sexta-feira, 29 de abril de 2016

MÊS DE MARIA – VI Domingo da Páscoa

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor.
Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção.
Anjos do céu dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.

Textos: Atos 15, 1-2.22-29; Ap 21, 10-14.22-23; Jo 14, 23-29

Evangelho (Jo 14,23-29): Jesus respondeu-lhe: «Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras. E a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou. Eu vos tenho dito estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito. Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração. Ouvistes o que eu vos disse: ‘Eu vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais».

«Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada»

Rev. D. Francesc CATARINEU i Vilageliu (Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, antes de celebrar a Ascensão e Pentecostes, voltemos a ler as palavras do chamado sermão da Última Ceia, na que devemos ver diversas maneiras de apresentar uma única mensagem, já que tudo brota da união de Cristo com o Pai e da vontade de Deus de associar-nos a este mistério de amor.

A Santa Teresinha do Menino Jesus um dia lhe ofereceram diversos presentes para que ela escolhesse, e ela —com uma grande decisão mesmo apesar de sua pouca idade— disse: «Escolho tudo». Já depois entendeu que este escolher tudo deveria se de concretizar em querer ser o amor na Igreja, pois um corpo sem amor não teria sentido. Deus é este mistério de amor, um amor concreto, pessoal, feito carne no Filho Jesus que chega a dar tudo: Ele mesmo, sua vida e seus atos são a máxima e mais clara mensagem de Deus.

É deste amor que abrange tudo de onde nasce a “paz”. Esta é hoje uma palavra desejada: queremos paz e tudo são alarmes e violências. Só conseguiremos a paz se nos voltamos a Jesus, já que é Ele quem nos dá a paz como fruto de seu amor total. Mas não nos dá como o mundo faz. «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou» (cf. Jo 14,27), pois a paz de Jesus não é a tranquilidade e a despreocupação, pelo contrário: a solidariedade que se transforma em fraternidade, a capacidade de ver-nos e de ver aos outros com olhos novos como faz o Senhor, e assim perdoar-nos. Dai nasce uma grande serenidade que nos faz ver as coisas tal e como são, e não como parecem. Seguindo por este caminho chegaremos a ser felizes.

«Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito» (Jo 14,26). Nestes últimos dias de Páscoa peçamos abrir-nos ao Espírito: O recebemos ao sermos batizados e crismados, mas é necessário que — como dom ulterior — volte a brotar em nós e nos faça chegar lá onde não ousaríamos.

Quem é o Espírito Santo? O que produz na nossa alma?

Pe. Antonio Rivero, L.C

São José Operário
Cristo, no longo discurso de despedida aos Apóstolos, está preparando-os, eles e também nós, para a vinda do Espírito Santo. Mestre divino interior, Luz para as mentes, Doce Hóspede e Consolador das nossas almas, Arquiteto da nossa santidade, Escultor da imagem de Cristo no nosso interior, Estratego nas nossas lutas, Bálsamo para as nossas feridas.

Em primeiro lugar, quem é o Espírito Santo? A teologia nos ensina que o Espírito Santo é visto na vida íntima da Trindade como o que procede do Pai e do Filho, e constitui a comunhão inefável entre o Pai e o Filho. Na vida do que crê o Espírito Santo instalará a sua morada, transformando-se em luz, consolo e mestre interior. Na vida da Igreja, o Espírito Santo será a testemunha vivente de Jesus, a guia interior para o descobrimento de toda a verdade e força para se opor ao mundo malvado, convencendo-o do pecado. O Espírito Santo guia a Igreja nas suas máximas decisões e a ajuda a se manter unida (1ª leitura). E ao longo dos séculos, com os hinos dedicados ao Espírito Santo, a Ele tem sido dado atributos profundos: Mestre interior que nos ensina e nos explica as verdades de Cristo; doce Hóspede da alma que nos consola nos momentos de aflição; Escultor da santidade; Estratego nas batalhas que devemos travar com os grandes inimigos da nossa santidade; ei-lo aí animando-nos e fortalecendo-nos na luta.

Em segundo lugar, o efeito que este divino Espírito deixa na alma é a paz (evangelho). Os romanos desejavam a saúde (“salus”), os gregos a alegria da vida (“Xaire”), os judeus a paz “schalom alechem” (paz para nós), que era a prosperidade material e religiosa, pessoal, tribal e nacional. Por isso nos seus livros sagrados é a palavra que mais aparece: 239 no Antigo Testamento, e 89 no Novo. Esta paz que nos dá o Espírito Santo é a paz de Cristo. Não é a paz dos cemitérios. Nem a paz que deixa as armas que se calam. Nem a paz que as nações assinam com concordados com canetas de ouro e nas poltronas de luxo. A paz do Espírito Santo é a paz pessoal, íntima, insubornável. A serenidade do lago da consciência e a sua honradez de vida; o gozo do coração e as bondades humanas; a alma de Deus com as suas vivências divinas, que é tanto como dizer a vida de cara ao sol e as estrelas. Esta paz ninguém pode tirar de nós; nem uma doença nem a vizinha do lado, nem o negócio, nem o meu chefe de trabalho. Ninguém pode tirá-la de nós, simplesmente porque nenhum de todos eles nos deu essa paz, e porque é divina. Perguntemos, se não, a Edith Stein, judia conversa ao cristianismo e depois freira carmelita, e hoje santa Benedita da Cruz, detida pela polícia alemã no dia 2 de agosto de 1942, e que terminou no campo de Auschwitz, morrendo na câmara de gás. Nunca perdeu esta paz divina. Ou a paz de Teresa de Jesus, que nunca perdeu nem sequer entre as panelas sujas da cozinho do seu convento nem no carroças das fundações pelas terras da Espanha e quando teve que estar cara a cara com o rei mais poderoso do mundo, Felipe II. A paz de João da Cruz nas noites toledanas jogado na sua cela de 3X4, com os piolhos por todos lados e as migalhas de pão duro com uma sardinha; e assim, nove meses até o dia da sua fuga!

Finalmente, e com a paz o Espírito Santo nos proporciona também o gosto pelas coisas espirituais. O homem natural preza as coisas e as vantagens materiais: saúde, dinheiro e amor… mas não é capaz de prezar as coisas espirituais: a fé em Cristo, a vida de união com Ele, inclusive através dos sofrimentos da vida, o amor autêntico. Ajuda-nos a compreender a relatividade e a fugacidade das coisas, comparadas com as coisas divinas. Ele nos ensina a docilidade interior à vontade divina, como manifestação concreta do nosso amor real a Deus. Não fechemos a porta a este Doce Hóspede interior com a nossa surdez. Não tapemos a boca deste maravilhoso Mestre interior com as nossas rebeldias. Não machuquemos este maravilhoso Escultor divino com as nossas resistências. Escutemos os seus gemidos inenarráveis, quando o ofendemos, e procuremos estar sempre à sua escuta, na hora de discernir na nossa vida pessoal e comunitária (1ª leitura). Deixemos que seja o Espírito Santo quem eleve o nosso pensamento e afeto continuamente à cidade santa, o céu, para deixar-nos envolver pelo fulgor divino e o transmitamos ao nosso redor (2ª leitura).

Para refletir: Como trato o Espírito Santo na minha alma? Escuto-o? Sou dócil ao que Ele me pede? Deixo-me modelar por Ele? O que estou fazendo com a paz que Cristo me deixou, como fruto do Espírito Santo: sei saboreá-la, defendê-la ou a pisoteio?

Para rezar: Rezemos as estrofes do famoso hino ao Espírito Santo:

Vinde, Espírito Santo
Mandai a vossa luz desde o céu.
Pai amoroso do pobre;

Dom, nos vossos dons esplêndidos;
Luz que penetra as almas;
Fonte do maior consolo.

Vinde, doce hóspede da alma,
Descanso do nosso esforço,
Trégua no duro trabalho,

Brisa nas horas de fogo,
Gozo que enxuga as lágrimas
E reconforta nos duelos.

Entra até no fundo da alma,
Divina luz e enriquecei-nos.
Olhai o vazio do homem,

Se Vós não estais dentro dele;
Olhai o poder do pecado,
Quando não enviardes o vosso sopro.

Regai a terra seca,
Sanai o coração enfermo,
Lavai as manchas, infunde

Calor de vida no gelo,
Domai o espírito indômito,
Guia o que está fora do caminho.

Reparti os vossos sete dons,
Segundo a fé dos vossos servos;
Pela vossa bondade e graça,

Dai-lhe ao esforço o seu mérito;
Salvai o que busca se salvar
E dai-nos o vosso gozo eterno. Amém.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org

ORAÇÃO COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida!
Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.

LADAINHA DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai dos céus tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,

Santa Maria rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe imaculada,
Mãe intacta,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Mãe da Igreja,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem benigna,
Virgem fiel,
Espelho de justiça,
Sede da sabedoria,
Causa da nossa alegria,
Vaso espiritual,
Vaso honorífico,
Vaso insigne de devoção,
Rosa mística,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Esperança dos carmelitas,
Rainha dos anjos,
Rainha dos patriarcas,
Rainha dos profetas,
Rainha dos apóstolos,
Rainha dos mártires,
Rainha dos confessores,
Rainha das virgens,
Rainha de todos os santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha das famílias,
Rainha e esplendor do Carmelo,
Rainha da paz,

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende misericórdia de nós.

V. – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. – Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

OREMOS - Infundi, Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

O “LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.


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