segunda-feira, 31 de maio de 2021

Quarta-feira da 9ª semana do Tempo Comum

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Oração preparatória: Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.

1ª Leitura (Tob 3,1-11a.16-17a): Naqueles dias, eu, Tobit, de alma angustiada, gemendo e chorando, comecei a dizer entre suspiros a seguinte oração: «Vós sois justo, Senhor, e são justas todas as vossas obras. Os vossos caminhos são misericórdia e fidelidade, Vós sois o juiz do mundo. Agora, Senhor, lembrai-Vos de mim e olhai para mim. Não me castigueis pelos meus pecados e erros, nem pelos dos meus antepassados, que cometemos na vossa presença, desobedecendo aos vossos mandamentos. Por isso Vós nos entregastes à pilhagem, ao cativeiro e à morte, ao escárnio, à zombaria e ao insulto de todos os povos entre os quais nos dispersastes. Na verdade, todas as vossas sentenças são justas, quando me tratais assim, por causa dos meus pecados e pelos dos meus antepassados, porque não cumprimos os vossos mandamentos, nem procedemos fielmente para convosco. Mas agora tratai-me como for do vosso agrado, ordenai que me seja tirada a vida, para que eu desapareça da face da terra e em terra me venha a tornar. Para mim, na verdade, é melhor morrer do que viver, pois tive de ouvir ofensas caluniosas e sinto uma grande tristeza. Senhor, fazei que eu me livre desta aflição, deixai-me partir para a eterna morada. Não afasteis de mim o vosso rosto, Senhor, porque para mim é melhor morrer do que suportar tão grande aflição na minha vida e ter de ouvir tantos insultos». No mesmo dia, sucedeu que Sara, filha de Raguel, que vivia em Ecbátana da Média, também foi insultada por uma serva de seu pai. Ela tinha casado sete vezes, mas Asmodeu, o demónio malfazejo, matava-lhe os maridos, antes de viverem com ela, conforme está prescrito às esposas. A serva dizia-lhe: «És tu que matas os teus maridos: já casaste com sete homens e não usaste o nome de nenhum deles. Porque nos tratas mal por causa da sua morte? Vai-te com eles e que nunca se veja nascer de ti filho nem filha». Nesse dia, Sara entristeceu-se profundamente e começou a chorar. Subiu à sala do andar superior da casa de seu pai e quis enforcar-se. Mas, refletindo, pensou: «Talvez insultem meu pai e lhe digam: ‘Só tinhas uma filha querida e ela enforcou-se por causa das suas desgraças’. Assim faria descer meu pai à morada dos mortos, cheio de desgosto na sua velhice. É melhor que, em vez de me enforcar, eu suplique ao Senhor que me faça morrer, para não mais ter de ouvir insultos na minha vida. Então estendeu as mãos para a janela e começou a rezar. Nesse momento, a prece de ambos foi escutada pelo Deus da glória e o Anjo Rafael foi enviado para dar remédio a Tobit e a Sara.

Salmo Responsorial: 24

R. Senhor, meu Deus, em Vós confio.

Senhor, meu Deus, em Vós confio, Não seja confundido nem escarneçam de mim os inimigos. Não serão confundidos os que esperam em Vós, mas serão confundidos os que sem razão faltam à palavra.

Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos, ensinai-me as vossas veredas. Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me, porque Vós sois Deus, meu Salvador.

Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias e das vossas graças que são eternas. Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência, por causa da vossa bondade, Senhor.

O Senhor é bom e recato, ensina o caminho aos pecadores. Orienta os humildes na justiça e dá-lhes a conhecer a sua aliança.

Aleluia. Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor: quem acredita em Mim não morrerá. Aleluia.

Evangelho (Mc 12,18-27): Uns saduceus, os quais dizem não existir ressurreição, aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se alguém tiver um irmão e este morrer, deixando a mulher sem filhos, ele deve casar-se com a mulher para dar descendência ao irmão’. Havia sete irmãos. O mais velho casou-se com uma mulher e morreu sem deixar descendência. O segundo, então, casou-se com ela e igualmente morreu sem deixar descendência. A mesma coisa aconteceu com o terceiro. E nenhum dos sete irmãos deixou descendência. Depois de todos, morreu também a mulher. Na ressurreição, quando ressuscitarem, ela será a esposa de qual deles? Pois os sete a tiveram por esposa?». Jesus respondeu: «Acaso não estais errados, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus? Quando ressuscitarem dos mortos, os homens e as mulheres não se casarão; serão como anjos no céu. Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó! ’ Ele é Deus não de mortos, mas de vivos! Estais muito errados».

«Ele é Deus não de mortos, mas de vivos»

Pe. D. Federico Elías ALCAMÁN Riffo (Puchuncaví - Valparaíso, Chile)

Hoje, a Santa Igreja nos põe em nossa consideração —pela palavra de Cristo— a realidade da ressurreição e as propriedades dos corpos ressuscitados. Por conseguinte, o Evangelho narra-nos o encontro de Jesus com os saduceus, os que —por meio de um caso hipotético distorcido— apresentam-lhe uma dificuldade a respeito da ressurreição dos mortos, verdade na qual eles não acreditavam.

Dizem-lhe que, se uma mulher enviuvar sete vezes, «ela será a esposa de qual deles? [dos sete esposos]» (Mc 12, 23). Procuram, desse jeito, ridicularizar a doutrina de Jesus. Mas, o Senhor desfaz a dificuldade expondo que, «quando ressuscitarem dos mortos, os homens e as mulheres não se casarão; serão como anjos no céu» (Mc 12,25).

Assim, nosso Senhor aproveita a circunstância para afirmar a existência da ressurreição, citando o que Deus lhe disse a Moisés no episódio da sarça: «Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó», e acrescenta: «Ele é Deus não de mortos, mas de vivos» (Mc 12,26-27). Jesus lhes reprova quanto estão errados, já que não entendem a Escritura nem o poder de Deus; e ainda mais, esta verdade já estava revelada no Antigo Testamento: assim o ensinaram Isaias, a mãe dos Macabeus, Job e outros.

Santo Agostinho descrevia a vida como eterna e amorosa comunhão: «não padeceras aí limites nem estreiteza ao possuir tudo; terás tudo e teu irmão terá tudo também, porque vós, tu e ele, os convertereis em um só, e este único todo também terá a Aquele que os possua a ambos».

Nós, longe de duvidar das Escrituras e do poder misericordioso de Deus, aderimos com a mente e o coração a essa verdade esperançosa, gozamos de não ficar frustrados na nossa sede de vida, plena e eterna, a qual é confirmada no mesmo Deus, em sua glória e felicidade. Diante deste convite divino, fica-nos fomentar as nossas ânsias de ver a Deus, o nosso desejo de estar para sempre reinando junto a Ele.

Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.

* No evangelho de hoje continua o confronto entre Jesus e as autoridades. Depois dos sacerdotes, anciãos e escribas (Mc 12,1-12) e os fariseus e herodianos (Mc 12,13-17), agora aparecem os saduceus que fazem uma pergunta sobre a ressurreição. Assunto polêmico, que causava briga entre saduceus e fariseus (Mc 12,18-27; cf. At 23,6-1).

* Nas comunidades cristãs dos anos setenta, época em que Macros escreve o seu evangelho, havia alguns cristãos que, para não serem perseguidos, tentavam conciliar o projeto de Jesus com o projeto do império romano. Os outros que resistiam ao império eram perseguidos, acusados e interrogados pelas autoridades ou por vizinhos que se sentiam incomodados pelo testemunho deles. A descrição dos conflitos de Jesus com as autoridades era uma ajuda muito grande para os cristãos não se deixarem manipular pela ideologia do império. Ao lerem estes episódios de conflito de Jesus com as autoridades, os cristãos perseguidos se animavam e criavam coragem para continuar na caminhada.

* Marcos 12,18-23. Os Saduceus. Os saduceus eram uma elite aristocrata de latifundiários e comerciantes. Eram conservadores. Não aceitavam a fé na ressurreição. Naquele tempo, esta fé começava a ser valorizada pelos fariseus e pela piedade popular. Ela animava a resistência do povo contra a dominação tanto dos romanos como dos sacerdotes, dos anciãos e dos próprios saduceus. Para os saduceus, o reino messiânico já estava presente na situação de bem-estar que eles estavam vivendo. Eles seguiam a assim chamada “Teologia da Retribuição” que distorcia a realidade. Segundo esta teologia, Deus retribui com riqueza e bem-estar aos que observam a lei de Deus, e castiga com sofrimento e pobreza os que praticam o mal. Assim, se entende por que os saduceus não queriam mudanças. Queriam que a religião permanecesse tal como era, imutável como o próprio Deus. Por isso não aceitavam a fé na ressurreição e na ajuda dos anjos, que sustentava a luta daqueles que buscavam mudanças e libertação.

* Marcos 12,19-23. A pergunta dos Saduceus. Eles chegam até Jesus e, para criticar e ridicularizar a fé na ressurreição, contam o caso fictício daquela mulher que casou sete vezes e, no fim, morreu sem filhos. A assim chamada lei do levirato obrigava a viúva sem filhos a casar com o irmão do falecido marido. O filho que nascesse deste novo casamento era considerado filho do falecido marido. Assim, este teria uma descendência. Mas no caso proposto pelos saduceus, a mulher, apesar de ter tido sete maridos, ficou sem marido. Eles perguntam a Jesus: “Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de quem ela será? Todos os sete se casaram com ela!" Era para dizer que crer na ressurreição levaria a pessoa a aceitar o absurdo.

* Marcos 12,24-27: A resposta de Jesus. Jesus responde duramente: “Vocês não entendem nada, nem do poder de Deus, nem da Escritura!” Jesus explica que a condição das pessoas depois da morte será totalmente diferente da condição atual. Depois da morte já não haverá mais casamento, mas todas serão como os anjos no céu. Os saduceus imaginavam a vida no céu igual à vida aqui na terra. No fim, Jesus conclui: “Nosso Deus não é um Deus de mortos, mas sim de vivos! Vocês estão muito errados!” Os discípulos e as discípulas devem estar de sobreaviso: quem estiver do lado destes saduceus estará do lado oposto de Deus!

Para um confronto pessoal

1) Qual é hoje o sentido da frase: “Deus não é Deus dos mortos, mas sim dos vivos!”

2) Será que eu creio mesmo na ressurreição? O que significa para mim “creio na ressurreição da carne e na vida eterna”?

LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus...
Coração de Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo, ...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas, ...
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam, ...
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus, saturado de sofrimentos, ...
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes, ...
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus, atravessado pela lança, ...
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação, ...
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos, ...
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

ORAÇÃO: Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.

CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)

Eu...(Nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós. Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

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