]. Também queremos viver de esperança, porque temos a certeza de que participamos da vitória do Redentor. Assim como os apóstolos reacenderam sua esperança ao ver a glória de Jesus no Tabor, nós, ao contemplarmos a Cheia de Graça, nos enchemos de otimismo em nossa missão, mesmo quando humanamente estamos passando por um momento um pouco mais difícil. “Que nos momentos de dificuldade, Maria, a Mãe que Jesus ofereceu a todos nós, possa sempre amparar os nossos passos e dizer ao nosso coração: “Levanta-te! Olha em frente, olha para o horizonte”, porque Ela é Mãe de esperança”[Papa Francisco, Audiência geral, 10/05/2017.].
 
Pedimos a Santa Maria, por fim, que nos consiga mais caridade de seu Filho Jesus para intensificar o nosso amor a Deus e aos outros. Ser filhos de uma Mãe tão boa nos fará parecer-nos a seu Filho, que passou pela terra fazendo o bem e acendendo nos corações a luz sempre nova e eficaz da graça divina.
 

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