Sto.
Isidro, o Lavrador, leigo
Bto Egídio (Gil) de Santarém, presbítero
ORAÇÂO
Senhor, todo poderoso e
infinitamente perfeito, de quem procede todo ser e para quem todas as criaturas
devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que
em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em
honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade,
recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para
mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os
benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos,
guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio,
pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
LECTIO
DIVINA
1ª
Leitura (At 13,13-25): Naqueles dias, Paulo e os seus companheiros
largaram de Pafos e dirigiram-se a Perga da Panfília. Mas João Marcos
separou-se deles para voltar a Jerusalém. Eles prosseguiram de Perga e chegaram
a Antioquia da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se. Depois
da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram-lhes dizer:
«Irmãos, se tendes alguma exortação a fazer ao povo, falai». Paulo levantou-se,
fez sinal com a mão e disse: «Homens de Israel e vós que temeis a Deus,
escutai: O Deus deste povo de Israel escolheu os nossos pais e fez deles um
grande povo, quando viviam como estrangeiros na terra do Egipto. Com seu braço
poderoso tirou-os de lá e durante quarenta anos sustentou-os no deserto e,
depois de exterminadas sete nações na terra de Canaã, deu essas terras como
herança ao seu povo. Tudo isto durou cerca de quatrocentos e cinquenta anos. Em
seguida, deu-lhes juízes até ao profeta Samuel. Então o povo pediu um rei e
Deus concedeu-lhes Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim, que reinou durante
quarenta anos. Depois, tendo-o rejeitado, suscitou-lhes David como rei, de quem
deu este testemunho: ‘Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu
coração, que fará sempre a minha vontade’. Da sua descendência, como prometera,
Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel. João tinha proclamado, antes da
sua vinda, um baptismo de penitência a todo o povo de Israel. Prestes a terminar
a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas depois de mim, vai
chegar Alguém, a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés’».
Salmo
Responsorial: 88
R. Senhor, cantarei
eternamente a vossa bondade.
Cantarei eternamente as
misericórdias do Senhor e para sempre proclamarei a sua fidelidade. Vós
dissestes: «A bondade está estabelecida para sempre», no céu permanece firme a
vossa fidelidade.
Encontrei David, meu servo,
ungi-o com o óleo santo. Estarei sempre a seu lado e com a minha força o
sustentarei.
A minha fidelidade e bondade
estarão com ele, pelo meu nome será firmado o seu poder. Ele me invocará: «Vós
sois meu Pai, meu Deus, meu Salvador».
Aleluia. Jesus Cristo, a
Testemunha fiel, o Primogénito dos mortos, amou-nos e purificou-nos dos nossos
pecados, pelo seu sangue. Aleluia.
Evangelho (Jo 13,16-20): «Em
verdade, em verdade, vos digo: o servo não é maior do que seu senhor, e o
enviado não é maior do que aquele que o enviou. Já que sabeis disso, sereis
felizes se o puserdes em prática. Eu não falo de todos vós. Eu conheço aqueles
que escolhi. Mas é preciso que se cumpra o que está na Escritura: ‘Aquele que
come do meu pão levantou contra mim o calcanhar’. Desde já, antes que aconteça,
eu vo-lo digo, para que, quando acontecer, acrediteis que eu sou. Em verdade,
em verdade, vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim recebe; e quem me
recebe, recebe aquele que me enviou».
«Depois de lavar os pés dos
discípulos...»
Rev. D. David COMPTE i Verdaguer (Manlleu,
Barcelona, Espanha)
Hoje, como naqueles filmes que
começam lembrando um fato passado, a liturgia faz memória de um gesto que
pertence à Quinta-feira Santa: Jesus lava os pés dos discípulos (cf. Jo 13,12).
Assim, esse gesto —lido desde a perspectiva da Páscoa— recobra uma vigência
perene. Observemos, somente, três ideias.
Em primeiro lugar, a centralidade
da pessoa. Na nossa sociedade parece que fazer é o termômetro do valor de uma
pessoa. Dentro dessa dinâmica é fácil que as pessoas sejam tratadas como
instrumentos; facilmente utilizamo-nos uns aos outros. Hoje, o Evangelho nos
urge a transformar essa dinâmica em uma dinâmica de serviço: o outro nunca é um
puro instrumento. Tentar-se-ia de viver uma espiritualidade de comunhão, onde o
outro —em expressão de João Paulo II— chega a ser “alguém que me pertence” e um
“ dom para mim”, a quem temos de “dar espaço”. A nossa língua o tem apanhado
felizmente com a expressão: “estar pelos demais” Estamos pelos demais?
Escutamos-lhes quando nos falam?
Na sociedade da imagem e da
comunicação, isto não é uma mensagem a transmitir, senão uma tarefa a cumprir,
a viver cada dia: «sereis felizes se o puserdes em prática» (Jo 13,17). Talvez
por isso, o Mestre não se limita a uma explicação: imprime o gesto de serviço
na memória daqueles discípulos, passando logo à memória da Igreja; uma memória
chamada constantemente a ser uma vez mais gesto: na vida de tantas famílias, de
tantas pessoas.
Finalmente, um sinal de alerta:
«Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar» (Jo 13,18). Na
Eucaristia, Jesus ressuscitado se faz o nosso servidor, nos lava os pés. Mas
não é suficiente com a presença física. Temos que aprender na Eucaristia e
tirar as forças para fazer realidade que «tendo recebido o dom do amor,
morramos ao pecado e vivamos para Deus» (São Fulgêncio de Ruspe).
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«Não há verdadeira amizade senão
entre aqueles a quem Tu unes pela caridade» (Santo Agostinho)
«A comunidade evangelizadora
interfere nas obras e nos gestos da vida quotidiana dos outros, tocando a carne
sofredora de Cristo. Os evangelizadores têm assim “cheiro de ovelha”»
(Francisco)
«Em toda a sua vida, Jesus
mostra-Se como nosso modelo: é “o homem perfeito”, que nos convida a
tornarmo-nos seus discípulos e a segui-Lo; com a sua humilhação, deu-nos um
exemplo a imitar; com a sua oração, convida-nos à oração; com a sua pobreza,
incita-nos a aceitar livremente o despojamento e as perseguições» (Catecismo da
Igreja Católica, nº 520)
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm.
* Nos próximos dias, com
exceção das festas, o evangelho diário é tirado da longa conversa de Jesus com
os discípulos durante a Última Ceia (Jo 13 a 17). Nestes cinco capítulos
que descrevem a despedida de Jesus, percebe-se a presença daqueles três fios de
que falamos anteriormente e que tecem e compõem o evangelho de João: a palavra
de Jesus, a palavra das comunidades e a palavra do evangelista que fez a última
redação do Quarto Evangelho. Nestes cinco capítulos, os três fios estão de tal
maneira entrelaçados que o todo se apresenta como uma peça única de rara beleza
e inspiração, onde é difícil distinguir o que é de um e o que é do outro, mas
onde tudo é Palavra de Deus para nós.
* Estes cinco capítulos trazem
a conversa que Jesus teve com os seus amigos, na véspera de ser preso e morto.
Era uma conversa amiga, que ficou na memória do Discípulo Amado. Jesus, assim
parece, queria prolongar ao máximo esse último encontro, momento de muita
intimidade. O mesmo acontece hoje. Há conversa e conversa. Há conversa
superficial que gasta palavras à toa e revela o vazio das pessoas. E há
conversa que vai fundo no coração e fica na memória. Todos nós, de vez em
quando, temos esses momentos de convivência amiga, que dilatam o coração e vão
ser força na hora das dificuldades. Ajudam a ter confiança e a vencer o medo.
* Os cinco versículos do
Evangelho de hoje tiram duas conclusões do lava-pés (Jo 13,1-15). Falam (1) do
serviço como característica principal dos seguidores e seguidoras de Jesus, e (2) da
identidade de Jesus como revelação do Pai.
* João 13,16-17: O servo não é
maior que o seu senhor. Jesus acabou
de lavar os pés dos discípulos. Pedro levou susto e não quis que Jesus lhe
lavasse os pés. “Se eu não te lavar os pés, não terás parte comigo” (Jo 13,8).
E basta lavar os pés; o resto não precisa (Jo 13,10). O valor simbólico do
gesto do lava-pés consistia em aceitar Jesus como o Messias Servidor que se
entrega a si mesmo pelos outros, e recusar um messias rei glorioso. Esta
entrega de si mesmo como servo de todos é a chave para entender o gesto do lava-pés.
Entender isto é a raiz da felicidade de uma pessoa: “Se vocês compreenderam
isso, serão felizes se o puserem em prática". Mas havia pessoas, mesmo
entre os discípulos, que não aceitavam Jesus como Messias Servo. Não queriam
ser servidores dos outros. Provavelmente, queriam um messias glorioso como Rei
e Juiz, de acordo com a ideologia oficial. Jesus diz: "Eu não falo de
todos vocês. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se cumpra o que
está na Escritura: Aquele que come pão comigo, é o primeiro a me trair!” João
se refere a Judas, cuja traição vai ser anunciada logo em seguida (Jo
13,21-30).
* João 13,18-20: Digo isto
agora, para que creiais que EU SOU.
Foi por ocasião da libertação do Egito ao pé do Monte Sinai, que Deus
revelou o seu nome a Moisés: “Estou com você!” (Ex 3,12), “Estou que Estou” (Ex
3,14), “Estou” ou “Eu sou” me mandou até vocês!” (Ex 3,14), O nome Javé (Ex
3,15) expressa a certeza absoluta da presença libertadora de Deus junto do seu
povo. De muitas maneiras e em muitas ocasiões esta mesma expressão Eu Sou ou Sou Eu é usada por Jesus (Jo 8,24; 8,28;
8,58; Jo 6,20; 18,5.8; Mc 14,62; Lc 22,70). Jesus é a presença do rosto
libertador de Deus no meio de nós.
Para um confronto pessoal
1) O servo não é maior que
o seu senhor. Como faço da minha vida um serviço permanente aos outros?
2) Jesus soube conviver
com pessoas que não o aceitavam. E eu consigo?
ORAÇÃO
Ó Maria, filha predileta do
Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como
vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse
período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser
sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha
fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel
e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o
coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de
nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
...
Deus Espírito Santo Paráclito,
...
Santíssima Trindade, que sois
um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,...
Santa Virgem das virgens,...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança,...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada,...
Mãe sempre virgem,...
Mãe amável,...
Mãe admirável,...
Mãe do bom conselho,...
Mãe do Criador,...
Mãe do Salvador,...
Virgem prudentíssima,...
Virgem digna de honra,...
Virgem digna de louvor,...
Virgem poderosa,...
Virgem clemente,...
Virgem fiel,...
Espelho de justiça,...
Sede da sabedoria,...
Causa da nossa alegria,...
Templo do Espírito Santo,...
Tabernáculo da eterna
glória,...
Moradia consagrada a Deus,...
Rosa mística,...
Torre de Davi,...
Fortaleza inexpugnável,...
Santuário da divina presença,...
Arca da Aliança,...
Porta do Céu,...
Estrela da Manhã,...
Saúde dos enfermos,...
Refúgio dos pecadores,...
Conforto dos migrantes,...
Consoladora dos aflitos,...
Auxílio dos cristãos,...
Rainha dos anjos,...
Rainha dos patriarcas,...
Rainha dos profetas,...
Rainha dos apóstolos,...
Rainha dos mártires,...
Rainha dos confessores da fé,...
Rainha das virgens,...
Rainha de todos os santos,...
Rainha concebida sem
pecado,...
Rainha assunta ao céu,...
Rainha do sacratíssimo
Rosário,...
Rainha das famílias,...
Rainha da paz,...
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. Rogai por nós, santa Mãe de
Deus.
R. Para que sejamos dignos
das promessas de Cristo.
“LEMBRAI-VOS”
DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima
Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm
recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido
por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo
debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das
virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas
ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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