quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Sexta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

Sta. Eufrásia do S. Coração de Jesus, virgem da Congregação das Religiosas da Mãe do Carmelo.
Beato Eustáquio van Lieshout, presbíteroBeato Eustáquio van Lieshout, presbítero
Beato Eustáquio van Lieshout, presbítero
 
1ª Leitura (1Cor 1,17-25):
Irmãos: Cristo não me enviou para batizar, mas para anunciar o Evangelho, não, porém, com a sabedoria da linguagem, a fim de não se desvirtuar a cruz de Cristo. Porque a linguagem da cruz é loucura para aqueles que estão no caminho da perdição, mas é poder de Deus para aqueles que seguem o caminho da salvação, isto é, para nós. Na verdade, assim está escrito: «Hei-de arruinar a sabedoria dos sábios e frustrar a inteligência dos inteligentes». Onde está o sábio? Onde está o homem culto? Onde está o que discute sobre as coisas deste mundo? Porventura Deus não tornou louca a sabedoria do mundo? Uma vez que o mundo, por meio da sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da mensagem que pregamos. Os judeus pedem milagres e os gregos procuram a sabedoria. Quanto a nós, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios. Mas para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus. A loucura de Deus é mais sábia do que o homem, e a fraqueza de Deus é mais forte do que o homem.
 
Salmo Responsorial: 32
R. A bondade do Senhor encheu a terra.
 
Justos, aclamai o Senhor, os corações retos devem louvá-lo. Louvai o Senhor com a cítara, cantai-Lhe salmos ao som da harpa.
 
A palavra do Senhor é reta, da fidelidade nascem as suas obras. Ele ama a justiça e a retidão: a terra está cheia da bondade do Senhor.
 
O Senhor frustrou os planos dos pagãos, fez malograr os projetos dos povos. O plano do Senhor permanece eternamente e os desígnios do seu coração por todas as gerações.
 
Aleluia. Vigiai e orai em todo o tempo, para vos apresentardes sem temor diante do Filho do homem. Aleluia.
 
Evangelho (Mt 25,1-13): Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «O Reino dos Céus pode ser comparado a dez moças que, levando suas lamparinas, saíram para formarem o séquito do noivo. Cinco delas eram descuidadas e as outras cinco eram previdentes. As descuidadas pegaram suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram jarros com óleo junto com as lâmpadas. Como o noivo demorasse, todas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço: ‘O noivo está chegando. Ide acolhê-lo!’. Então todas se levantaram e prepararam as lâmpadas. As descuidadas disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. As previdentes responderam: ‘De modo algum, pois o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos vendedores’. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa do casamento. E a porta se fechou. Por fim, chegaram também as outras e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’. Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade vos digo: não vos conheço!’. Portanto, vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora».
 
«Em verdade vos digo: não vos conheço»
 
Rev. D. Joan Ant. MATEO i García (Tremp, Lleida, Espanha)
 
Hoje, sexta-feira da XXI Semana do Tempo Comum, o Senhor nos lembra, no Evangelho, que devemos sempre vigiar e nos preparar para o encontro com Ele. À meia-noite, a qualquer momento, podem bater à porta e convidar-nos a sair para receber o Senhor. A morte não marca hora. Assim, “vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora.” (Mt 25,13).
 
Vigiar não significa viver amedrontado e angustiado. Quer dizer viver responsavelmente nossa vida de filhos de Deus, nossa vida de fé, esperança e caridade. O Senhor espera continuamente nossa resposta de fé e amor, constantes e pacientes, em meio das ocupações e preocupações que vão tecendo o nosso viver.
 
E esta resposta só nós podemos dá-la, você e eu. Ninguém pode fazer isso por nós. Isso é o significa a negativa das virgens prudentes em ceder um pouco de seu azeite para as lâmpadas apagadas das virgens ignorantes: “É melhor irdes comprar dos vendedores” (Mt 25,9). Assim, nossa resposta a Deus é pessoal e intransferível.
 
Não aguardemos um “amanhã” —que talvez não venha— para acender a lâmpada de nosso amor para o Esposo. Carpe diem! Há que viver cada segundo de nossa vida com toda a paixão que um cristão pode sentir pelo seu Senhor. O ditado é conhecido, mas não nos custa lembrá-lo: “Vive cada dia de tua vida como se fosse o primeiro dia de tua existência, como se fosse o único dia do qual dispomos, como se fosse o último de nossa vida”. Um chamado realista à necessária e sensata conversão que devemos alcançar.
 
Que Deus nos dê a graça em sua grande misericórdia de que não ouçamos, na hora final: “Em verdade vos digo: não vos conheço!" (Mt 25,12), quer dizer, “nunca tivestes nenhuma relação nem convivência comigo”. Tratemos com o Senhor nesta vida de modo que sejamos conhecidos e seus amigos no tempo e na eternidade.
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Minha alma, tens uma tarefa, uma grande tarefa, se quiseres. Examinar seriamente o teu interior, o teu ser, o teu destino, de onde vens e para onde vais; tentar saber se é a vida que vives ou se há outra coisa. Portanto, purifica a tua vida» (São Gregório de Nazianzo)
 
«Não basta que o cristão espere, ele deve “agir”» (Bento XVI)
 
«Cristo é o centro de toda a vida cristã. A união com Ele prevalece sobre todas as outras, quer se trate de laços familiares, quer sociais (126). Desde o princípio da Igreja, houve homens e mulheres que renunciaram ao grande bem do matrimónio, para seguirem o Cordeiro aonde quer que Ele vá (127), para cuidarem das coisas do Senhor, para procurarem agradar-Lhe para saírem ao encontro do Esposo que vem (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.618)
 
Reflexão
 
• Mateus 25,1b-4: As dez virgens dispostas a esperar o noivo.
A parábola começa assim: "O Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo." Trata-se de virgens que deviam acompanhar o noivo para a festa de casamento. Para isso, elas deviam carregar as lâmpadas, seja para iluminar o caminho, seja para deixar mais luminosa a festa. Cinco delas eram prudentes e cinco tolas. Essa diferença aparece na forma como elas se preparam para a função a ser desenvolvida. Juntamente com as lâmpadas acesas, as prudentes tinham trazido consigo óleo de reserva, preparando-se para qualquer eventualidade. As tolas levaram apenas as lâmpadas e não pensaram em trazer um pouco de óleo de reserva.
 
• Mateus 25,5-7: O atraso inesperado à chegada do noivo. O noivo atrasa. Não tinha especificado a hora da chegada. Durante a espera, as virgens adormecem. Mas as lâmpadas continuam a consumir o óleo e pouco a pouco se apagam. De repente, no meio da noite, alguém grita: “Eis o esposo, ide-lhe ao encontro”. Todas se acordam e começam a se preparar as lâmpadas que já tinham se apagado. Elas tinham que colocar óleo de reserva para evitar que as lâmpadas se apagassem.
 
• Mateus 25,8-9: As diferentes reações perante a demora do noivo. Só agora as tolas percebem que deveriam ter trazido consigo óleo de reservas. Elas foram pedir à prudentes: “Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando”. As prudentes não poderiam responder a essa solicitação delas, porque naquele momento o mais importante não era que as prudentes partilhassem o seu óleo com as tolas, mas que elas estivessem prontas para acompanhar o noivo ao local da festa. Por isto aconselharam: “é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós.”
 
• Mateus 25,10-12: O destino das virgens prudentes e das tolas. As tolas seguiram o conselho das prudentes e vão comprar o óleo. Durante a sua breve ausência chega o noivo e as prudentes podem acompanhá-lo e entrar com ele para a festa de casamento. Mas a porta se fecha por trás deles. Quando chegar as outras, bateram na porta e disseram: “Senhor, senhor, abre-nos!” Receberam a resposta: “Em verdade vos digo: não vos conheço!”.
 
• Mateus 25,13: A recomendação final de Jesus para todos nós. A história desta parábola é muito simples e a lição é clara: “Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora”. Moral da história: Não sejais superficiais, olhai para além do momento presente, procurai descobrir o chamado de Deus, mesmo nas menores coisas da vida, até mesmo no óleo que pode faltar num lampejo.
 
Para um confronto pessoal
1. Já aconteceu algumas vezes na vida faltar o óleo de reserva de sua lâmpada?
2. Você costuma se precaver em relação a uma possível falta de óleo para sua lâmpada?

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