terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Leitura da Patrística

João Paulo II
O Filho eterno tornado filho de Maria

Que significa proclamar Maria “Mãe de Deus”? Significa reconhecer que Jesus, o fruto do seu seio, é o Filho de Deus, consubstancial ao Pai, que o gerou na eternidade (Credo). Um grande mistério, um mistério de amor! Ele, o Filho único do Pai (Jo 1,14), fez-se um entre nós. Desta forma, “a eternidade entrou no tempo” e a sucessão dos anos, dos séculos, dos milênios, não é uma viagem cega para o desconhecido, mas um caminho para Ele, plenitude do tempo (Gal 4,4) e ponto de chegada da história.

Honrando a Santíssima Virgem como Mãe de Deus, queremos igualmente sublinhar que Jesus, o Verbo eterno feito carne, é o verdadeiro "filho de Maria”. Ela transmitiu-lhe a plena humanidade, foi sua mãe e sua educadora, comunicando-lhe a doçura, a força delicada do seu temperamento e as riquezas da sua sensibilidade. 

Maravilhosa troca de dons: Maria que, enquanto criatura, é primeiro que tudo uma discípula de Cristo e ao mesmo tempo resgatada por Ele, foi escolhida como sua mãe para modelar a sua humanidade. Na relação entre Maria e Jesus realiza-se assim de maneira exemplar e sentido profundo do Natal: Deus fez-se semelhante a nós, para que nos tornemos, de certa forma, como Ele.

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